Parte 33

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Termino de assinar mais alguns contratos na Sevilla e me despeço de Lina.
- Preciso de você aqui, já peguei as crianças.
Dizia a mensagem de Valentina, vou direto para a mansão tem uns oficiais do exército no pátio da mansão e meu marido está ali conversando.
- A Helô está aqui Tomy, não precisa ir buscá-los. Ele faz que sim e saiu do carro, os homens me olham de cima a baixo e meu olhar cai em Ruggero que revira os olhos, dar vontade até de rir, me aproximo dele e fico na ponta dos pés e beijo seus lábios e arrancando um sorriso seu.
- Tenente quero que conheça minha esposa. Olho curiosa.
- Então foi você quem domou a fera.
- Bem, se você entende por domar, ter amarrado e não deixá-lo voltar ao ofício, é acho que sim.
- Ei mocinha você não me amarrou.
- Shiu...
- Foi uma queda de braço não foi?
- Nem me fale amigo. Bato em seu peito.
- Karol. Estendo uma mão e ele aperta.
- Celso, servimos juntos no Afeganistão. Engulo em seco ainda não superei que foi o caralho que chamo de pai que...
- É um prazer conhecê-lo espero que não esteja aqui para levar meu marido. Ele rir.
- Não, fique tranquila.
- E eu estou, você não iria conseguir mesmo.
- Ah é?
- Terceira guerra mundial já ouviu falar?
- Tenho uma ideia.
- Ela se chama Karol Sevilla.
- Garotinha. Ruggero me repreende e faço uma careta.
- É Major já entendi porque deixou a base, você sempre adorou um campo de batalha e aqui encontrou o seu particular. Eles riem e estreito os olhos para os dois.
- Paramos.
- Bem, foi um prazer tenente.
- Igualmente.
- Espere amor.
- Valentina esta me esperando.
- Eu sei, é que.. ele aponta a ambulância mais a frente e franzo o cenho não tinha visto.
- O que aconteceu?
- Calma, não foi nada, quer dizer seu pai está aí. Fecho os olhos com força e entro em casa, pronta para dizer umas verdades a esse ser mas paro com a cena, Lucas e Heloísa estão sentados no colo dele que alisa o cabelo da minha filha e rir de algo que Lucas está contando. Valentina está parada em pé com os braços cruzados e branca que bem papel, eu também devo está, afinal vi o caixão descer e agora esse fantasma vem do além e baixa aqui. Pigarreio e ele levanta a cabeça seus olhos se arregalam como se estivesse assustado.
- Mamãe.
- Dinda. As crianças correm para mim e abaixo para receber o abraço mais gostoso do mundo.
- Mamãe o vovô está aqui, olha. Heloísa fala toda contente e não sei como agir, Analu aparece e leva as crianças.
- Roberto. Percebo que uma médica está sentada e chama seu nome.
- Roberto.
- Ah desculpe, ainda não acostumei que meu nome é Roberto. Ela assente.
- Quem é a mocinha, eu a conheço só não sei de onde?
- Ela é a sua filha Karol.
- Karol... Ele sussurra.
- Minha filha.... Parece perdido em pensamentos.
- Carolina. Ele solta e olho bem pra ele.
- É a minha mãe, do que exatamente você lembra?
- Nada, tenho esse nome na minha memória, mas não lembro de nada.
- Tem certeza?
- Você disse que Carolina é sua mãe, onde ela está? Um riso colérico escapa de mim.
- Kah por favor... A lágrima cai do dos meus olhos.
- Você deveria lembrar já que foi por sua causa que ela morreu.
- Co-como? Ele fica impressionado e lágrimas molham seu rosto.
- Eu.... Eu..
- Foi você, tudo de ruim que aconteceu na minha vida foi culpa sua, você é o culpado e não sei porque diabos está aqui?
- Karollllll. Valentina grita chorando.
- Eu quase perdi você duas vezes, não me peça para ter calma, porque eu não tenho. Grito e as mãos de Ruggero envolve minha cintura puxando meu corpo para ele, segura meu rosto.
- Fique calma, ele não lembra de nada e está sob efeito de medicamentos, você precisa ter calma.
- Roberto... Roberto. Olho e os enfermeiros já estão em cima dele.
- Não me interessa o que ele tem, que se foda eu não quero esse homem na minha vida.
- Karol por favor.
- Valentina, eu sei que seu coração é puro e gigantesco e te amo assim do jeito que é, mas não posso, não dá.
- Amor onde você vai?
- Estou sufocando, preciso respirar, parece um pesadelo.
- Ei espere. Ele segura meu braço.
- Dei que está sendo difícil, mas ele é seu pai e seu estado de saúde depende de você, desculpe mais é sua responsável legal.
- Que? Pergunto incrédula.
- Ele só tem você e a Valentina, mais você é a filha perante a lei, então é você que responde por ele.
- O caralho que vou, não quero esse homem perto da gente ou da nossa filha.
- Amor, ele precisa de você para o hospital, e para a justiça que você fale por ele.
- Vou manda-lo para a puta que o pariu não quero saber.
- Eu sei, sinto muito, vai ficar tudo bem. Ele me abraça e peço baixinho para acordar porque ainda não acredito que isso esteja acontecendo.

Entrelinhas - Segundo LivroOnde histórias criam vida. Descubra agora