O maior sonho de Rosalie Lillian Hale sempre foi ser mãe, porém depois que se transformou em vampira esse desejo se tornou inalcançável. Até que um dia, em uma caçada, a loira e o marido, Emmett, encontram uma linda bebê abandonada no meio da flores...
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Edward estava estático, seu corpo não conseguia se decidir entre ficar na defensiva mesmo sabendo que eu não soltaria Jasper ou então relaxar um pouco para tentar acalmar Isabella. A humana olhava para nós com o rosto inexpressivo, mas eu sentia seu medo e por incrível que pareça creio que ele não estava relacionado ao acontecido, e sim nas consequências disso.
— Kira, Emmett, tirem Jasper daqui — a voz do meu avô me obrigou a agir. Ele não estava furioso e muito menos tão calmo quanto transparecia. Apenas agia como um médico e mais importante ainda, líder do clã.
Meu pai assentiu sério. O clima estava pesado demais para brincadeiras.
— Vamos lá Jazz — ele murmurou tentando puxá-lo.
Suspirei triste pelo meu tio, ele ficaria arrasado e se culparia pelo resto de sua eternidade. Não o soltei, apenas o induzi a obedecer meus comandos e sem olhar para trás saímos da sala com minha mãe no encalço. Esme abriu aporta de vidro para que pudéssemos sair, minha vó estava com o rosto envergonhado e a mão na boca, ela não respirava assim como nós.
Soltei Jasper quando chegamos nos fundos da casa. Meu tio respirou a brisa gelada da noite e pude perceber seus olhos voltando a cor normal. Recebi uma enxurrada de sentimentos; vergonha, tristeza e arrependimento. Isso mataria qualquer um no meu lugar.
— Preciso sair daqui — ele sussurrou passando as mãos nos cachos loiros.
Me coloquei ao seu lado com a minha mão direita sob seu ombro tenso.
— Vamos dar uma volta — Sussurrei. Jazz assentiu de cabeça baixa.
— Me desculpe Bella... — ele sussurrou mesmo sabendo que ela não ouviria. Creio que esse pedido não tenha sido necessariamente para ela.
Estendi minha mão que foi prontamente segurada por ele. Começamos a correr pela floresta, passamos entre várias árvores indo cada vez mais longe. A escuridão nos engolia como um monstro se alimentando da dor alheia. Essa comparação fez meu estômago se revirar, era exatamente assim que Jasper se sentia.
"Onde vamos?"
" Onde quiser ir...."
Permiti que ele nos guiar para onde quisse ir. Depois de tantas curvas, subidas e descidas por entre árvores caídas e rochas, nós paramos. Observei o lugar onde estávamos, era um dos picos mais altos da floresta, conseguia ver o mar perfeitamente. As ondas se chocaram no paredão de pedras do penhasco mais à frente pela esquerda. Jasper deu alguns passos até chegar em uma enorme Rocha, nela ele se sentou olhando o mar, em silêncio. Coloquei uma mão dentro do bolso frontal da calça e a outra eu passei pelo rosto. A tristeza dele estava me preenchendo e eu não sabia lidar com isso, nunca o senti tão triste em toda minha vida. Esse era um sentimento que eu não estava acostumada a sentir, principalmente quando se tratava da minha família.
