Capítulo XII: Pessoa problema

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Lexa

–Você disse que tinha parado, o que aconteceu?

Perguntei incrivelmente furiosa com meu estúpido irmão.

Sébastien olhou para ele sem entender, provavelmente não sabia que aquilo já tinha ocorrido antes. Mais de uma vez.

– Não foi exatamente eu – disse ele envergonhando – Surgiu depois da dor de cabeça e dos flashes de imagem.

– Por que não me acordou?

– Aconteceu há algumas horas, não iria adiantar te acordar tão cedo em um domingo – o horário do café da manhã era as nove nos fins de semana – Então achei melhor esperar.

– Estamos aqui juntos – disse apertando sua mão sobre a mesa redonda do refeitório – Você não pode esconder essas coisas de mim, principalmente quando essa não é a primeira maluquice mística que ocorre com um de nós.

Isso era o que tinha me deixado de assustada para irritada e de irritada para preocupada.

– Sébastien me curou, não foi grande coisa. Mas eu não sei dizer o que aquilo significa, mas me assustou.

Olhei rapidamente por cima de seus ombros, Cecilly estava vindo em nossa direção com a sua bandeja. Maldição. Essa era uma péssima hora já que tínhamos começado a conversar com mais normalidade. Olhei para chão e depois para ela e sussurrei dúvida. Ela olhou para os lados sem saber para onde ir e passou direto por nós.

– Alguma coisa está acontecendo e temos que descobrir. E por que estava conversando com Killian as quatro da madrugada somente de cueca? Isso está parecendo Academia de Vampiros, é não estou dizendo isso pelo jeito legal.

Disse por fim fazendo a analogia.

Sébastien que estava calado desde que contou o que sentiu olhou para Samuel sem entender.

– Lissa e Chris?

Meu irmão perguntou abaixando os olhos.

– É.

– São personagens de uma saga de fantasia – disse ele para Sébastien que ainda não entendia muito bem – Ele apareceu lá, não o chamei. Para início de conversa desci lá porque não conseguia dormir, papai me ligou e depois o Killian apareceu.

– Papai ligou para você? Por quê?

Meu espanto era justificado e agora maximizado.

– Sei lá. Para dizer nada como sempre. Mas comentou que vai passar o natal conosco aqui na cidade. Desligou logo depois. E cabum, visões malucas, cortes e Killian voando contra a estante.

– E falando nele.

Disse Sébastien.

Killian e Roman estavam andando em nossa direção. Roman sorriu e fez um aceno com o rosto, Killian por outro lado parecia mais sério que de costume.

– Ajam naturalmente.

Samuel acrescentou enquanto fazia todas as coisas sobre a mesa tremerem com sua mente.

– Então pare de parecer estranho.

Disse encarando nossa comida dançante.

– Mande-os para longe.

Pediu.

– Os dois, ao mesmo tempo? Eles não são idiotas. Só sorria e se desculpe.

Respondi fazendo careta.

– Não.

– Sim!

Rosnei parecendo com o Rex.

– Cala boca.

Bruxos&Demônios, vol. I - Fumaça&CinzasOnde histórias criam vida. Descubra agora