- Como é que é?
Dois dias depois já pronta para ir ao México recebo um papel por Arthur, refere-se a minha pensão.
Ah ódio vem que eu quero me embebedar e arrancar a cabeça daquele homem porque raios ele não me deixa em paz.Entro no prédio de seguranças a passos largos parece até que virou mania, entro sem nem mesmo bater, todas as cabeças se viram para mim por conta dos meus saltos batendo no chão, olho para Sebastian e ele aponta para a sala de reunião, quando abro a porta para o meu desgosto total presencio a cena, ele gritou na minha cara que não tinha nada com ela e agora esta aqui aos beijos.
Ele se afasta e quando me ver entra em pânico.
- Karol...
- Ah oi Karol tudo bem? Pergunta cínica.
- Tudo maravilhoso.
Abro meu sorriso largo plantado na cara que ela até se assusta.
- Que bom, vou deixar vocês a sós, depois conversamos Rugge.
Quando ela sai me viro para ele.
- O que você viu...
- Não se dê ao trabalho.
Pego o papel e bato ele na mesa.
- Que porra é essa? Ele pega a folha e lê.
- Sua pensão, se tivesse me deixado seu contato eu mesmo teria feito.
- E eu tenho cara de aposentada para receber pensão?
- Não, mais você é minha esposa.
- Ex, e não preciso do seu dinheiro.
- Mas mesmo assim eu faço questão.
- Para o quinto dos infernos com suas questões pegue seu dinheiro e enfie no...
- Opa, opa, opa mocinha olha a boquinha.
- Retire essa merda, ou seu dinheiro vai para caridade.
- Bom ao menos você sabe o que fazer com ele.
- Isso não é um jogo Ruggero, não quero seu dinheiro, não quero nada de você, quando cheguei em casa aquele dia e fui recebida por aqueles papéis decidir te apagar da minha vida e estou fazendo isso, já que tem alguém na sua vida, esqueça que eu existo também.
- Eu não tenho ninguém.
- Bom pra você. Dou as costas para sair mais ele me segura grudando nossos corpos e ameaçando me beijar.
- Nem pense em encostar na minha boca com a saliva daquela cobra.
Ele rir e beija meu pescoço, mas o empurro.
- Não sei que jogo é esse, mas vai jogar sozinho.
- Não é jogo nenhum, eu fiz aqueles papéis para você se decidir.
- E olha só eu decidir, já recebeu sua cópia. Ele fecha a cara.
- Eu não assinei, se tivesse prestado atenção teria visto que não tinha minha assinatura.
- O que pretendia que eu corresse atrás de você...
- Não, que você caísse em si, e pudéssemos realmente ter o nosso filho.
- Sabe você passou anos jogando na minha cara que eu era egoísta e não te dava a única coisa que você pedia.
Realmente você tinha razão, mas não porque eu não queria e sim porque eu não podia.
- O que?
- Eu não podia ter filhos, descobrir que tinha um bloqueio hormonal e não conseguia engravidar.
- Desde quando?
- Desde o nosso segundo ano de casados, de lá pra cá eu vinha fazendo tratamento para engravidar, até viajei várias vezes só para fazer o procedimento querendo trazer o sorriso nos seus lábios novamente.
- E porque não me contou nada?
- Eu queria fazer uma surpresa, mas o tempo foi passando e as esperanças indo embora e era mais fácil ver decepção do que tristeza, mas agora não me interessa nem uma nem outra, espero que ela te faça feliz e que te de filhos, adeus Ruggero. Bato a porta.
- Karol...
Os garotos se aproximam quando paro e abaixo a cabeça segurando as lágrimas.
-Eu estou bem.
Corro até o carro e sou amparada por Tomy que me leva direto para o aeroporto.- O que houve? Jane pergunta assim que entro na área de embarque.
- Nada encerrei uma etapa da minha vida agora é hora de seguir em frente.
Ela assente e embarcamos.Quinze dias depois a turnê termina e minha entrevista no programa de TV é comentada em todos os noticiários, confirmei minha separação, e meu afastamento dos palcos por um tempo, e aqui estou, já fazem dois meses que me instalei no México em Cancun perto do mar e estou me encontrando aos poucos.
Estava caminhando pela praia quando meu celular toca vejo o nome de Valentina na tela.
- Karol... Era Mike.
- O que houve? Pergunto nervosa.
- Está nascendo Karol meu filho está nascendo.
- Caralho...
- Ela quer você... Valentina quer você.
- Tudo bem eu vou pegar o primeiro vôo.
Corro para casa arrumando uma bolsa pequena e pego um chapeuzinho, por via das dúvidas eu dispensei os seguranças por um tempo, chamo um táxi e vou direto para o aeroporto, consigo um voo pelo celular, e logo estou embarcando para o Brasil novamente com o peito acelerado falta sair pela boca.Chego de madrugada e recebo uma mensagem em que hospital ela está, pego um táxi, e assim que pago corro para dentro do hospital.
- Oi minha prima está aqui, Valentina Zenere.
- Um minuto senhora.
- Karol... Aquela voz que me faz perder os sentidos me viro e nada mudou ainda é de tirar o fôlego.
- Ruggero.
- Ela está no segundo andar.
- Segundo andar senhora seu crachá de visitante. A moça diz.
- Obrigado.
- Eu te levo lá.
- Não preciso de babá. Reviro os olhos.
- Eu não sou uma. Ele fala dando de ombros e aperta o botão do elevador, me concentro nos números.
- Eu ainda não assinei. Fico quieta.
- Estou muito confuso com tudo o que me contou. Muda Karol, não abra a boca, seja uma boa garota vai, entramos no elevador.
- Não vai falar comigo, precisamos conversar. Não consigo né gente.
- Conversar? Não, não precisamos você pediu a separação e já estava decido a fazer isso, eu lhe dei pela primeira vez, não é o que tanto queria, assine e acabe com isso vá viver sua vida como você queria e planejou.
- Eu não posso.
- Não é problema meu.
- Você me odeia não é?
- Hoje menos. Ele rir e saímos do elevador posso ouvir os gritos de Valentina daqui a enfermeira abre a porta e entro.
- Graças a Deus você chegou.
- Karol por favor... Ela grita e me aproximo segurando sua mão péssima ideia solto um grito seguido de um palavrão e os médicos me olham.
- Dêem algo para dor ou vou sair daqui sem os ossos da mão.
Depois de quatro horas e intermináveis gritos Lucas nasceu forte como um touro e gigante como o pai, meu coração estava derretido diante daquele serzinho tão pequeno.Olhava através do vidro Lucas no berçário dormir, uma lágrima risca meu rosto e seco rapidamente.
- Eu também tenho a mesma sensação.
- De que?
- E se fosse o meu bebê.
Continuo com o olhar fixo no meu afilhado.
- Um dia será o seu.
- Poderia ser o nosso.
- Mas você não quis assim. Rebato imediatamente.
- Porque fui um um tolo em pensar que...
- Que eu correria para os seus braços dizendo vamos Rugge ter quantos filhos você quiser? Um riso estrangulado escapa dos meus lábios.
- É uma pena que não enxergue.
- O que?
- Que eu ainda te amo.
- Uma maneira de amar bem louca a sua.
- Vindo de você é até uma ofensa.
Olho para ele que está sorrindo.
- Obrigado pela parte que me toca.
- Quero tentar de novo Karol...
- É claro que você quer, com uma mulherzinha mais ou menos, com um sexo mais ou menos e o senhor gostosão aí não se satisfaz não é? Ele nega.
- Nunca tive nada com ela não depois de você, aquele beijo, não era pra ter acontecido e ela sabia bem disso, foi ela quem me beijou.
- E você correspondeu legal caso encerrado.
- Sim eu correspondi porque achei que poderia te esquecer e me enganei feio.
- Sinto muito Ruggero você quis um fim eu te dei e agora eu tenho um recomeço e o fim não vai voltar.
- Porque não, você ainda me ama eu sei que me ama.
- Nem sempre o amor é o bastante para superar as feridas.
- O amor é capaz de curar qualquer ferida, me deixa cuidar de você outra vez, me deixa te amar e sarar as feridas que eu mesmo causei.
- Me desculpe. Saiu correndo não consigo, eu não consigo foi doloroso demais, esbarro em uma enfermeira e vejo tudo escurecer mas antes de cair sou amparada por seus braços.😘😘😘😘😘
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Entrelinhas - Segundo Livro
FanfictionE eles voltaram com tudo, mas como toda história de amor, vão ter que lutar muito para proteger esse lindo sentimento. Ruggero um ex militar, que no passado viu seu melhor amigo morrer bem diante dos seus olhos, superou seus demônios e encontrou o...