Parte 3

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Se estou sofrendo?
Claro que estou, acabada por dentro mais por fora sigo plena sou Karol Sevilla passei anos da minha vida engolindo dor atrás de dor, divorciar do homem que eu amo é fichinha pra mim...

Não consigo enganar nem os cachorros da praça quanto mais a mim mesma, mas não vou fraquejar já chorei tudo que tinha pra chorar, já gritei quebrei as coisas, já falei todos os palavrões possíveis e até criei alguns, pois é...
Comi horrores de doces fiquei duas semanas em Cancún sozinha em uma casa de praia tive tempo suficiente para fazer birra e agora estou colocando minha cabeça no lugar tentando ser adulta e deixar meu lado mimado para trás, não vou correr atrás eu já fiz isso e ele não me atendeu agora é seguir minha vida, ainda sou linda, gostosa, loira e solteira.
- Consegui os ingressos que me pediu.
- Que bom você vem comigo?
- Claro foi só falar Sevilla e boom area vip garota, e o Justin pediu para tomar um drink com você.
- Ele é um amor.
Termino de me arrumar calçando meu tênis.
- Você não vai mesmo falar a Valentina que está na casa que era da sua mãe?
- Não por ela esse lugar nem existia mais, na verdade eles não sabem que existe eu mandei derrubar depois do que aconteceu bem já estava quase tudo no chão.
- Eu entendo, que quer um tempo para você e vou respeitar.
- Obrigado, sabe aquela turnê no México?
- Sim o que tem ela?
- Pode confirmar eu vou.
- Sério? Mas...
- Vou ocupar minha cabeça.
- Certo, vou falar com os organizadores.
-Vamos indo?
- Sim.
- Oi senh...quer dizer Karol.
- Muito bem, Tomy vou para um estádio onde será realizado o show de um cantor americano temos a área vip e temos acesso ao local direto sem muitos transtornos.
- Certo. Ele faz um aceno e os dois carros com seguranças se preparam eu entro com Jane e ele vai dirigindo.

Já estávamos na arena e o show começou, peguei uma cerveja na entrada e fui curtir o show, algumas garotas me reconheceram lá do outro lado e acenavam fazendo fotos e vídeos que com certeza amanhã estaria em todos os noticiários e quem se importa vou curtir o show, bebi dancei e cantei a plenos pulmões sentindo meu corpo vibrar, ainda era a mesma garota, que curtia a vida, estava tão focada na minha carreira fazendo um show atrás do outro que esqueci de viver e confesso, é bom demais, vou fazer a turnê no México sim, dura apenas quinze dias, e vou aproveitar para descansar por lá e fazer coisas que eu tenho saudades, me reencontrar.
A música baby começa e danço como nunca, aproveito para gritar muito pois sou fã dessa cara.

Percebo a movimentação dos meus seguranças e Tomy se move, tiro meus olhos do palco e me viro não acreditando que... dois meses quinze dias e oito horas que não o vejo mais quem está contando não é?
- Tira as mãos de mim palhaço.
- Não pode se aproximar senhor.
- Pasquarelli. Ele fala rude e vejo quando os braços de Tomy abaixam e ele dar um passo para trás.
- Karol. Tomy chama.
- Estou curtindo o show, mande-o voltar outra hora, dê o número de Arthur é com ele que ele tem que falar.
- Saia da minha frente. Escuto Ruggero falar mas Tomy não sai.
- Vai querer mesmo que eu tire você?
- Tomy deixe-o passar se não é capaz dele jogar você lá em baixo.
- Não tenho medo dele.
- Pois deveria. Ruggero grita entre dentes. E Tomy se afasta, ele para ao meu lado e sei que está olhando para mim, mas sigo com meu olhar no palco em Justin.
- Que palhaçada é essa?
- Não sei do que está falando.
Baby baby ... Canto baixinho.
- Você some, muda de telefone de seguranças e ainda entrega as chaves de casa qual o seu problema?
- Era tudo o que você queria, deveria me agradecer por sumir da sua vida e não ficar vindo atrás de mim.
- Que a propósito desde quando você vem em show, principalmente de um cara.
- Desde quando sou solteira, linda e desimpedida e você está atrapalhando o meu momento, ou vai curtir o show ou cai fora.
- Não mesmo, Karol eu não sei o que deu em você mais vou descobrir.
- O que deu em mim sério? Não seja idiota Ruggero.
- A idiota aqui é você, vai ficar se comportando como a menina mimada que é, ou crescer e agir como uma adulta.
- Vá se foder. Grito.
- Vá você. Ele grita de volta
- Não me trate como seus amiguinhos porque eu não sou eles, está na hora de crescer Karol, não tinha o direito de afastar meus homens eles estavam ali para te proteger.
- O caralho, vá pra puta que pariu e me esqueça, eu já fiz isso. Pego minha bolsa.
- Onde vai eu ainda não terminei.
- Mas eu sim. Vamos Tomy preciso de uma bebida. Meu segurança assente e vou subindo para sair da área quando Ruggero passa por mim segura no meu braço e sai me arrastando, Tomy tenta vir atrás mais é barrado por Mike.
- Mike você é um traidor filho da puta eu vou quebrar sua cara.
- Larga ela Ruggero. Jane tenta intervir.
- Olha os jornalistas.
- Cale a boca deles porra. Ruggero grita e entra no elevador me jogando dentro, as portas se fecham e ele da um murro na parede de metal me assustando.
- Você me tira do sério, me faz perder o controle.
- Engraçado que eu só fiz aquilo que você queria Ruggero e parece que ainda não é o bastante para você.
- Entra no carro.
- Não vou a lugar nenhum com você.
- Vai sim, entra no carro agora porra.
Cruzo os braços e o desafio.
O troglodita segura meu braço e me joga no banco do carro.
- Você está me machucando caralho.
- Quem sabe assim você não aprende, está precisando tomar as palmadas que faltaram na infância.
Fecho a cara na mesma hora, ele sabe muito bem como foi a minha infância, pego o telefone e ele toma da minha mão.

Estaciona na garagem do nosso prédio e como me recuso a descer ele vem na minha direção abre a porta e me joga no ombro mesmo eu me debatendo.
Sinto só o estalo na minha bunda.
- Fica quieta porra.
- Gentileza mandou lembranças meu filho.
- Primeiro não sou seu filho, segundo que mandei ela pra puta que pariu.
Entramos no apartamento e ele tranca a porta.
- Agora nós vamos ter uma conversinha.

Entrelinhas - Segundo LivroOnde histórias criam vida. Descubra agora