Como se apaixonar pela sua professora (em pausa)

Part 13

Já eram 16:45 quando sai de casa em rumo ao endereço do e-mail. Cerca de 5 minutos andando e já tinha chegado na casa. De acordo com as nossas conversas e a aparência do lugar, deduzi que se tratava da casa dela.

Não sabia se já tocava a campainha ou se esperava mais um pouco... eu estava 10 minutos adiantada, não queria atrapalhar, vai que ela tá se trocando ou algo do tipo.
Decidi sentar no degrauzinho da frente e esperar mais 5 minutos. Tirei meu celular do bolso da mochila que tinha trazido com cadernos, e comecei a navegar no Instagram. Mal tinha passado um minuto e recebi uma mensagem:

"Vai ficar sentada aí ou vai tocar a campainha?"

Olhei pra cima meio constrangida, pensando de onde é que ela tinha conseguido me ver. Bem, isso não importava. Levantei-me, arrumei a saia que usava e toquei a campainha.

- Sofia! Que bom te ver aqui. Já chegou há muito tempo? - ela atende a porta e fala com ironia. PUTA QUE PARIU que mulher linda. Ela tava simplesmente maravilhosa. Usava uma roupa toda preta: uma blusa com um decote imenso e uma calça legging que modelava suas curvas.

- Nossa uma eternidade- falei revirando os olhos.

Ela me puxou pelo cotovelo pra dentro de sua casa, fechou a porta e me encostou contra a parede. Segurou firme meu rosto e olhou no fundo dos meus olhos falando:

- Acho bom você não revirar seus olhos de novo pra mim, minha linda. - seu tom de voz era firme mas de certa forma carinhoso também, principalmente pelo "minha linda" no final da frase.

Engoli a seco. A pouca distância entre nós duas me excitava, mas a bronca não deixou com que eu fizesse algo em relação a isso. Apenas concordei com a cabeça olhando novamente pro chão:

- D... desculpa Bia.

- Tudo bem querida, não foi uma bronca, foi um aviso. Agora vem cá, vamos ver o que aconteceu com essa prova...

Eu a segui até uma mesa redonda de vidro. Ela afastou a cadeira pra eu me sentar e sentou-se em minha frente. Puxou pra perto uma pasta com diversas provas, folheou-las até chegar na minha. Tirou a minha atividade avaliativa do monte e colocou-a em cima da mesa.

- Bia...

- Shhh. Preciso de silêncio pra corrigir.

Ela sabia o quanto eu me importava com nota... e ela usaria isso pra me torturar mentalmente. Começou a ler as minhas respostas e cada X que marcava me encarava com um olhar amedrontador. Como meu reflexo pra situações de medo, eu comecei a me encolher na cadeira. Normalmente ela faria de tudo pra reverter a situação, mas dessa vez não. Dessa vez ela queria o medo, ela queria estar no controle das minhas reações e sentir a influência que ela tinha sobre meu comportamento.

-Tsc tsc tsc. Quer dizer que você anda tão apaixonada por mim que não consegue nem prestar atenção na aula?

- E... eu... - tentei falar alguma coisa pra me justificar, mas não tinha o que... ela tava certa.

- Que prova é essa Sofia? Que porra é essa? De 7 questões você resolveu 4, dessas 4 duas eram alternativas e 2 dissertativas. Você errou as duas alternativas, uma dissertativa inteira e a outra você conseguiu um meio certo. Tem alguma justificativa boa pra isso?

"Sim professora, eu estou perdidamente apaixonada por você e ontem fiquei pesquisando sobre BDSM até tarde pra entender uma frase que você me disse... quer justificativa melhor?" - pensei. Estava muito aterrorizada e envergonhada pra falar. Isso não era um aviso, isso era uma bronca.
Apenas fiz que não com a cabeça.

- Acho que alguém tá merecendo uma bela de uma punição por essa merda que fez na prova, não?

Levantei a cabeça pra olhar seus olhos, precisava saber como ela me olhava. Se ela estava brava, triste, desapontada, excitada...
Ela me olhava com uma mistura de raiva e desapontamento, estava louca pra partir pra cima de mim. Ela sabia o que aconteceria agora, eu também. Punições nunca são divertidas... pesquisei sobre isso também. Resumidamente punições são feitas pra doer, doer muito. Não são prazeirosas nem pro (a) sub, nem pro (a) dom (me). Já as cenas causavam dor, óbvio, mas o prazer fala muito mais alto. De qualquer forma, sabia que o que tinha feito era errado e queria arcar com as consequências. Queria deixá-la minimamente orgulhosa de mim, orgulhosa por aguentar o que ela me proporcionaria, já que ela estava extremamente desapontada comigo agora.

- Sim. Sim senhora - respondi.

- Ótimo, suba as escadas e entre no primeiro quarto à direita.