Parte 6

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Meus olhos estão tão pesados, e escuto um barulho longe bip, bip, inferno de barulho chato não se pode nem dormir em paz.

Espere um momento dormir, eu...
Merda estava no hospital babando no meu afilhado, depois o Ruggero, e cassete eu desmaiei abro os olhos lentamente e tem uma mulher ao meu lado com um jaleco branco anotando alguma coisa.
- Bom dia eu sou a doutora Carmen como se sente?
- Dia? Quanto tempo eu fiquei apagada?
- Uma noite, mas você precisava descansar e parece que ele também.
- Ele? Questiono.
- Sim, ele. Ela faz sinal com a cabeça.
- Mandei ele pra casa, mas se recusou a ir e sentou ali para ficar de olho em você.
- Ruggero... Sussurro.
- É o seu marido não é? ao menos foi isso que ele disse.
- Sim é o meu marido. Ao menos legalmente ele ainda é já que não assinou os papéis segundo ele.
- Vou te fazer algumas perguntas Karol?
Assinto.
- Esses desmaios são recorrentes?
- Não é a primeira vez assim do nada.
- Sente dores abdominais, ou sangramentos estranhos quando está fora do período menstrual.
- Ultimamente sim algumas dores no abdome, sangramento não.
- Na verdade você teve um ontem após o desmaio. Arregalo os olhos.
- Tem casos de doenças na família?
- Onde quer chegar?
- Em um diagnóstico e para isso preciso da sua ajuda.
- Minha mãe tinha câncer de mama, bem meu pai era diabético.
- Você fez exames periódicos para saber se era positiva a ter metástase já que tinha em sua família um caso.
- Não nunca me preocupei com isso, na verdade estava fazendo um tratamento para engravidar. Ela olha surpresa.
- Descobri um bloco hormonal entao comecei mais não tive resultados.
- Entendo.
- Mas porque de tantas perguntas?
- Vou fazer mais exames Karol, não posso adiantar nada por enquanto, você fica em observação ok.
- Sério? Quero ir pra casa.
- Eu sei, mas não posso te mandar pra casa sem saber o que tem.
- Se não tem jeito né.
Ela sai e observo Ruggero dormir, não tenho coragem de chamá-lo então só repouso minha cabeça de volta no travesseiro, vinte minutos depois um enfermeiro aparece para fazer os exames.
- Para onde vai levá-la. Ruggero acorda já assustado.
- Ela vai fazer uns exames, e daqui a pouco está de volta. Ele então me olha.
- Você está bem? Digo está sentindo alguma dor? Nego.
- Estou bem, você já pode ir embora.
- Não. Não vou a lugar algum.
Fico quieta e o enfermeiro me leva para fazer os exames de sangue e um colposcopia não entendi muito bem, fiquei um pouco assustada mas vamos lá tudo para sair desse lugar.
Me levam para uma sala sou sedada, e quando acordo não estou mais no mesmo lugar onde adormeci, o enfermeiro me dar um copo com água e me ajuda a descer da cama, e sento na cadeira de rodas que ele aponta.
- Já sabem o que eu tenho?
- Não senhora, a médica deve receber seus exames em alguns minutos e poderam conversar.
- Obrigado.
Ele empurra a cadeira e saímos para o corredor, seguindo de volta para o quarto onde eu estava antes, meu coração bate no peito acelerado e tudo o que eu queria era correr.

- Doutora terminamos. Escuto o enfermeiro falar e levanto o rosto e Ruggero esta com ela.
- Ah olha ela aí, tudo bem Karol?
- Sim, já posso ir embora?
- Vamos esperar o resultado dos exames Karol. Ela fala e revira os olhos.
O enfermeiro me leva até o quarto e me deito na cama, tentando arrumar as almofadas e Ruggero se aproxima e arruma para mim.

- Vou ver o Mike, que não para de mandar mensagem, e já volto, você quer alguma coisa para comer?
- Não obrigado, e você já pode ir embora é só passar a minha bolsa que vou ligar para Jane e o Tomy virem me buscar.
- Eu não vou embora.
- Não quero você aqui, não entendeu, cai fora Ruggero.
- Eu já falei que não vou sair daqui.
As enfermeira entram para ajustar o meu soro, e fazem várias perguntas, uma outra entra com um carrinho e uma refeição para mim e bufo revirando os olhos.
- Não seja ranzinza e coma alguma coisa.
- Não estou com fome.
- É para o seu bem Karol, você desmaiou.
- Isso não quer dizer nada, eu já estou bem e quero ir pra minha casa.
- Que casa?
- Não te interessa, de qualquer maneira não vou ficar muito tempo no país.
- Você acabou de chegar e já vai viajar.
- Não é da sua conta.
- Não pode viajar sem saber o que tem primeiro Karol.
- Porque insisti tanto.
- Porque me preocupo com você.
- Agora você se preocupa, que amor mas não preciso da sua preocupação pode ir embora Ruggero.
- Pare. Ele grita respira fundo passando a mão no rosto várias vezes.
- Só pare tá legal. Pede com o tom de voz mais brando e sai do quarto, levanto pegando minha bolsa e enviando uma mensagem para Tom.

Entrelinhas - Segundo LivroOnde histórias criam vida. Descubra agora