Depois de encontrar Mike no berçário voltei para o quarto mas já estava vazio, fui atrás da doutora.
- Doutora Carmen.
Chamo quando a vejo conversando com outros dois médicos.
- Onde a Karol está?
- Ela foi embora.
- Como assim foi embora, porque permitiram que ela fosse?
- Não podemos prende-la aqui.
- Droga... Levo as mãos a cabeça.
- O que aconteceu para ela ir embora?
- Depois do diagnóstico, ela foi embora.
- Então saiu?
- Sim.
- O que ela tem, foi confirmado?
- Desculpe Ruggero, a paciente pediu sigilo, não podemos.
- Como é que é?
- Vocês são casados?
- Sim, tivemos alguns problemas mas ainda somos casados e exijo saber, sou seu marido, sou eu que vou responder por ela se não puder fazer.
Eles trocam um olhar entre eles.
- Eu posso perde-la?
- Infelizmente não podemos garantir nada Ruggero.
Meu coração retumba no peito e não consigo formular nenhuma palavra.
- Ela realmente precisa começar o tratamento ou pode se agravar muito, as chances de cura existem.Passei as duas semanas como louco procurando Karol em todo lugar e nada, resolvi voltar para o nosso apartamento de onde não deveria ter saído.
Estava procurando pilhas para colocar no controle e assistir alguma coisa, vejo um envelope com o nome de Karol, pego e vejo que são notas fiscais e uma planta com o endereço da...
- A casa da mãe dela, mas...
Ela reconstruiu a casa e não disse nada a ninguém. Sorrindo penso, te peguei garotinha.
Meu telefone toca e atendo Mike.
- Fala.
- Rugge, preciso que verifique o sistema de segurança, o Gaston está vindo pra cá mais não está funcionando muito bem.
- Certo estou indo.
Troco de roupa e vou o caminho pensando em como não percebi que ela mandou reconstruir a casa.
- Lina. Ela atende no segundo toque.
- Rugge pensei que tinha esquecido o caminho de casa sabia, vou arrancar suas orelhas.
- Eu também amo você. Ela rir.
- Cadê minha princesa.
- Pergunta por você dia e noite.
- Vou aparecer, dê um beijo nela por mim, mas você sabe de uma construção recente que a Karol autorizou?
- Construção? Não tenho ideia.
- Lina eu já sei pode me contar tudo. Ela suspira ao telefone.
- Eu fiquei de fora, só sei por alto, ela acertou diretamente com o Ramiro, não tenho ideia do que seja.
- Então é verdade.
- O que?
- Ela mandou refazer a casa da mãe dela.
- Entendi, mas o porque te atormenta?
- Não conseguia acha-la.
- E porque quer achar a Karol, ela está se escondendo? Falei com ela mais cedo temos uma reunião amanhã.
- Ela está fugindo como sempre.
- Você pediu isso.
- Eu sei... Mas... Engulo o nó na minha garganta, pensando no diagnóstico.
- Vai ter que correr atrás do seu prejuízo se quer sua mulher de volta.
- Difícil com ela fugindo.
- Você é um oficial nada foge de você por muito tempo.
- Tem razão.
Desligo assim que estaciono meu carro na mansão, vou direto para a salinha que ainda existe e está operando.
Claro não como antes mas é daqui que eles cuidam de tudo, Gaston está ali atualizando o sistema e vou para a cabine ajustar as câmeras estava explicando a Luis como funciona quando um carro prata com vidros pretos para no portão o vidro do motorista desce o que me faz estreitar os olhos para ele e olhar diretamente para o banco traseiro, o carro entra e termino as instalações, quando entro na casa Analu está na cozinha preparando um café e Mike está debruçado no balcão cochilando.
Faço sinal de silêncio para ela que rir e bato a mão no balcão ao seu lado, ele dar um pulo e cai da cadeira.
- Puta que pariu, caralho parceiro quer me matar.
- Acorda vagabundo, você é um pai de família agora tem que me deixar orgulhoso.
- Fica com seu afilhado a noite inteira depois conversamos. Dou risada.
- É sério o garoto parece uma sirene, e já é espertinho, ele dorme e quando vamos colocar no berço a sirene explode, Porraaaa.
- Vai passar cara a Lete era a mesma coisa.
- Espero consegui dormir ao menos cinco minutos.
- Não reclame ele é bonzinho. Ana defende.
- Ah Aninha você não conta ele sempre vai ser bonzinho. Ela rir.
- Aninha preciso da bombinha que... Ela para de falar quando me ver sentado ao lado de Mike, mas desvia o olhar rápido e faz um gesto com a mão abrindo e fechando.
- A bombinha Aninha.
- Ah eu vou pegar pra você o Mike tentou mais não conseguiu.
- Eles não são portados para isso. Mike rir.
- Não vai falar comigo?
- Gastar saliva cansa, mas como sou educada, bom dia pra você e Mike acho bom aproveitar se quer dormir, meu pacotinho adormeceu.
- Como? Quem conseguiu esse feito? Ela solta seu riso debochado.
- Santa Karol, vou te sequestrar todas as noites.
- Nem pensar, você plantou a semente, você rega bebê, a dindinha aqui é só para cheirar e ensinar coisa errada o resto é com vocês.
- Viu só, não quero imaginar o que vai ensinar a ele, Ruggero conto com você ela vai estragar ele. Karol tem uma crise de risos.
- Vai confiar nele.. estreito os olhos pra ela que levanta as mãos em rendição e Ana trás o que ela pediu.
- O que é isso? Pergunto curioso.
- Algo que você não pode usar. Ela saí da cozinha e olho para Mike.
- ah cara é uma parada para tirar leite, maluco o bagulho é doido, não conseguir fazer Valentina chorou.
- Vocês homens são uns molengas mesmo. Analu reclama e rimos do seu surto.
Subo com Mike e entro no quarto e espero por ela lá, tem um vestido pendurado em seu closet e muitas coisas espalhadas.
Um tempo depois ela aparece e está ao telefone, fica parada na porta ao me ver ali, responde quem quer que seja, desliga e me encara.
- Vejo que seu telefone funciona perfeitamente. Ela não diz nada.
- O que faz aqui?
- Te esperando, já que não consigo te encontrar.
- Não sei porque precisa me encontrar, já acertamos tudo, correção você acertou tudo.
- Karol...
- Ruggero, eu quero seguir em frente com minha vida e estou aprendendo a viver sem você, porque não faz o mesmo?
- Porque eu amo você, e te quero de volta.
- Não sou um ioiô, eu cansei, estou cansada e só quero que me deixe em paz.
- Sinto muito mais isso não vai acontecer.
- Vou ter que pedir uma restrição judicial então.
- Tenta, você está doente Karol e precisa se tratar e eu vou garantir que faça pois não quero te perder.
- Cala a merda da boca, você não sabe de nada eu não estou doente e você não tem nada com a minha vida. Me aproximo dela segurando seus braços encarando seus olhos com lágrimas a tempo de explodirem.
- Eu não vou sair entendeu, não importa quantas vezes vai me pedir para sair ou me expulsar eu não vou desistir.
- Está tudo bem aqui? Jane pergunta da porta e com meu olhar em Karol eu respondo.
- Tudo bem, eu já estou de saída, mas antes. Pego o celular que está em sua mão e envio uma mensagem para mim, ela ainda está com seu olhar em mim, seguro sua mão colocando de volta o telefone, beijo sua testa e saiu do quarto, me segurando ao máximo para não voltar lá, segura-la em meus braços e levá-la embora comigo.
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Entrelinhas - Segundo Livro
FanfictionE eles voltaram com tudo, mas como toda história de amor, vão ter que lutar muito para proteger esse lindo sentimento. Ruggero um ex militar, que no passado viu seu melhor amigo morrer bem diante dos seus olhos, superou seus demônios e encontrou o...