Parte 20

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Acompanhei de perto a gravidez de Valentina e dava risada quando ela corria inúmeras vezes para o banheiro, ou lambia os lábios com vontade de comer algo tarde da noite e estávamos em um hotel, ou quando ficava frustrada pelo jeans que não entrava mais, agora estou eu aqui pagando meus pecados.

No sexto mês de gravidez e não tem uma roupa que entre.
- Karol, amor vamos nos atrasar para a ultrassom.
Estou sentada na cama com todas as minhas roupas espalhadas.
- Acho melhor comprar uma burca nada me entra. Faço um bico.
- Que tal minhas camisas.
- Vou parecer um saco de batatas.
- O mais lindo do mundo inteiro, amor você é linda de qualquer jeito.
- Aí..
- O que foi, você está bem?
- Aí... Sinto de novo, estou só de calcinha e sutiã.
- Está me assustando amor...
- Xiu... Meus olhos estão arregalados, mas não sinto, estreito os olhos pra ele.
- Fale alguma coisa.
- Karol eu... Sinto novamente.
Olho para a barriga.
- Pequeno traidor ou traidora sou eu que estou carregando você não ele.
- O que está acontecendo? Mexe novamente, pego sua mão e coloco em cima.
- Fale, qualquer coisa. Falo rosnando.
- Ok. Eu amo você.
Então mexe novamente e meu marido cai de joelhos diante de mim, seria o dia da Deusa né, mas seu foco não é minha boceta e sim meu bebê então não, não é dia da Deusa.
- Está mexendo.
- Mexendo é pouco parece que está lutando. Ele rir.
- Amor do papai, estou ansioso para conhecê-lo, espera mais um pouquinho está bem. Aí gente uma grávida é puro emocional.
- Porque está chorando.
- Porque tenho hormônio em dobro e esse filho da puta me faz chorar até com os passarinhos cantando.
Ele esboça um sorriso fica em pé e me abraça.
- Vista qualquer coisa e vamos ver nosso bebê, eu amo você.
- Eu também te amo.
Ele me beija, e vou me vestir pego algo bem larguinho milagre encontrar no meio das minhas roupas mais achei, estou ansiosa para saber o sexo do bebê e começar a montar o quarto.

- Oi Karol como está se sentindo?
- Bem grávida. A doutora Ana sorrir e a alguém bate na porta.
- Já começaram? A doutora Carmen aparece e pergunta sorrindo, estou feliz encontrei nela uma amiga, e está me acompanhando em tudo, todas as minhas consultas ela está comigo e as vezes ainda saímos juntas para um passeio.
- Não, vamos começar agora.
- Nervoso Ruggero? Carmen pergunta ao ver meu marido quase comer os dedos.
- Pra caralho. Elas riem e Ana passa o gel na minha barriga.
- Tem preferência? Ana pergunta.
- Não, vindo com saúde estou feliz.
- Sim claro, mas vindo um homenzinho vai me deixar bem aliviado.
- Ele está com essa cisma tomara que pague sua língua. Ele estreita os olhos pra mim.
- Vocês podem imaginar duas dela em casa, eu vou parar no hospício.
- Cara de pau.
As doutoras caem na risada e ele beija minha testa.
- A olhem ela está bem abertinha.
- Ela? Perguntamos juntos.
- Não é minha filha não, pode fechar as pernas. Ruggero fala sério e não seguro tenho que rir.
- Amor é uma menina. Falo.
- Ela está se movendo espere vou tentar por outro ângulo.
- Ela faz o que ele quer Ana, basta ouvir a voz dele.
- Graças a Deus. Ele suspira.
- Relaxa amor, vai sair uma mini Karol.
- Já vi que vou ficar de cabelos brancos antes dos cinco anos.
- Não seja dramático, eu era uma garotinha bem tranquila quando era pequena.
- Isso não me deixa aliviado.

Minha gravidez em si foi bem tranquila a parte toda os incômodos que uma grávida tem, só agora no final minha pressão começou a subir então fiquei de repouso a médica disse que era normal mais precisa ficar de repouso até o final que tudo ficaria bem.
Ruggero estava colado em mim o tempo inteiro, não me deixava sozinha só quando precisava dar treinamento, a propósito a songamonga pediu demissão,  e segundo os garotos voltou para Itália.
Enfim é bom que ela esteja longe mesmo, não quero ter que quebrar meus dedos na cara dela.

O quarto da nossa bebê está lindo, falta só alguns detalhes que eu encomendei com o nome dela, fizemos uma lista ele gostou de um e eu de outro, sei que o significado de Combatente Gloriosa o deixou maravilhado com o nome, então não discutir e fiquei em silêncio mandei fazer várias coisas com o seu nome, sei que ele vai ficar surpreso.

Recebo um telefonema de que as coisas estão prontas é só ir buscar, mas como não quero que ele saiba ainda, vou até lá.
- Karol não pode sair. Tomy fala.
- Preciso retirar umas coisas para a bebê e é surpresa por favor Tomy...
- Tudo bem mas você me dar a nota e eu vou, fique no carro.
- Mas...
- Mas nada, não vou deixar você andar, fique aqui e eu já volto o carro com os seguranças está bem aqui atrás.
Ele faz sinal para o carro e faço uma careta pra ele.
- Está andando muito com meu marido, esse seu tom autoritário, vou falar com a Luísa. Ele rir.
- Tenho que aprender com o chefe, você é mimada demais não posso ceder.
- Seu cachorro não me chame de mimada.
- Mas você é chefinha, agora me dê a nota. Entrego de muita má vontade e ele vai.

Estava esperando Tomy voltar quando a porta do carro se abre num rompante.
- Mas que... Não tenho tempo de me esquivar apago com o soco certeiro que levo no maxilar.

Entrelinhas - Segundo LivroOnde histórias criam vida. Descubra agora