E P Í L O G O

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Dias depois

Me olhei no espelho do meu quarto analisando todos os detalhes do meu vestido. Ele era preto com duas finas alças, haviam pequenos brilhantes espalhados por todo o tecido e na minha perna direita possuía uma abertura onde ia centímetros acima da metade da coxa. O baile aconteceria esta noite e depois de tanta insistência de Alice e da minha mãe, decidi que aproveitar meu primeiro baile seria uma boa ideia.

Meu decote não era longo e tampouco fechado demais. Tudo estava na medida certa. O tempo passou tão rápido que a morte de James me parecia ter acontecido anos atrás. Não sabemos o paradeiro de Victória e a mesma não aparecia em minhas visões, muito menos nas de Alice.

Edward e Isabella continuam firme e forte, a humana tinha apenas quebrado a perna direita e não se transformou por pouco, já que Edward sugou todo o veneno do seu sangue. Pelo menos isso. Alice inventou uma desculpa esfarrapada, que o pai da humana acreditou. Fiquei com pena do mesmo, a cena da despedida dele com a filha na mente de Edward era extremamente triste, me deixou realmente chateada perceber que depois de tudo isso o mais machucado da história é Charlie.

Dois toques na porta dispertaram-me, eu já sabia quem era. Vesti meus saltos preto rapidamente, os mesmos eram revestidos com camurça por fora, possuíam uma bonita abertura nos dedos e tinha o salto um pouco grosso. Corri pra a porta depois de pegar a minha bolsa também preta de alça fina. Meus cabelos estavam presos em um rabo de cavalo alto e eu usava uma maquiagem mais leve para contrastar com o resto da roupa que já era preto e carregado demais.

Quem me visse assim até pensaria que eu tenho dezoito bons anos e eu tenho um ano e alguns meses.

Abro a porta do quarto dando de cara com meu pai. O mesmo vestia uma blusa social com uma gravata, sua calça social preta combinava perfeitamente com o sapato social que o mesmo usava. Enlacei meu braço no seu e o mesmo sorriu para mim.

— Olha só se não é a mais nova aluna do terceiro ano — Papai brincou descendo as escadas comigo — Está tão bonita quanto sua mãe.

Sorri de lado quando pisei meus pés no chão da sala. Jasper e minha mãe esperavam no cômodo.

— Minha bebê está perfeita — Minha mãe veio para o meu lado me olhando com os olhos brilhantes.

— Tenho a quem puxar — brinquei beijando sua bochecha — Onde está Alice e Edward?

Minha mãe bufou rolando os olhos

— Alice está arrumando a humana, talvez agora ela pareça... gente — murmurou — Edward está esperando ela em seu quarto.

Assenti lentamente. Depois do ocorrido com James, Bella teve que começar a usar uma bota ortopédica já que quebrou a perna.

— Entendi. Jazz, você vai esperar a Alice, creio eu — deduzi caminhando até o mesmo.

O loiro assentiu com as mãos nos bolsos da calça social.

— Sim. Está linda a propósito — sorri para o mesmo que beijou o dorso da minha mão direita — Aproveite a festa.

— Eu vou... — murmurei indo até meu pai, o mesmo estendeu seu braço o qual eu prontamente segurei.

Minha mãe vestia um vestido vermelho vinho com as alças finas, seu salto era nude e os cabelos estavam soltos. Hoje seremos o centro das atenções. Não que nos outros dias sejam diferentes. Íamos com a BMW vermelha da minha mãe.

O caminho foi rápido e cheio de conversas animadas. Rosalie Lillian Hale poderia ser uma fonte de arrogância e um poço de rispidez com qualquer outra pessoa, mas comigo e com o meu pai ela era um doce. Acho que se sentia ela mesma quando estava conosco. Já o meu pai não parecia do tipo que era protetor, tolos eram os que pensavam isso. Emmett Mccarty Cullen é o melhor pai do mundo, o mais protetor também.

Quando chegamos a escola estava repleta de estudantes vestidos com roupas formais, todos queriam estar bem vestidos para o baile de formatura. Chamar atenção e fazer história era o objetivo principal. Desci do carro com a ajuda do meu pai que fez o mesmo com a minha mãe, olhei para todo o estacionamento mas meus olhos traidores cobertos pela incômoda lente azul pararam em um garoto moreno. Seus cabelos eram grandes e ele parecia esperar alguém na parte mais ao fundo do estacionamento. Quando olhou para nós sua expressão fechou, parece que não gostava do que via.

Franzi as sobrancelhas e me afastei minimamente dos meus pais.

— Onde vai bebê? — minha mãe perguntou confusa.

Olhei para ela e depois para o meu pai.

— Cumprimentar algumas pessoas, quero fazer amigos para o ano que vem — menti descaradamente — Podem ir na frente, se quiserem.

— Tudo bem. Vamos Ursinha — meu pai sorriu puxando minha mãe para longe. Eu podia sentir o quão desconfiada ela estava.

Me virei para onde o garoto estava e comecei a caminhar até ele. Seus olhos foram para o meu vestido e logo em seguida para o meu rosto.

— Oi — murmurei — Percebi que olhava para minha família... procura alguém?

Ele ergueu uma sobrancelha surpreso

— Me desculpe se incomodei, eu só... você sabe onde a Bella está? Isabella Swan eu digo — perguntou engolindo em seco — Ela namora o seu irmão, Edward Cullen.

Evitei abrir a boca surpresa. Então ele conhece a humana azarada. Percebi melhor os seus traços, o cheiro de cachorro fraco que vinha dele. Era um quileute.

— Oh, sim — sorri — Ela está à caminho, creio que não deva demorar. Se me permite perguntar... como você se chama?

Ele hesitou em responder, seu coração estava um pouco descompassado.

— Jacob, Jacob Black — Oh, então ele é o quileute que tem a língua solta — E você...

Estendi minha mão em sua direção, o mesmo a olhou por alguns segundos logo segurando-a. Sua palma era quente, como o inferno eu acho, em contraste com a minha que era mais gelada do que morna.

— Kira Cullen — Respondi — É um prazer, Black.

O moreno se limitou a assentir. Ouvi o som do motor do Volvo à alguns poucos quilômetros, a mente de Edward já estava em um raio de distância detectável por mim. Eles estavam chegando.

— Bem... eles já estão chegando — Murmurei — Se quiser esperar lá dentro...

— Ah, não, não precisa — respondeu rapidamente — Espero aqui mesmo.

Assenti dando alguns passos para o lado.

— Okay.... até mais então.

— Até.

Me virei de costas e comecei a caminhar em direção à festa. Ele não era feio, eu daria uns dezesseis anos de idade. Mas era um quileute, um futuro lobo sarnento. No havia nada contra os quileutes, apenas não quero proximidade em excesso.

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CHEGAMOS AO FIM DA PRIMEIRA TEMPORADA DO LIVRO. JÁ VOU COMEÇAR A ESCREVER A OUTRA PARTE, DESSA VEZ SERÁ CONTADA PELO PONTO DE VISTA DA KIRA.

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Twilight - The beginningOnde histórias criam vida. Descubra agora