Part 32

4K 212 38
                                    

Ficamos mais algum tempo nessa posição, só aproveitando a companhia uma da outra, tirando nossa próprias conclusões sobre o que tinha acontecido. Aquilo tinha me deixado muito vulnerável, muito mais do que a primeira punição que eu tive, tinha mexido com cada parte do meu corpo, principalmente minha mente.

- Senhora - chamei.

- Pode falar. - Bi respondeu com uma expressão meio preocupada, mas carinhosa.

- Por que eu fiquei tão sensível? Não era pra ser alguma coisa mais leve? - Não tinha certeza de que ela sabia a resposta, as vezes ela não tinha nem percebido que eu fiquei dessa forma tão vulnerável, de qualquer maneira eu perguntei ainda enxugando lágrimas.

- Pequena, também não sei, pra ser bem sincera não esperava essa reação. Com a tensão das provas, seu psicológico devia estar enfraquecido. O castigo e a dominação psicológica provavelmente passaram um pouco do limite, te deixando extremamente vulnerável. Agora, por que você não falou a palavra de segurança, mocinha?

- É que por mais que eu esteja sensível agora, eu me sinto aliviada. Principalmente por ter pago o que eu devia pra senhora. Meu corpo não tá fisicamente no limite, cheguei perto, admito, mas minha mente tá uma zona: eu quero me sentir vulnerável, quero sentir que te agradei e paguei pelos meus erros pra que possamos começar do "zero" sem mágoas nem nada. Eu não to triste por estar sensível agora, eu só me sinto vulnerável.

- Entendi... fiquei preocupada quando te vi dessa forma. So, eu estou muito orgulhosa de você, pequena. Muito muito muito.

- Sério?

- É óbvio que sim, minha menina. - Bi conseguia falar exatamente o que eu precisava ouvir. Não sei como, parece que ela estava dentro da minha mente...

- Eu te amo, sabia?

- Sabia sim. - Ela riu.

- Eii! Você tem uma sub vulnerável e carente aqui, senhora! - Apontei pra mim, fazendo bico.

- Hahaha! Eu também te amo, pequena. Muito.

- Melhor assim. - Olhei em seus olhos, ela se aproximou e nos beijamos.

Ficamos abraçadas por mais um tempinho.

- Consegue tomar banho aqui hoje, So? Ou acha melhor ir pra sua casa?

- Eu não trouxe nada de roupa extra pra depois do banho, mas se você conseguir me emprestar alguma roupa que não fique muito grande, eu ficaria aqui pra tomar banho com maior prazer.

- Mmmm... provavelmente a gente vai achar algumas coisas, mas So, eu andei pensando... já que você passa boa parte do seu tempo aqui mesmo, o que você acha de trazer uma malinha de roupas e alguns produtos de higiene pra cá amanhã?

Será que isso era uma forma de me convidar à morar com ela? Minha cabeça ficou extremamente confusa nesse momento... isso podia ser tanto um convite quanto uma forma de criticar o fato de estarmos muito tempo juntas...

- Por mim seria incrível! Mas senhora, se eu estivesse atrapalhando alguma coisa você iria me falar, certo?

- Claro, pequena. É uma das nossas regras, não posso descumpri-la. De novo você está sentindo que está me atrapalhando, né?

- Um pouquinho... mas se a senhora diz que não estou, confio em você.

- Acho bom mesmo, já falei mas volto a repetir, eu amo cuidar de você, é uma das minhas maiores alegrias. Se você quiser ouvir isso em "termos técnicos" posso te dizer que eu já fui uma caregiver, que é a pessoa que toma conta de um little, o que me encarregava da grande maioria das tarefas domésticas, e gostei bastante da experiência. Então esse meu lado caregiver não se importa nada em fazer as tarefas domésticas, pelo contrário, sinto que é uma forma de cuidar de você, uma das minhas funções como domme, junto com garantir sua segurança. Então ter você muito tempo por perto não é peso nenhum, é só uma forma de cumprir esse papel. Lembrando que ser domme é uma escolha minha, se eu não gostasse eu simplesmente parava de exercer.

Como se apaixonar pela sua professora (em pausa)Onde histórias criam vida. Descubra agora