O maior sonho de Rosalie Lillian Hale sempre foi ser mãe, porém depois que se transformou em vampira esse desejo se tornou inalcançável. Até que um dia, em uma caçada, a loira e o marido, Emmett, encontram uma linda bebê abandonada no meio da flores...
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Milagrosamente fazia sol em Forks, mínimo, mas revigorante. Era o suficiente para que meu lado mais humano se destacasse e assim eu pudesse me entregar ao lazer de um dia ensolarado.
Para começar bem o dia fiz uma manhã de caçada com meus pais e tio Jasper. Nada poderia ser mais encantador do que isso, obviamente tirando a parte em que nos alimentamos de pobres animais que em nada tem a ver com nossa maldição deplorável.
Passar um tempo com a minha família é tudo que eu poderia querer, mesmo quando as coisas estão difíceis e minha vida complicada, ainda sim eles possuem a capacidade de melhorar o meu dia, mesmo inconscientemente. E eu só tenho a agradecê-los por isso. Entretanto, nem só de flores é feita a vida e neste exato momento meu coração que pouco bate me trai com sua errônea capacidade de me delegar a qualquer um com uma audição sobrenatural.
Os olhos âmbar da minha mãe vasculharam todos os cantos do meu rosto e mesmo possuindo a certeza de que jamais faria algo contra minha pessoa, ainda sim me sinto como um animalzinho indefeso sob seu olhar. Vulnerável e indefesa. Presa fácil.
- Que é que tem a me dizer?
Maneei minha cabeça de um lado para o outro, propositalmente evitando seu olhar. Fixei minha mente na sua e encontrei uma tela em branco. Ela não pensava em nada naquele momento e tampouco sentia alguma coisa, era como nadar em alto mar sem um bote salva vidas. Sua mente e coração vazio momentaneamente me traziam essa sensação terrível. Não sabia o que esperar.
- Na verdade eu também não sei - falei por fim, desajando que aquele lobo idiota logo aparecesse - Jacob quer lhe fazer um pedido, ao papai também.
Suas sobrancelhas se franziram de forma tão engraçada que não contive o sorriso, em disfarce apenas fechei e abri mes olhos rapidamente transformando aquela imagem em algo doce e inocente. Meu pai logo apareceu ao seu lado, ao contrário dela ele sentou-se no sofá animado. Sempre animado demais, eu gosto.
- Pedido?
- Nem sei do que se trata realmente - abanei minha mão no ar, disfarçando ansiedade com descaso - Ele não me disse os detalhes, apenas que quer fazer o pedido. Nem minhas visões conseguem pegar.
Meus pais se olharam por um tempo, ambos esquecendo que posso ler suas mentes e sentir suas emoções. Não o fiz de toda forma, apenas suspirei cansada. Para alguém que sabe tudo mesmo inconscintemente, é mais do que difícil não ver o futuro, principalmente quando o envolve.
Então o som da moto se fez presente, me despertando dos meus mais supérfluos devaneios. Me levantei animada, meu pai me olhou divertido. De qualquer modo ele era feliz pela minha felicidade e eu era grata por isso. O cheiro canino logo se fez presente no ambiente, Jasper e Edward poderiam fazer algum comentário desneccessário sobre isso neste exato momento e não deixo de lembrar das torções de nariz discretas de Alice. Felizmente estamos na casa dos meus pais, afastada de tudo e todos bem no meio da mata e não ouso sequer procurar o motivo de tal isolamento. O desgosto é mais amargo para quem o procura. Informações demais.
