Parte 38

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- Porque ainda não está pronto eu quero a porra da aeronave agora. O verme grita.
- Como saiu vivo de tudo isso? Ele olha pra mim e penso que não vai responder.
- Eu pensei realmente que morreria na queda, mas sobrevivi então eles me encontraram antes que eu conseguisse fugir, estava muito machucado e levei vários pontos na cabeça, a falta de memória foi fácil inventar, passei de cativeiro em cativeiro até chegar nas mãos daqueles imbecis, foi quando o Coronel foi capturado, só uni o útil ao agradável eles sabiam que eu não tinha memória e fingir para os médicos, reuni os poucos homens que sobraram de confiança e agora quero o que é meu de volta.
- E para isso precisa matar meu marido e todas as pessoas que eu amo, não já basta tudo que fez?
- Desculpe querida não é nada pessoal, eu não quero matar ninguém somente o seu marido.
- E Analu? Você é um monstro.
- Ah Analu foi um acidente. Nego.
- A Ana era a única mãe que eu ainda tinha e você me tirou, não vou deixar que tire meu marido também.
- Ele destruiu a minha vida.
- E você a minha, pega a porra do dinheiro e dar o fora daqui.
- Preciso que vocês autorizem antes de fazer isso.
- Tirem elas daqui.
- Eu não vou a lugar nenhum sem meu marido.
- Levem elas lá para o quarto porra.
- Eu não saiu daqui.
- Não complique Karol.
- Você faz isso sozinho, daqui eu não saiu.
- Eu vou com as crianças para o quarto. Valentina avisa e só balanço a cabeça
- Acorda amor, por favor, Rugge por favor. Aliso seu rosto, machucado e sujo de sangue.
- O que fizeram com você amor, fala comigo eu preciso ouvir sua voz.
Abaixo a cabeça chorando baixinho.
- Não adianta chorar você sabe que vou mata-lo, se não o fizer ele não vai deixar que eu a leve.
- Eu não vou a lugar nenhum sem ele, ainda não entendeu não é?
Você acabou com a minha vida, e ele me deu ela de volta.
- Eu sempre dei tudo a você...
- Tudo o que? Não precisava do seu dinheiro eu só queria a minha mãe.
- E você acha que eu não, ela era tudo pra mim.
- Mentira. Grito.
- Você matou ela, foi você, e eu nunca vou te perdoar por isso. Ele seca uma lágrima.
- Que seja, eu não preciso do seu perdão.
- Senhor venha ver isso aqui.
Sinto um aperto em minha mão e levanto o rosto.
- Rugge...
- Shiu não diga nada.
- Mas...
- Garotinha mimada fique em silêncio e faz o que eu peço. Ele fala em um sussurro com os olhos fechados.
- Preciso que se concentre amor, pode fazer isso por mim? Engulo o choro.
- Você está sangrando muito.
- Eu sei, mas o foco agora é tirar vocês daqui.
- Eu não vou sem você.
- Não está ajudando amor, a Helô precisa de você.
- De você também.
- Só olhe em volta devagar sem que eles percebam, o que você vê? Seco as lágrimas.
- Tem muitos homens aqui estão mais na parte de fora ou dentro do escritório.
- Armas? Eu preciso de uma arma. Olho em volta e vejo...
- Mike.
- Ele não está aqui.
- Sim ele está, ele veio comigo, olhe.
Olho para o corredor no momento em que Mike põe a cabeça, ele me ver olha para cima respirando fundo, e faz um sinal.
- Não entendi nada.
- Vá até aquela mesa, embaixo no canto esquerdo.
- Como você... Ah deixa pra lá. Olho em volta e os caras estão concentrados em outra coisa.
Passo a mão embaixo da mesa e sinto o ferro frio, como é que tinha uma arma aqui embaixo e ninguém viu.
- Vejo que largou, podem apagar.
Me viro com a arma em punho, nunca segurei esse treco, não tenho noção do que estou fazendo, as mãos estão tremendo.
- Não chegue perto dele. Ele rir.
- Deixa de palhaçada garota me dar essa arma aqui.
- Posso não acertar você porque sou péssima com miras, mas a mim mesmo é impossível errar.
- Karollll. Ruggero grita.
- Merda o cara acordou.
- Você não quer fazer isso Karol.
- Você tem razão eu não quero, mas está me obrigando, e sem mim você não põe as mãos no dinheiro, e deixa eu te falar uma coisinha que eu acho que você não sabe.
Se eu morrer toda a sua fortuna vai para caridade, é o que tem no meu testamento eu não deixei nada no nome da minha filha.
- Você não faria isso.
- Ah eu fiz, não quero dinheiro sujo nas mãos dela.
- Você me paga sua idiota, acabem com ele.
- Naoooooooo. Corro na direção de Ruggero protegendo seu corpo com o meu, ele aperta meus braços.
- Amor...
- Não posso deixar que ele faça isso.
- Amor, olha pra mim, está tudo bem.
- Não está não, você não pode entendeu? Não pode, eu amo você mais do que tudo na vida e que caralhos agora que tenho seu presente de casamento você não pode morrer entendeu, o seu pedido está aqui. Toco minha barriga com a sua mão e coloco a arma.
Procuro por Mike escondido ele faz um sinal com a cabeça para mim e assinto.
- Sai da frente Karol.
- Não, você não vai fazer com a minha filha o que fez comigo, não vai tirar quem ela ama não vou permitir.
- Sai daí garota idiota. Ele grita e escutamos barulho de tiros.
- Quem acionou eles quem?
- Você subestimou mesmo o treinamento do meu marido não é? Uma mão envolve meu cabelo e me puxa para cima, ao mesmo tempo que os braços de Ruggero me seguram embaixo.
- Me larga seu brucutu dos infernos. Ele percebe os braços de Ruggero e tenta chutar seu rosto e não consegue porque meu velhinho mesmo estando todo machucado acerta a cara dele com o cano da arma e ficamos em pé, os homens correm de um lado para o outro por conta dos tiros e não vejo mais Mike, mas o meu lindo pai aponta a arma para Ruggero no mesmo momento em que o brutamontes se recupera, e vai pra cima dele, mas não posso deixar que ele atire me jogo na frente empurrando sua mão, e ficamos os dois puxando.
- Larga a porra da arma.
- Não, você não vai fazer o que quer, não mais, chega acabou.
- Acaba quando eu disser que acaba.
- Karol você precisa soltar ele. É a voz de Tomy.
- Como esse imbecil conseguiu sobreviver?
- Ele foi treinado pelo meu marido.
- Karollll. Tomy grita quando ele me acerta com a cabeça e fico tonta mais não largo a arma.
- Batendo na sua filha grávida. Ele arregala os olhos.
- Eu vou acabar com você, não deveria nem ter nascido, tudo culpa da sua mãe.
- Então cai pra dentro, eu ainda tenho quatro vidas, vamos ver o que consegue fazer "papai".

Entrelinhas - Segundo LivroOnde histórias criam vida. Descubra agora