Epílogo

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Dois anos depois

Desembarcando no aeroporto em Cancún, um carro já nos esperava e sorrio ao ver Tomazo.
- Fala chefe.
- Como estão as coisas?
- Tranquilas. Levanto uma sobrancelha e ele rir.
- Se tratando da minha mulher, não existe essa palavra no vocabulário.
- Ela está muito ocupada correndo atrás das crianças. Ele responde e tiro o telefone do bolso a foto na tela é Karol e nossos filhos Heloísa e Diego, sorrio agradecido, porque estou aqui e posso desfrutar a vida ao lado deles.
Quando acordei na cama daquele hospital com a voz da minha filha.
Olhei ao redor e só escutava o som de máquinas, estava em um quarto todo branco sentia um peso no meu corpo e quando consegui mover a cabeça, vi Heloísa deitada ao meu lado e Karol com a cabeça apoiada nas minhas pernas segurando o corpo de Helô.
Acariciei de leve o cabelo da minha mulher e da minha filha.
Karol se mexeu e abriu os olhos, seu rosto estava virado para mim, que levantou em um rompante.
- Você acordou, porra você acordou.
- Garotinha. Minha garganta arranhou e ela foi pegar água para mim e quando se aproximou foi que percebi a barriga, fiquei assustado na hora.
- Por quanto tempo eu dormi? Sua barriga?
- Dois meses vinte dias e oito horas, foi um tempo longo e doloroso. Faço uma careta e tento me mover na cama, ela ajeita os travesseiros e aperta um botão para que a cama se ajuste me fazendo sentar, pego o copo bebendo a água e ela se aproxima de mim alisando meu cabelo e beijando minha testa.
- Você voltou, voltou pra mim. Apoio o copo e seguro seu rosto beijo seus lábios.
- Eu sempre vou voltar para você.
- Eu te amo.
- Eu te amo. Falo sorrindo e ela chora.
- Amor eu estou aqui. Acaricio sua barriga.
- O papai está aqui..
- Garoto. Ela fala e sou eu que estou chorando.
- Meu lindo garotinho.
- Mamãe...
- A gatinha do papai acordou. Ela levanta a cabeça com os olhos assustados e se arrasta rapidamente para os meus braços.
- Paiiiiiiii. Você ouviu eu te chamei, chamei tanto e você ouviu.
- Sim minha princesa eu ouvi e voltei correndo para vocês.
- Você demorou. Ela faz bico o que nos faz rir.
- E não vou embora nunca mais. Abraço minhas meninas e sei que esse é o meu lugar.

Tomy estaciona o carro na vila que agora é toda nossa, assim que sair do hospital Karol me explicou que mandou derrubar a mansão e vendeu o terreno juntamente com a casa que sua mãe morava,  Valentina estava em nosso apartamento e ela com nossa princesa em nossa casa na reserva, minha linda garotinha me contou que colocou as ações da Sevilla a venda e que se desligou totalmente da empresa que era da sua família.
Quando voltei ao trabalho, Mike e Agustin me chamaram.
- Precisamos sair desse lugar. Mike Foi o primeiro a falar.
- Eu também quero isso, é o desejo da Karol e acho que elas precisam disso, mudar viver em lugar mais tranquilo.
- Eu tenho algo em mente. Agus fala e chama Gaston, Michel e Sebas.
- Mostrem a eles.
- O que é isso?
- Ainda está em construção, mais pode ser nossa. Sebas fala.
- É uma vila de casas em Cancún. Michel completa.
- Como?
- Soube que Karol queria muito ir pra lá, então dei uma pesquisada. Gaston fala e mostra o local no computador.
- Se todos queremos algo novo.
- E a segurança.
- Podemos mudar primeiro, depois pensamos em abrir uma outra sede o que acha?
- Nossa vocês tem tudo pronto.
- Tivemos bastante tempo esperando você.

Foi assim que cada um daqueles idiotas compraram uma casa e a vila é toda nossa, voltei a Foz para treinar o pessoal novo, mas a nova filial está cheia de trabalho e devo dizer que estamos muito felizes com tudo, e nossas garotas abriram um local muito legal com música ao vivo.

Entro em casa procurando por eles, chego na varanda e as crianças estão na areia brincando e Karol sentada na toalha observando os dois, tiro a camisa e os sapatos e vou até ela, sento atrás dela que rir quando aperto meus braços ao seu redor e beijo seu pescoço.
- Que bom que chegou, estava com saudades.
- Ah é? E como você deseja matar toda essa saudade.
- Algemando voce na cabeceira da minha cama, lamber você todinho e sugar sua alma chupando seu pau delicioso.
Ela sussurra mordendo minha orelha.
- Que malvada, vou ser escravizado.
- Que sacrifício.
Beijo seus lábios e ficamos ali sentados observando nossos filhos correrem da água.

Agora consigo entender o porquê aceitei aquele trabalho, não foi só pela Lete, eu precisava de alguma coisa que mudasse minha vida, e encontrei ela colocou meu mundo de pernas para o ar e fiquei rendido, e não mudaria nada, Karol não abriu mão dos sonhos dela, ainda canta faz pequenos eventos não como antes, não tem aquela correria, minha garota está crescendo e como diz ela ficando velha chata e ranzinza como eu.
- Meu velhinho. Ela sussurra.
- Minha garotinha.
- Eu te amo.
- Acho que eu amo mais, porque você me enlouquece cada vez escuto velhinho.
- Meu velhinho delicioso.
- Não sei se consigo enlouquecer mais.
- Quem sabe eu não te ajudo. Ela se senta no meu colo e sua boca já está na minha.
- Garotinha as crianças.
- O que tem elas?
- Estão aqui cavando buracos.
- Ótimo, elas não vão estranhar se o papai cavar o buraco da mamãe. Ela pisca um olho e rir mordendo os lábios.
- Ah Karolllll....


Ahhhhhhhhh podemos gritar e suspirar com esses dois, que tiraram nossa alma do corpo.

Chegamos ao final de Entrelinhas e já estou com saudade do meu velhinho e da minha garotinha.
Obrigado gente 😊 love you 💕
Nos vemos na próxima aventura.😘

Entrelinhas - Segundo LivroOnde histórias criam vida. Descubra agora