Capítulo XXXIV: Quem é você na minha cabeça?

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Samuel

– Você está bem, realmente bem?

Lexa perguntou tateando cada parte do meu corpo que ela conseguia alcançar, como se eu tivesse quebrado algum osso, o que não era o caso.

– Foi só uma insolação – menti – O que não é grande coisa dada ao meu histórico pessoal.

– Certo, não me assuste assim de novo.

Completou, então sorri fingindo ao máximo de normalidade.

O enfermeiro McHale tinha adquirido meu desmaio e grito como uma simples insolação, já que como sempre eles fizeram aquele teste de magia e nada foi detectado, mas eu tinha certeza que não tinha sido o sol, contudo, essa desculpa tinha vindo a calhar.

Não havia mais ninguém ali, somente Lexa tinha ganhado permissão para ficar comigo.

O que me dava tempo para tentar processar algumas coisas malucas. Como minha alucinação com sangue e a dor na minha cabeça, e obviamente as duas estavam ligadas, e eu ainda havia mais para lidar.

– Onde estão os outros?

Perguntei curioso, sem saber a quanto tempo estava lá dentro.

– Não sei direito. Devem ter ido almoçar e depois voltado para os dormitórios. Provavelmente. Posso chamá-los.

– Não precisa, converso com Bash depois. E esbarro com Killian ou Roman a qualquer momento.

O nome dos dois a fez desviar os olhos, não entendi por quê. Talvez ela e Roman... Não sei.

– Vou buscar seu almoço então, e já volto...

– Estou bem Lexa, eu posso ir pegar meu almoço.

– Não, eu vou, não preciso ver você cair dessa cama e já tenho gritos demais na minha cabeça.

Não entendi a analogia, mas também não perguntei.

Ela voltou com uma bandeja minutos depois e comemos em silêncio, aparentemente não era só minha mente trabalhando em algo secreto, ou quem sabe ela só estivesse cansada.

Quando terminamos de comer era hora de voltar para os dormitórios, então nos separamos em duas portas que encontramos na enfermaria.

Com a desculpa de conseguir encontrá-lo, apareci na sala de convivência e não em meu quarto.

O único a virar para me encarar foi Tate, mas ele não demorou mais de alguns segundos e voltou a conversar o que é que fosse que estivesse conversando. Os rapazes aqui embaixo não eram da minha turma então virei para direção da escadaria.

– ...esta melhor?

Roman perguntou atrás de mim, devorando um pacote gigante de batatinhas.

– Nunca para de comer?

Perguntei sorrindo, enquanto ele tentava terminar de engolir o mais rápido e eficientemente que conseguia.

Ele deu de ombros sorrindo.

– Estou ótimo a propósito.

Fisicamente falando isso era verdade.

– Ficamos preocupados.

– Você é Killian?

Disse ansioso.

Bruxos&Demônios, vol. I - Fumaça&CinzasOnde histórias criam vida. Descubra agora