Parte 7

555 41 24
                                    

Ruggero


Quando Karol saiu correndo, demorou só dois minutos para que eu fosse atrás, não podia deixá-la ir assim e quando cheguei no corredor onde ela entrou uma enfermeira está pedindo para ajudá-la e quando olho é Karol caída em seus braços, vou até ela e pego Karol em meus braços, a enfermeira indica a cama no quarto e coloco ela deitada.
- Muito obrigado.
- É a minha mulher o que aconteceu? Ela olha para Karol depois pra mim.
- Ela desmaiou do nada, pode ter sido uma queda de pressão, vou chamar um médico.
Ela sai e olho para Karol, pálida deitada naquela cama de hospital e meu peito se aperta.
As próximas horas foram de médicos entrando e saindo, ela foi levada duas vezes para fazer exames e foi colocada no soro e em uma máquina para os seus batimentos cardíacos, já comecei a entrar em pânico mais tinha que me manter tranquilo não é nada.

Acabei dormindo na poltrona e acordo assustado bem na hora que um enfermeiro está levando-a.
Depois de meia hora decido sair da sala em busca da médica que conversou comigo ontem.
- Doutora Carmen.
- Ah oi, a Karol está fazendo os exames que pedi?
- Sim levaram ela tem meia hora.
- Ótimo.
- Doutora porque de tantos exames o que está acontecendo? Ela me encara exita por um momento.
- Só posso dar um diagnóstico quando ela terminar os exames.
- Eu sei, mas alguma coisa estão vendo para ter a necessidade de fazer tantos assim.
- Ruggero não é?
- Sim.
- Desconfiamos que os sintomas que ela apresentou seja por um câncer cervical.
- Câncer?
- Sim no colo do útero, ela relatou que estava fazendo tratamento para engravidar por conta de um bloqueio hormonal, mais se minhas suspeitas estiverem corretas, não era bloco hormonal, só foi difícil de detectarem porque ainda não sabemos...
Ela continua explicando mas não consigo seguir minha cabeça está rodando e só penso que vou perder minha mulher de vez e não por conta que sou um idiota e sim por conta de uma doença.
- Ruggero... Ruggero está me ouvindo.
- Desculpe estou tentando assimilar.
- Eu sei que é difícil, mas se for confirmado eu preciso que fique concentrado ela vai precisar de você do seu apoio.
- Claro eu...
- É complicado nós sabemos, mas quero que confie em mim e vou fazer tudo que estiver ao meu alcance para que tudo fique bem ok.
- Doutora terminamos.
- Ah olha ela aí, tudo bem Karol?
- Sim, já posso ir embora.
- Vamos esperar o resultado dos exames Karol. Falo e ela revira os olhos.
Acompanho ela até o quarto com o enfermeiro e recebo uma mensagem de Mike perguntando onde eu estou.
Arrumo as almofadas para que ela fique confortável.
- Vou ver o Mike, que não para de mandar mensagem e já volto, você quer alguma coisa para comer?
- Não obrigado, e você já pode ir embora é só passar a minha bolsa que vou ligar para Jane e o Tomy virem me buscar.
- Eu não vou embora.
- Não quero você aqui, não entendeu, cai fora Ruggero.
- Eu já falei que não vou sair daqui.
As enfermeira entram para ajustar o soro, e fazem várias perguntas uma outra entra com um carrinho com uma refeição e ela bufa revirando os olhos.
- Não seja ranzinza e coma alguma coisa.
- Não estou com fome.
- É para o seu bem Karol, você desmaiou.
- Isso não quer dizer nada, eu já estou bem e quero ir pra minha casa.
- Que casa? Pergunto ainda não consegui rastrear que casa é essa.
- Não te interessa, de qualquer maneira não vou ficar muito tempo no país.
- Você acabou de chegar e já vai viajar?
- Não é da sua conta.
- Não pode viajar sem saber o que tem primeiro Karol.
- Porque insisti tanto.
- Porque me preocupo com você.
- Agora você se preocupa, que amor mas não preciso da sua preocupação pode ir embora Ruggero.
- Pare. Grito e respiro fundo passando a mão no rosto várias vezes.
- Só pare tá legal. Abaixo o tom de voz e ela fica me olhando, saiu do quarto não quero perder a paciência com ela, eu errei e feio mas estou arrependido e pedir para voltar, ela não quer isso está claro, mas não precisa jogar na minha cara os meus erros a cada oportunidade.

Como se você não tivesse feito o mesmo com ela.

Encontro Mike na lanchonete do hospital.
- Então o que aconteceu?
- Ela fez alguns exames estamos esperando.
- Pela sua cara...
- Ela não deixa que me aproxime e isso está me matando.
- Calma Rugge, sabemos como é feita Karol é seu mecanismo de defesa se afastar e fugir você sabe.
- Sei e saber que eu sou culpado é a pior parte.
- Vai ver que não é nada e logo, logo vão poder conversar.
- Espero amigo. Não falo com Mike das suspeitas não quero alarmar ninguém.

Mão no peito e uma caixinha de lenços é assim que começou Entrelinhas.

Entrelinhas - Segundo LivroOnde histórias criam vida. Descubra agora