Parte 32

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- Para de comer essas unhas, está me deixando nervosa. Lina reclama.
- Mamãe quando meu pai vai chegar? Leticia pergunta por Agus e sorrio, ela realmente o considera assim, seu coração o escolheu.
- Logo filha, tenha calma.
Um celular apita e nem percebo que é o meu.
- Vai Karol, rápido. Valentina fala com Lucas no colo, que chorava atrás do pai, ainda bem que consegui acalmar Heloísa, ela não dormiu nada a noite inteira procurando o pai na cama e quando chegamos na mansão brincou tanto que agora capotou.
- São eles, já estão em solo.
- Graças a Deus, meu filho não vai nascer sem pai. Lina murmura e Letícia a olha engraçado.
- Meu pai é muito forte mãe, é o meu herói ele nunca vai deixar a gente.
- Eu sei meu amor, já terminou suas tarefas?
- Já, quero só ver meu pai.
- Eu também.
- E eu achando exagerado o chiclete que é a Helô com o Rugge.
- Acho que na verdade eles são os verdadeiros heróis para os nossos filhos e não percebemos o quanto são importantes até passar por uma situação assim. Assinto e olho para Valeu que seca uma lágrima, ela estava tão aflita quanto eu, Luísa daí da cozinha com Ana e um café, Sofia está dormindo com Helô.
Um barulho de carro e meu coração acelera, quando ele passa pela porta não contenho as lágrimas ele joga a bolsa no chão e corro para os seus braços.
- Eu estou aqui amor.
- Eu tive tanto medo Ruggero.
- Eu também. Tiro a cabeça do seu pescoço e ele me põe no chão.
- Mas agora estamos aqui.
- Rugge. Lina o chama abraçando-oe chora.
- Ei Li, já estamos aqui não chore eu prometi devolver ele inteiro.
- Ele está aqui, e você não precisava prometer por acaso virou minha babá? Agustin pergunta sorrindo.
- Quando você vai ser pai, sim precisa de uma babá. Lina fala secando as lágrimas e nem se dar conta que soltou a bomba. Agustin está com os olhos arregalados e Valentina rir abraçando Ruggero, e faço mesmo com Mike e estico a cabeça vendo Tomy atrás abraçado a Luísa ele levanta o punho para mim e bato o meu no dele.
- Aí meu Deus, eu falei. Ela então se vira para ele que parece branco que nem papel.
- Fala alguma coisa está me deixando nervosa. Ruggero dar um tapa na cabeça dele.
- Se recomponha soldado, traga a merda da cabeça aqui, parece até que recebeu a noite ia da terceira guerra, encare sua mulher você é o homem da casa. Ele fala e dou uma cotovelada nele.
- Aí mulher, ninguém precisa saber que lá em casa é você quem comanda.
- Até porque todos já sabem.
- Não estrague meu momento. Agustin puxa Lina para os seus braços beijando seus lábios e os dois sorriem.
- Eu vou ser pai de novo, ouviu isso princesinha você vai ter um irmãozinho.
- Ou uma irmãzinha pai, estava com saudade, mão pode viajar assim nunca mais.
- Eu sei amor, não vou prometo.
- Babooo. Escuto a voz da minha filha ela desce as escadas correndo.
- Lá mia bellissima principessa, quanto mi sei mancata amore mio.
- Anche tu papà mi sei mancato. Ela abraça o pai tão forte e meu coração se desarma com a cena.
O avô babão tem ensinado Heloísa o italiano desde que ela nasceu, fica horas por chamada de vídeo com ela e Ruggero tem ajudado.

Ficamos todos na mansão, e no outro dia quando acordei não encontrei Ruggero na cama.
- Vocês já estão a todo vapor de manhã cedo não acredito? Pergunto sentando no colo do meu marido que prontamente aperta minha coxa e beija meus lábios.
- Fiz seu suco de laranja minha menina. Ana beija minha testa.
- Obrigado Aninha.
- Temos que conversar. Agustin fala e tem minha atenção.
- Seu pai está vivo mesmo.
- Droga, porque não deixaram ele lá.
- Porque a ordem não foi essa, amor.
- Mas tem uma coisa que vocês precisam saber. Agus fala.
- Ele perdeu a memória com a queda do avião.
- Como assim a memória?
- Não lembra nem quem ele é.
- Puta merda, não bastava sobreviver ainda vem faltando um pedaço.
- Karol não é hora para gracinhas, presta atenção ele perdeu a memória e vai precisar da gente.
- Da gente? Eu quero distância dele.
- Ainda é o seu pai.
- Você por acaso esqueceu que fomos espancadas e por pouco não estaríamos aqui por culpa dele? Ela abaixa o olhar e se encolhe e sei que fui dura ao jogar a imagem que ela tanto custou esquecer.
- Desculpe eu só não consigo fazer algo assim.
- Você consegue, tem o coração enorme.
- Não para ele, quero distância e vocês também deveriam querer.
- Vai ser um pouco difícil ter distância Karol, o hospital vai trazê-lo para casa assim que derem alta.
- Porque aqui? Ele tem tantas outras casas.
- Ele não tem mais nada em seu nome, é tudo seu e da Valentina, fora que não está bem, precisa de cuidados médicos.
- Tudo bem, ele pode ficar aqui enquanto se recupera, depois passo de volta para  suas casas e ele vai viver a vida sem me encher o saco.
- Então é aqui que reuniram um batalhão. Jonatas aparece cumprimentando a todos fazendo piadinhas.
- Já está sabendo não é?
- Sim acabei de vir do hospital, eu disse que não o defenderia e não vou só que não cai ser preciso, o cara não lembra de porra nenhuma, está perturbado e sob efeitos de medicamentos já o declararam fora de suas santidades mentais, não pode ir a julgamento.
- Kah. Me chama Analu.
- O Doutor Arthur chegou.
- Obrigado Aninha, vou lá falar com ele.
- Quem diabos é doutor Arthur? Ruggero solta irritado.
- Do nada assim?
- Responde a porra da pergunta. Revirou os olhos e o povo rir assistindo sua crise de ciúmes.
- Meu advogado.
- Pensei que seu advogado fosse o cara de palhaço aqui.
- Aí... Jonatas faz cara de ofendido e me encara.
- Achei que estava perdoado. Ele faz bico.
- E está, mais você só quero como amigo, na hora que o bicho pega você puxa o saco dele, e nem morar vou deixar você me passar a perna de novo. Falo.
- Isso tudo é por causa do divórcio? Ruggero pergunta.
- Bem o que mais você aprontou?
- Você é má.
- Eu sei, e vocês me amam assim.

Entrelinhas - Segundo LivroOnde histórias criam vida. Descubra agora