Parte 40

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Ultimo capítulo.

- Nao, não pode ser Ruggero fica comigo, Ruggerooooooooo
- Karol, você precisa se acalmar a ambulância está chegando.
- Ele tem que abrir os olhos, ele tem por favor....
Os médicos pedem que eu me afaste para que possam fazer o trabalho e não quero deixar sua mão.
- Kah vem. Os braços de Valentina me envolvem.
- Eu vou com ele, eu preciso ficar com ele.
- Tomy leva ela eu fico com a Helô.
- Tira minha filha daqui, tira ela desse lugar.
- Eu vou levar eles daqui Karol e te encontro no hospital. Assinto e vou com Tomy.
Assim que chego na recepção, os garotos estão todos ali.
Sebastian se aproxima e me abraça.
- Onde ele está?
- Levaram para cirugia. Respiro fundo.
- Vem você precisa sentar um pouco. Deixo que ele me arraste até uma cadeira e me sento, duas horas depois escutamos na recepção alguém chamar.
- Major Pasquarelli foi trazido para cá.
- Porque o exército está aqui? Os garotos se viram e ficam confusos.
- Coronel. Gaston chama e ele se aproxima acompanhado de mais alguns oficiais.
- Como ele está? Soubemos a pouco.
- Em cirugia não temos notícias.
- Podemos transferi-lo para o hospital do exército.
- Não. Falo e ele então me encara.
- Desculpe quem é você?
- A mulher dele, e ele não sai daqui. Ele levanta a sobrancelha.
- Olha vocês podem mandar no diabo a quatro, encher a porra da porta desse hospital com oficiais, mais daqui ele não sai.
- Karollll... Gaston chama e Mike vem chegando.
- Coronel.
- Ronda. Vou me afastando.
- Karol não é. Ele chama e me viro.
- Não estou aqui como um oficial, e sim como amigo, sinto muito que tudo isso esteja acontecendo com ele, quero um bem enorme a esse garoto, sugerir o hospital por ser da minha confiança.
- Obrigado, mas eu confio na equipe médica aqui. Ele assente e um médico aparece.
- Familiares do senhor Pasquarelli.
- Doutor Arthur, ele é meu marido.
- Karol... Tudo bem, é...
- Fala de uma vez.
- Estamos fazemos o possível ele perdeu muito sangue, a bala no abdômen já foi removida mais a outra atravessou o pulmão, ele sofreu uma parada cardíaca na mesa.
- Nãoooo, por favor Arthur, por favor.
- Karol você precisa ser forte.
- Eu não consigo, eu não consigo.
As pernas perdem as forças e minhas vistas escurecem.

Abro os olhos devagar e minha cabeça pesa uma tonelada.
- Sabe, eu passei a maior parte da minha vida em um campo de batalha e isso nunca me assustou.
Por incrível que pareça as únicas vezes que senti medo, você estava envolvida.
- Ah Mike.... Começo a chorar ele beija minha mão.
- Você precisa pensar no bebê. Fecho os olhos.
- Como você....
- Você desmaiou e eles precisaram fazer exames, ele já sabe? Faço que sim.
- Eu contei para ele no meio daquele desespero.
- Então é mais um motivo para ele lutar.
- A cirugia?
- Já terminou, ele está em observação na UTI, temos que esperar.
- O Roberto está morto?
- Sim.
- Está morto mesmo, vocês conferiram?
- Quando foi que o Rugge errou um alvo?
- Nunca.
- Então pode ter certeza que está morto. Duas batidas na porta e Tomy aparece.
- Como você está? Ele passa pela porta e vejo que está com uma tipóia no braço.
- Você está bem, oh meu Deus como estão todos?
- Calma senhora Pasquarelli, primeiro vamos cuidar de você depois vemos o restante ok?
- Quando vou poder vê-lo Mike?
- Temos que esperar Karol, e você precisa descansar, ordens médicas. Reviro os olhos.

Na manhã seguinte, recebo alta e saiu do quarto procurando por Arthur, que foi um dos médicos que acompanhou a minha cirugia.
- Você me assustou mocinha. Ele fala assim que o encontro em sua sala.
- Estou bem, como ele está Arthur. Ele suspira e indica a cadeira.
- O quadro dele ainda é delicado, temos que esperar, o organismo reagir.
- Posso vê-lo.
- Por enquanto só pelo vidro, estou esperando o resultado dos exames assim teremos mais clareza.
- Tudo bem eu me contento com o vidro.
Ele me acompanha até a ala.
Me aproximo do vidro e ele está ali, as lágrimas lavam meu rosto.
- Droga velhinho estou acostumada a está do outro lado, e sou eu aquela que tem sete vidas, mas nesse momento troco todas elas para ter você.
Por favor.... Sussurro em prantos.
Rugge...
Acorde meu velhinho, eu preciso encher o seu saco, enlouquecer você mais um pouquinho, escutar seus gritos furiosos me dizendo garota mimada do caralho.
Ver o brilho dos seus olhos e seu lindo sorriso, sua cara safada querendo me devorar, eu preciso de você amor, eu quase morri quatro vezes e voltei pra você não seja um velho ranzinza pé no saco e volte para mim.
- Mamãe. Me viro e Mike põe Heloísa no chão que corre para os meus braços, aperto minha filha sentindo seu cheirinho.
- Eu fiquei com medo. Ela faz bico e lágrimas caem dos seus olhinhos.
- Acabou minha princesa, a mamãe está aqui.
- Babbo... Babooo, é o papai, acorda papai o que ele tem, mamãe acorda ele.
Ela bate no vidro chorando.
- Amor olha para mamãe, ele vai acordar tá, vamos pedir bem baixinho e o papai vai ouvir. Ela soluça mas faz o que eu peço, chama pelo pai bem baixinho para que ele acorde.

Entrelinhas - Segundo LivroOnde histórias criam vida. Descubra agora