Part 18

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- Bem- vinda, So!

- Oii Bia! Brigada por me receber, de novo! - abri minha mochila e peguei uma rosa que tinha trazido de surpresa - Aqui, pra você. - entreguei-a a flor. - Minha mãe sempre disse que toda vez que vamos, pela primeira vez, à casa de alguém, temos que levar flores como um sinal de agradecimento pelo convite. Então resolvi comprar uma rosa e te dar de presente, meio atrasado por que já vim aqui, mas espero que você não se incomode. Também escolhi a rosa porq...

Ela me calou com um beijo, um beijo intenso e amoroso. Percebi então como estava tagarelando, eu costumo fazer isso quando fico empolgada. Assim que a demonstração de carinho terminou, nos afastamos. Devo ter ficado olhando-a com cara de boba apaixonada. Eu realmente não sabia mentir, muito menos esconder meus sentimentos.

- Eu amei a rosa, obrigada. - ela disse em um tom de voz calmo. - Então, você quer entrar ou prefere ficar de pegação aqui fora?

- Mmmmmm que escolha difícil - disse rindo. Ela riu também. Entramos na linda casa da Bia.

- Mocinha, deixa eu te perguntar uma coisa... - olhei pra ela, curiosa. Ela tinha mudado seu tom de voz pra dominadora, meio preocupada - Como você veio pra cá?

- Eu vim andando, por que?

- Tsc tsc tsc tsc. Eu já não te disse que não quero você andando sozinha por aí depois que já escureceu?

- Ah... eu não podia pedir pro meu pai me trazer né... ele ia notar que não é a casa da Rebeca como eu disse pra minha mãe ao contar sobre o convite. E também não queria pegar táxi porque... bem, você sabe porquê - comecei a me encolher com as memórias que vinham na minha cabeça.

Obviamente Bia percebeu que eu relembrava daquilo tudo, ela se aproximou e me consolou em um abraço apertado.

- Você podia ter me pedido pra te buscar... sabe que eu to aqui pra cuidar de você, não sabe?

- Bi... não queria atrapalhar. Você já tá me deixando dormir aqui, e eu cheguei inteira! Sem um arranhãozinho. - Mostrei meus braços pra ela.

- Pois a próxima vez que eu souber que você andou por aí, de noite, sozinha, você não vai voltar pra casa só com um arranhãozinho não. - mordi o lábio imaginando o que ela faria comigo. - Entendeu?

- Sim. Sim, senhora.

- Ótimo. - ela disse me dando um beijinho na testa e encerrando o abraço. - So, eu te chamei aqui hoje pra gente se conhecer melhor. Acho que tudo aconteceu muito rápido entre a gente. Em uma semana de aproximação você já tava no meu colo apanhando. Não quero que pense que a relação Dom-sub é só putaria não. Tem muito mais do que isso. A relação D/s é uma relação a base da confiança. Se nosso laço é forte, a confiança também vai ser. Então queria me aproximar mais de você, te conhecer melhor, conhecer seus limites, seus hobbies, criar uma relação de carinho e confiança entre a gente, porque se não na primeira vez que você se assustar comigo já vai sair correndo. E honestamente, eu não pretendo te perder.

Eu literalmente senti meus olhos começarem a brilhar. Já confiava nela, e muito, mas também sabia que tudo tinha acontecido rápido demais. Da mesma forma como eu posso me assustar com ela, também tinha medo que ela não gostasse de mim. Do meu jeitinho animado mas meio sem filtro, da forma como eu sou fora da escola e do BDSM. A última frase dela aqueceu meu coração, eu também não queria perder ela, não mesmo.

- Amei a ideia, Bi! Eu também quero te conhecer melhor, fora da sala de aula e sem a mão na minha bunda - pisquei pra ela, que soltou uma risadinha. - Mas saiba que eu já confio em você, mais do que eu jamais confiei em alguém. Você me entende mais do que qualquer pessoa já me entendeu na vida. Mais do que minha própria mãe.

Como se apaixonar pela sua professora (em pausa)Onde histórias criam vida. Descubra agora