Parte 31

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Eu sabia que estava pedindo demais a minha garotinha.
- Pá onde voxe vai papai? Me abaixo ficando da altura da minha pequena.
- Papai vai precisar fazer uma viajem, mais volta logo.
- Vai cantar também? Sorrio, ela vê Karol viajar e dizer que volta logo e que vai cantar está pensando que vou fazer o mesmo.
- Não, o papai precisa ajudar umas pessoas. Pego ela em meus braços.
- Mas você vem logo? Rápido.
- Sim meu amor volto logo, e você promete que vai cuidar da mamãe por mim?
- Eu plometo.
- Eu amo você minha pequena.
- Eu também amo voxe papai. Ela abraça meu pescoço e sinto os braços da Karol envolver nós dois.
- E eu amo os dois. Ela diz e fica na ponta dos pés para beijar meus lábios.
Elas me acompanham até a porta onde vejo Ricardo.
- Senhor.
- Estou colocando em suas mãos tudo o que tenho, por favor...
- Não se preocupe senhor, vou cuidar delas com a minha vida se for preciso.
- Obrigado Ricardo. Levanto uma mão e ele aperta.
- Vai dar tudo certo. Assinto e pego minha mochila, beijo minha família e uma van do exército já está parada na porta esperando.
Entro e dou de cara com os caras.
Depois de montar um esquema, onde reunir os melhores homens da minha equipe de segurança, voltamos ao batalhão, aceitei participar com a condição de que meu pessoal fosse comigo, eles tentaram bater de frente, mas Gaston já deu um chega pra lá dizendo ou o comando da operação é nosso ou estávamos fora, não trabalhamos mais pra vocês.
Pronto foi o suficiente para eles calarem a boca e dar o suporte que precisaríamos, a parte difícil realmente era deixar nossas famílias, porque os caras eram muito bons e mesmo sem treinamentos para esse tipo operações, estavam preparados para qualquer coisa.
- Todos prontos? O helicóptero vai nos deixar em uma área de segurança vamos caminhar não mais que um quilômetro cercar o local, invadir e recuperar os prisioneiros.
- Entenderam?
- Sim senhor.
- Ótimo, boa sorte rapaziada, fiquem juntos e sairemos todos vivos desse inferno de lugar. Entramos no helicóptero.
- Como vocês fazem isso? Agustin pergunta arrumando o colete e me aproximo ajudando.
- o lema é sempre juntos, o cenário aqui é guerra pura, ou vai pra cima ou você dança.
- Certo.
- Concentração soldado. Falo e ele me encara.
- Tenho que te devolver inteiro entendeu? Ele engole em seco, não me perdoaria se algo acontecesse a ele ou qualquer um deles.
- Fiquem concentrados. Grita Sebastian.
- A cabeça aqui, esqueçam a vida lá fora, entramos pegamos e saímos.
- Tomy. Ele não responde.
- Tomazo. Grito ao seu lado.
- Sim senhor.
- Ótimo você está aqui. Ele rir.
- Concentrado, vamos entrar e voltar pra casa.
- Isso.
Aterrissamos e nos dividimos em grupo.
- Celso a esquerda é sua, Sebastian a direita, Mike pode deixar que derrubo os portões, Gás controla a área, Agus o Sevilla é seu, Michel você com a equipe de apoio. Ele assente e caminhamos pela mata cada um com seu grupo, chegamos perto do acampamento que mais parecia uma fortaleza no meio da mata, e cercamos o local.
- Ao meu comando, vamos colocar essa porra no chão.
- Como nos velhos tempos. Escuto a voz de Mike nos fones, estou com minha metralhadora apontada para a porta.
- Como nos velhos tempos. Respondo e ele explode o portão.
Os caras reagem rápido e o cenário de guerra está formado.
Conseguimos entrar, atirando e cobrindo um ao outro, as coisa estava feia eles eram em muitos.
- Michel libera a primeira tropa.
- Sim senhor. Com o reforço conseguimos contratar capturando os homens deles.
- Onde esta o coronel? Pergunto e eles ficam calados.
- Onde está porra?
- Na parte de trás.
- Você vai me levar até eles. Ele assente e Sebastian segura em sua camisa puxando ele para cima e começa a andar.
Quando vamos entrar, Tomazo está na frente e escuto um barulho só tenho tempo de puxar seu corpo uma bomba explode jogando nossos corpos para trás.
- Vocês estão bem? Celso pergunta chegando com Gaston. Meu ouvido está uma merda mais balanço a cabeça que sim, olho para o lado Tomazo está quieto.
- Tomazo. Chamo.
- Tomy... Tom fale comigo. Sacudo seu corpo.
- É a primeira vez que me chama como ela, é ainda estou vivo para ouvir.
- Ah vai se foder. Levanto.
- Todos bem?
- Senhor nós estamos, mais ele. Um dos soldados aponta para o cara que capturamos e esse não pode mais ajudar.
- Vamos revirar essa porra.
Nos dividimos e encontramos uma espécie de calabouço, descemos as escadas.
- Ruggero. Escuto meu nome.
- Senhor, aqui pessoal o encontramos.
- Não tão rápido.
Um cara aparece com mais dois e aponta a arma na cabeça do coronel.
- Ou saímos daqui em segurança ou ele roda.
- É mesmo? Eu tenho uma proposta melhor.
- Sou todo ouvidos.
- Você se rende com seus amigos, e eu não preciso estourar a cabeça de nenhum dos três. Eles riem e eu e os caras também.
- Muito engraçado mas... Não deixo ele terminar.
- Não era uma piada. Atiro na cabeça dele e na do cara da direita, e Gaston no da esquerda.
- Mira do caralho. Agustin reclama rindo e me aproximo do coronel.
- Demoraram seus filhos da puta, não treinei vocês para me deixarem morrer em um calabouço.
- Não mesmo senhor, peço desculpas pela demora, vamos tira-lo daqui.
- Esperem, tem mais um prisioneiro ele está naquela porta.
Agustin procura pelas chaves mas Mike tem outros planos e estoura a porta.
Agustin entra e ele está encolhido no canto.
- Senhor Sevilla. O homem não se move e Agus vai até ele e toca seu ombro, ele levanta a cabeça.
- Está tudo bem agora você está salvo, vamos embora daqui. Ele assente e deixa ser levado por Agustin.
Voltamos todos para o helicóptero mas antes mesmo de chegar uns carros com mais rebeldes tentam nós alcançar.
- Corram vão, corram. Grito e ficamos dando cobertura para que eles possam entrar.
- Vamos Ruggero deixa que eu cuido disso. Lionel grita e já está na metralhadora do helicóptero atirando em tudo que ver pela frente, corro e pulo no momento em que o helicóptero sobe.

Chegando na base área do exército, do.oa direto para o avião que nos levaria de volta para casa.
Lavo meu rosto no banheiro.
E quando saiu um dos médicos está cuidando do coronel, me sento de frente para ele.
- Como isso aconteceu?
- Também me faço a mesma pergunta, como ajudar os necessitados me levou a isso?
- O que estava fazendo aqui?
- Eu vim com grupo que ajudava nós acampamentos, as pessoas aqui precisam sempre de roupas, alimentos, cobertores e um médico, fui descoberto quando pediram meus documentos.
- Mas esse cara o Sevilla já estava aqui, e muito machucado.
- Você não ligou o nome não é?
- Como assim?
- Ele trabalhava direto com o Salim, foi ele quem deu a ordem para matar o meu batalhão. O coronel arregala os olhos.
- Esse filho da puta desmemoriado?
- Como assim desmemoriado?
- Ele não lembra nem quem é, só ouvir os caras lá chamando ele por Sevilla.
- Isso é uma merda, porque estou casado com a filha dele, e ela não o quer nem pirado de ouro.
- Sinto muito.

 

Entrelinhas - Segundo LivroOnde histórias criam vida. Descubra agora