O maior sonho de Rosalie Lillian Hale sempre foi ser mãe, porém depois que se transformou em vampira esse desejo se tornou inalcançável. Até que um dia, em uma caçada, a loira e o marido, Emmett, encontram uma linda bebê abandonada no meio da flores...
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Em Denali havia uma parte da família composta por três irmãs e um casal de vampiros. Eleazar era um grande e velho amigo de Carlisle, seu dom é descobrir os dons dos outros vampiros. Uma coisa rara e única. Tanya era a líder do clã e, diga-se de passagem, uma mulher apaixonada por Edward à décadas.
Kira viajou para o Alasca com os pais no dia seguinte do acidente. Rosalie estava nervosa sobre o que poderiam descobrir e Emmett ansioso, ele não é do tipo que gosta de esperar. Já a pequena híbrida possuía medo e ao mesmo tempo ansiedade dentro de si, em sua mente ela imaginava milhares de possibilidades sobre o que poderia acontecer.
Já no Alasca, os três se encaminharam para o monte Denali com um carro alugado por Emmett. O clã de vampiros os esperavam quando os três chegaram em frente à residência depois de horas de viagem. Primeiro desceu Emmett cumprimentando os amigos e já deixando claro que eles deveriam ter mentes abertas. Desde que adotaram Kira ninguém sabia de sua existência, nem mesmo os primos da montanha, por esse motivo e também porque as irmãs Denali tem um péssimo passado relacionado a crianças imortais, algo que Kira parecia muito, Emmett preferiu já adiantar um pouco do assunto.
Kira engoliu em seco quando a mãe abriu a porta para que ela saísse. De mãos dada com Rosalie ela seguiu até o grupo de vampiros que assim que colocaram os olhos nela recuaram passos para trás.
— O que é isso!? — Tanya exclamou com receio na voz.
O dom elétrico de Kate fazia com que pequenas linhas de eletricidade passassem por seus dedos quando ela levantou as mãos na altura da cintura, alarmada.
— Emmett, o que se passa? — Eleazar perguntou abraçando a esposa.
— Não é o que estão pensando, ela não é uma criança imortal — Rosalie respondeu quase rosnando.
Kira apertou a mão da mãe olhando entre as pessoas
— Como não? Eu vejo! — Irina exclamou incrédula.
— Encontramos Kira na floresta de Forks perto de nossa residência. Escutem, seu coração ainda bate... ela é uma híbrida, foi gerada com a mãe humana e o pai vampiro — Emmett rebateu tão sério que todos o olharam — A mãe biológica faleceu no parto e o pai... morto pela guarda sob falsa acusação de criação de uma criança imortal.
Os olhos dourados repousaram novamente na menina
— Olhem o sangue em sua boca, a forma como ela precisa respirar...
— Eu ouço — Kate murmurou dando um passo à frente — O coração. É evidente as características humanas... eu me pergunto como...
Rosalie retirou de sua bolsa um álbum de fotos, nele havia registrado todos os momentos de vida da pequena Kira em imagens. A loira entregou o objeto nas mãos do marido que o repousou sob as palmas pálidas de Kate.
— Kira tem oito meses e algumas semanas — Rosalie respondeu abraçando a filha — Seu crescimento é tão acelerado que provavelmente daqui alguns meses terá a aparência de uma criança de quinze para dezesseis anos.
Carmen parou ao lado de Kate, as duas folheava o álbum rindo levemente pelas caretas de Kira.
— Está me dizendo que essa criança tem uma parte humana que crescerá até sua fase adulta? — Eleazar perguntou considerando a resposta. Emmett assentiu se colocando ao lado da filha — Eu ouvi histórias.... é uma situação muito rara, são tratados como lendas... nunca imaginei me deparar com algo assim.
— Mamãe.... — a ruiva sussurrou atenta.
— Eu posso? — Kate depositou o álbum nas mãos de Irina, que o folheia curiosamente. A loira andou alguns passos até chegar na pequena Cullen, se ajoelhou à sua frente e sorriu para a menina.
— Sabe... eu achei que seria pior — Kira sussurrou.
Os Denali deram risada, até mesmo Irina que se arrependia por ser tão dura.
— Não somos tão duras assim, apenas ficamos... receosas — Carmen murmura ao lado do marido.
— Bem, vamos entrar... ela adoece?
— Na verdade até hoje ela não adoeceu, apenas teve maus estares quando cansada demais — Rosalie respondeu.
(....)
— Parou os cacos de vidro à centímetros do rosto? — Irina perguntou para a ruiva.
A menina assentiu bebendo chocolate quente. Eles não possuíam comida humana, mas fizeram uma compra que duraria o mês inteiro depois que toda a situação havia sido resolvida. As Denali se apegaram facilmente à Kira, seria um pouco impossível não se render aos seus encantos.
— Sim... foi muito doido.
Kate deu risada lhe entregando biscoitos açucarados.
— Eu imagino... quando descobri meu dom também foi demais.
A menina olhou entre as duas
— Me digam.... o meu avô é bem velho, tipo muito mesmo — Kira sussurrou como se contasse um segredo — Eleazar foi seu amigo desde muito tempo e minha família conhece vocês à décadas... eu me pergunto, quantos anos vocês tem.
Irina fingiu estar ofendida colocando uma careta no rosto, no entanto isso não abalou Kira que ergueu o queixo mais curiosa ainda.
— Não lhe ensinaram que perguntar a idade de uma dama é uma atitude muito mau-educada? — Irina perguntou cruzando os braços.
— Ensinar minha mãe ensinou, mas quando é entre a família eu não levo isso muito à sério — Kate soltou uma gargalhada com a resposta da mais nova.
Rosalie apareceu na cozinha chamando as três para a sala. Eleazar, Carmen e Tanya conversaram com Emmett e Rosalie sobre a atual situação.
— Bem querida seu poder é extremamente forte e unicamente perigoso — Eleazar inicou olhando para a menina sentada entre os pais — O dom da magia do caos é único e tão poderoso que era uma lenda até você aparecer. És tão infinitamente poderosa que seus poderes são quase ilimitados, existem coisas para se contar no dedo que você não consegue fazer. Com a magia do caos você pode mudar a realidade ter até previsões sobre acontecimentos.
Kira pensou por alguns minutos, digerindo as informações recebidas
— Mas tem como controlar, certo? Eu não quero perder o controle e arrancar a cabeça de ninguém — murmurou entrelaçando os dedos.
Os mais velhos sorriram assentindo
— Demorará bons meses de treinamento intensivo, mas irei me dedicar para que não machuque ninguém sem querer — o moreno garantiu.
