Entrelinhas - Segundo Livro

Parte 28

Enquanto Helô era um bebê, conseguia me mover tranquilamente, saia em turnê e ela estava sempre comigo, mas agora com quatro anos sei que ela precisa está com outras crianças, e sua rotina vai mudar e eu como mãe quero muito acompanhar essa nova fase.
É tão complicado, de um lado tem minha carreira e tudo que amo fazer, do outro tenho o bem mais precioso que precisa de mim, vou ter que diminuir o ritmo eu sei.
- No que tanto você pensa? Valentina pergunta arrumando os balões, é aniversário da minha princesa e vamos festejar na mansão.
- Vou diminuir o ritmo. Ela me observa com atenção agora.
- Não quero perder o crescimento dela, e se não fizer isso vou ficar muito tempo fora de casa.
- Eu sei, eu ainda tenho a Jane conseguimos nos organizar bem, mas você consegue ok, vamos reorganizar essa agenda. Mas não é só isso que te preocupa, o que mais está aí nessa cabecinha.
- Ruggero.
- Ruggero ou o pau dele? Ela rir com uma cara safada.
- Os dois, ele quer enfiar o pau dele em mim... Ela me interrompe.
- E quando ele não quer?
- Não existe esse dia, o problema é que meu velhinho quer procriar.
- De novo? Puta que pariu.
- Ou seja eu. Faço uma careta.
- Não estou pronta para outro, já tenho a Helô, ela é o amor da minha vida, não vou conseguir ter outro filho.
- Kah você é forte e saudável não vejo porque?
- Tenho medo, passamos por muitas coisas para ter nossa princesa, não quero arriscar passar por algo pior.
- Não vamos... Olha porque não volta para a terapia te ajudou por um tempo, quem sabe não ajuda a aceitar a ideia de mais um filho.
- Pode ser, tenho que encontrar tempo, quero dedicar o que tenho a ela.
- O que estão fofocando aí? Lina pergunta e Valu dar risada.
- Sobre a vagina da moça abrigar um hóspede.
- Que?
- Nada, não liga pra ela, palhaça.
Seu primo quer mais filhos. Ela sorrir e amarra o laço de fita nos balões.
- Eu já imaginava, mais não deixe que os desejos dele sobreponha os seus ok.
- Eu sei... É só que...
- Cadê a garotinha abusada que não recebe ordens de homem nenhum. Ela pergunta me desafiando.
- Ela está bem aqui, está pra nascer um.
- Quem está para nascer? Ruggero pergunta se aproximando com Agustin e Mike.
- O homem para mandar.
- E o que nós somos? Agustin pergunta e cruzamos os braços levantando uma sobrancelha.
- Certo, vou pegar uma bebida. Ele fala e os outros dois riem e Ruggero se aproxima me abraçando por trás e beija meu pescoço.
As crianças passam correndo.
- Filha vai devagar para você não se machucar.
- Mãe eu tenho que pegar o Lulu. Ela reclama e corri atrás do Lucas, Tomazo chega trazendo Luisa e Sofia que já entra na brincadeira.
Estávamos conversando e Luisa contando como está indo o curso de culinária, quando escutamos o choro.
- Oh meu amor o que houve? Pergunto ao ver Heloísa em prantos e logo Mike aparece com Lucas no colo chorando e com o joelho ralado, ele se joga nos braços de Valentina que o consola.
- O Lulu... Ela soluça.
- Eu tô bem Isa, non dói viu.
- Você está bem mesmo Lulu? Eu fiquei com tanto medo.
Ele desce do colo de Valentina e abraça Helô e seca suas lágrimas a cena nos deixa incrédulas, mas troco um olhar com Valentina e ela sorrir para mim e estica sua mão, que seguro.
- Parece que temos mais uma dupla inseparável de primos aqui. Mike comenta.
- Pode apostar.
Ruggero fala e na mesma hora o celular dele, de Mike apita, Sebastian e Michel vem entrando com o celular em mãos e já não estou gostando da cara que eles fazem.
Ruggero levanta o olhar na minha direção e faz um gesto com a cabeça como se não fosse nada demais, mais seu olhar me diz que algo tem.

Depois da festa onde minha princesa brincou feito pinto no lixo, entramos em casa e Ricardo um dos nossos seguranças nos ajuda com a enorme quantidade de brinquedos, não sei onde enfiar tudo isso.
- Obrigado Rick.
- Por nada senhor... Olho feio pra ele.
- Karol. Ele rir.
- Deixe para chamar de velho seu patrão eu sou muito linda e jovem para ser chamada de velha.
- Não escute o que ela diz Ricardo, sabe que sua patroa não bate bem da cabeça.
- Seu ..
- Opa, não ative a boquinha agora a Helô...
- Está dormindo e você é um imundo safado. Ele rir.
- Boa noite senhores. Ricardo deseja ainda rindo e vai embora, tiro os sapatos e vou em direção ao quarto.
Começo a me despir e Ruggero faz o mesmo e me abraça beijando meu pescoço e devorando minha boca, abro o botão da sua calça e pulo em seu colo.
- Você não está cansada?
- Já me viu cansada para trepar? Pergunto mordendo seu pescoço e ele fecha a porta do banheiro, desço do seu colo e abaixo suas calças.
- Ohhhh garotinha.
- Já disse que vocês homens tem um ponto fraco? Ele segura meu cabelo enquanto o chupo.
- Ah simmmmmmmm....
- Esse é o ponto fraco. Engulo levando até minha garganta.
- Puta que pariu....
Não falei, queria rir mais a boca estava cheia e sou muito educada, mamãe ensinou direitinho não se fala de boca cheia, ops se rir né.

Estava deitada enroscada em seu corpo, sentindo seu cheiro e uma coisa não saia da minha cabeça.
- Amor. Sussurro.
- Sim. Ele sussurra baixinho sonolento.
- O que aconteceu?
- Não entendi. Levanto a cabeça e ele abre os olhos.
- O celular de todos vocês tocou igual, menos o de Agus, preciso de dizer que foi só dos oficiais?
- Não somos mais oficiais, não é nada.
- Ah não, só por acaso assim, eu conheço quando está me escondendo algo e não estou gostando nada. Ele acaricia meu rosto e beija meus lábios.
- O comando do exército solicitou nossa presença amanhã em caráter de urgência.
- E que caralhos vão fazer lá se estão aposentados.
- Não tenho ideia.
- Ótimo é só não ir. Ele rir.
- Do que está rindo.
- Você revolucionária o exército sabia?
Seria muito bom dizer não vou né? Mas não funciona assim, se não comparecer eles batem aqui na porta, e de jeito nenhum vou deixar que façam isso e assuste nossa pequena ou você, não se preocupe com isso, como você mesmo falou estamos aposentados, tenho que comparecer mais não aceitar então traga seu corpo gostoso aqui, preciso dele para dormir.
Me deixo ser levada, ainda com o coração martelando no peito e um nó na garganta, coisa boa não é.