Parte 23

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Com o coração na mão nem bem estaciono ja pulo e os caras vem atrás, vejo rastros de carro e olho em volta encontro o carro de Tomazo, e logo mais a frente uma cabana, corremos e circulamos o lugar quando é escuto um choro meu coração acelera.

- Minha filha...
Dou um chute com tudo na porta Fernanda está de costas para mim com a arma apontada para minha filha que está nos braços de Mike, Karol mesmo sem forças se joga na frente e grita, com a minha mulher não filha da puta.
Disparo e estouro a cabeça dela sem pena, Karol esta de olhos fechados e corro na direção deles seguro seu rosto, ela abre os olhos e quando me ver chora, Mike está do mesmo jeito e coloca minha pequena em meus braços.
- A Helô é uma verdadeira guerreira, como a mãe. Ele segura no meu ombro e os paramédicos entram.
- Karol.. chamo ainda emocionado, mas ela vai caindo pra trás e o paramédico a pega a tempo.
- Karol... Fale comigo.
- Calma senhor, vamos monitora-la ela vai ficar bem.
Assinto e acompanho eles com minha filha no colo e o corpo ainda tremendo.
Ela deu o nome que escolhi, não acredito.

No hospital a pediatra que atendeu minha pequena Helô disse que ela está muito bem, apesar do parto improvisado e sem nenhum recurso ela não pegou nenhuma bactéria, nada, já Karol nos deu um susto, a médica falou que precisava ver direitinho como estava seu corpo se tinha ocorrido tudo bem e iria precisar de anestesia , só autorizei e fiquei esperando, demorou um pouco mais eles a trouxeram para o quarto. Beijo sua testa sentando ao seu lado e ela acorda.
- Oi...
- Oi. Ela responde com a voz rouca.
- Será que vamos ter um momento de paz agora? Pergunto e ela faz uma carretinha engraçada e acaricia meu rosto.
- Onde ela está?
- No berçário, já vão trazê-la.
- Você se colocou na frente de uma arma Karol... Eu quase não raciocínio com a cena.
- Me desculpe, era ela ou eu...
- Eu sei... Você me leva de zero a cem em segundos sabia.
Encosto minha testa na sua.
- Não posso te perder.
- Você não vai, ainda tenho umas quatro vidas.
- Vou ter que falar com o homem lá em cima e aumentar essas vidas aí minha garotinha, te quero demais pra ficar só com quatro vidas. Ela sorrir.
- Eu te amo tanto meu velhinho.
Uma batida na porta e a doutora Ana aparece com uma enfermeira empurrando o bercinho.
- Viemos ver a mamãe.
Ela põe nossa filha nos braços de Karol que olha para ela apaixonada e eu estou do mesmo jeito.
Caralho minha filha...
Ela chora, e sorrir ao mesmo tempo, olha para mim.
- Obrigado. Falo e ela acaricia meu rosto.
- Obrigado você, ela é meu maior presente.
- Vocês duas são o meu.
Karol me dar um selinho e a médica nos dar várias orientações e depois nos deixa a sós, ficamos babando nosso princesa quando Valentina aparece.
- Aí vou morrer de amor, será que dinda pode entrar?
- Não loira feia pode dar meia volta.
Ela me dar língua e me empurra de lado.
- Aí dindinha vem aqui...
- Cadê o Mike? Pergunto.
- Já está vindo, ele precisou fazer um curativo.

Valentina pega Heloísa no colo e caminha pelo quarto falando com voz de criança, quando eu digo que é retardada ela faz cara feia.
- Minha filha não é doente mental para você falar assim com ela.
- Ah cale a boca deixa ela babar.
Karol reclama e me chama com a mão, volto a me sentar ao seu lado e beijo sua testa.
- Se eu pudesse colocar vocês duas em uma caixa, não tirava mais, não sei como não sou cardíaco.
- Você e essa sua mira, acabou com o cabelo da songamonga. Ela diz sorrindo.
- Ah Karol o que eu faço com você hein?
- Me ama e... Michael entra nesse momento no quarto.
- E perdoa seu melhor amigo por enfiar a mão na minha..
- Que?
- Aí Karol não tinha uma hora melhor para falar isso, vim aqui cheio de amor por aquele pacotinho, vou ter que voltar para a sala de curativos ou pior socorroooo. Mike fala.
- Shiu amor temos um bebê aqui, ela precisa de calma e tranquilidade.
- Ótimo vou ter que morrer calado, viu só Helô o que o dindo faz por você.
Começo a rir mas levanto rápido segurando o pescoço de Mike empurrando-o contra a porta.
- Juro que não olhei irmão juro...
- Se ele tivesse olhado ficaria sem olhos Rugge relaxe. Valentina resmunga como se não fosse nada... E não é.
Solto o pescoço dele e o puxo para um abraço.
- Obrigado amigo. Ele me abraça de volta e fico surpreso quando Mike chora, nunca vi Mike chorar a não ser no casamento dele.
- Oh Mike vem aqui vem.
Karol o chama e ele senta na cadeira apoiando a cabeça em seu colo.
- Nunca senti tanto medo na vida cassete. Ele levanta a cabeça.
- Nunca mais se coloque na frente de uma arma está ouvindo eu estava lá e meu dever era proteger você, não importava como.
- Não podia deixar que ela machucasse você ou minha filha, o Lucas precisa do pai.
- E a Helô precisa de você.
Ele seca as lágrimas de Karol.
- Agora chega de chororó tem alguém com fome aqui.
Valentina acomoda Heloísa no colo da Karol e Mike vem ate a mim.
- Obrigado cara não sei o que poderia acontecer se você...
- Não fala isso, não quero pensar elas estão aqui e bem, é o que importa, e você chegou no momento exato.
Três dias depois estávamos em casa com nossa pequena em seu quarto e segura.

Eita atrás de eita .
Nossa Helô já está em casa sã e salva.

Entrelinhas - Segundo LivroOnde histórias criam vida. Descubra agora