Parte 8

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Preciso me controlar, não perco a oportunidade de jogar na cara dele que a culpa de tudo é só sua, mas eu não sou assim estou ferida eu sei, mas isso não me dar o direito de ferir, só queria que ele me deixasse em paz porque sua presença... Me causa repulsa, ódio descomunal...
Mentira, sua presença me tranquiliza me sinto segura, amada e a vontade que tenho é de saltar em cima dele e beija-lo como se não tivesse amanhã.
Duas batidas na porta me trazem de volta e a médica entra acompanhada por outros dois.
- Oi, eu trouxe comigo o doutor Carlos e o doutor Marcelo.
- Uma comitiva, estou me sentindo especial aqui.
- Espere um momento você não é a cantora? Sorrio.
- Ótimo temos um fã aqui?
- Ah sim minha namorada adora suas músicas.
- Fico feliz.
- Então Karol precisamos conversar agora, onde está o Ruggero?
- Porque o que tem ele?
- Ele nada, só queríamos que estivesse presente é seu marido.
- Podem falar não preciso dele.
- Ehh.. Tudo bem, Karol seus exames apontaram o que já suspeitamos, cancer no colo do útero, você me falou que não podia engravidar por um bloco hormonal o que ocasionou a suspensão da sua menstruação mas não era um bloqueio e sim o câncer se enraizando.
- Ca-cancer?
- Sim, estamos no estágio dois e precisamos agir rápido para não retirarmos o útero já que você é muito nova e pretende ter filhos.
Levanto da cama procurando minhas coisas.
- Karol, espere precisamos discutir o melhor tratamento te explicar.
- Vocês ficaram doidos eu não tenho nada disso, vou embora.
- Não pode ir embora agora ainda está tomando medicação.
Arranco a agulha do meu braço e tiro a camisola do hospital os médicos se viram rapidamente não sei porque, são médicos vêem peitos e xoxotas o dia todo, reviro os olhos.
- Karol quanto mais cedo você aceitar mais rápido pode se curar, vamos conversar com o Ruggero e encontrar uma forma...
- Cale a boca. Grito já com as lágrimas querendo romper as minhas barreiras.
- Não vai falar nada com Ruggero, bem com ninguém é um direito meu e isso é loucura eu não tenho essa doença e pra mim já deu vão caçar doença no corpo de outro não no meu.
Faço um coque no cabelo e saiu do quarto mas vejo quando o médico segura o braço de Carmen, quando chego ao corredor o medico mais novo o Marcelo me alcança.
- Olha eu sei parece loucura mas não é, fique com meu cartão me ligue a qualquer hora e vamos te ajudar.
Êxito um pouco e pego cartão na primeira lixeira eu jogo fora.

Entro no quarto de Valentina que está descansando mas quando beijo sua testa acorda e segura minha mão.
- Como você está? Pergunto.
- Bem, doida para ir pra casa, e você Mike me disse que se sentiu mal. Engulo em seco.
- Não foi nada, eu só passei para te dar um beijo, vou pra casa.
- Para a mansão?
- Não para minha casa.
- Que seria?
- Nem adianta, nos falamos por telefone tudo bem, amanhã você já deve ir pra casa eu te vejo lá, o Lucas é a coisa mais gostosa que existe no mundo.
- E ele tem a dinda mais babona no mundo.
- É claro meu bem se não pra que eu seria madrinha dele pra babar mesmo, levar pra fazer a tatuagem apresentar a camisinha essas coisas básicas.
Pisco um olho e Valentina faz uma cara de ofendida.
- Nem vem santa Valentina. Ela rir e eu também.

Saiu hospital procurando Tomy e ele acena para mim e abre a porta .
- Para onde vamos senhora Pasquarelli?
Reviro os olhos.
- Vocês seguranças são todos iguais. Ele sorrir pelo retrovisor.
- Para casa.
- Está tudo bem? Parece cansada.
- Tudo bem Tom, o nascimento do meu afilhado alegrou meu dia.
- Fico feliz, criança sempre traz alegria.
Só assinto e encosto a cabeça na janela observando a vida lá fora tomando um tempo para pensar em tudo que aconteceu.
Chego em casa tomo um banho, peço uma comida e espero chegar, e depois de comer vou me deitar um pouco.

- Estou em casa e quero a senhora aqui comigo, uff meus peitos parecem que vão explodir.
- Estou indo querida vaca leiteira, você comprou a bombinha?
- Sim, mas o Mike não sabe como usa e eu não sei se tiro ou se coloco o Lucas para mamar preciso de você.
- Homens... Estou indo.
Visto um shortinho e um top e um casaquinho entro no carro com um café nas mãos.
- Tomy vamos pra mansão.
- Certo, a Jane me informou do evento hoje a noite.
- Sim preciso acertar, vou me arrumar na mansão e de lá saímos.
Ligo para Jane por vídeo chamada, e ela confirma o evento em que vou me apresentar, é um concurso de música e fui nomeada na categoria de cantora, peço que mandem o maquiador e meu vestido tudo para a mansão que estaria saindo de lá, resolvemos mais algumas questões e o carro para na entrada.
- É parece que o senhor Pasquarelli mudou de função.
- Que? Tom faz um aceno com a cabeça e abaixa o vidro, Ruggero está na cabine com os olhos em alguma coisa e conversa com Luis.
- Bom dia. Tomy cumprimenta Luis.
- Bom dia Tomy, pode estacionar na vaga da senhorita Karol como sempre.
- Obrigado Luis. Os vidros pretos não deixam que ninguém perceba que estou aqui, mas ele sabe.

Entrelinhas - Segundo LivroOnde histórias criam vida. Descubra agora