É claro que eu sabia que algo estava errado, mas era aniversário da minha princesa e não queria estragar o momento e sei que mesmo não admitindo, Karol não está satisfeita com a resposta que eu dei, a minha garotinha é esperta demais.
- O que está acontecendo? Michel pergunta assim que nos encontramos na frente do primeiro comando do batalhão.
- Não tenho ideia. Falo.
- Depois de quase catorze anos eles resolvem aparecer assim do nada. Sebastian resmunga e entramos.
- Fiquem alertas. Gaston chama nossa atenção.
- Não sei de nada, mas já fomos surpreendidos uma vez.
Chegamos até a recepção onde tem dois oficiais, uma mulher e um homem.
- Em que posso ajuda-los? Pergunta e os garotos olham para mim, mesmo não sendo mais o meu batalhão eles ainda me tem como líder.
- Estamos aqui para uma reunião de urgência.
- Sim, preciso do nome e a identidade. Ela pede e pego minha carteira.
- Major Pasquarelli. Escuto meu nome e me viro.
- Celso.
- Pasquarelli? A mulher pergunta.
- Neide são nossos garotos de ouro deixem eles passarem.
- Caralho são vocês mesmo?
- Como veio parar aqui? Mike pergunta, o cara serviu com a gente nas tropas do Afeganistão.
- Longa história, e vocês o que estão fazendo por aqui? Soube que se afastaram.
- Não, nos aposentamos é diferente, e queremos muito descobrir o porque estamos aqui. Lionel reclama.
- Talvez eu possa explicar cavalheiros.
- Coronel Alfredo.
- O negócio aqui está cada vez mais interessante. Sebas comenta. O cara era um dos comandantes da tropa.
- Me sigam. Ele pede e trocamos um olhar decidindo seguir.
Entramos em uma sala cheia de computadores, tem uma mesa e várias cadeiras.
- Queiram sentar.
- Será necessário? Mike pergunta.
- Sim. Nos sentamos.
- Coronel quer por favor nos explicar porque estamos aqui? Peço.
- Por isso. Ele aponta para o computador e um áudio se faz ouvir.Se alguém está me ouvindo.
Sou o coronel Luis de Carvalho, ex comandante das tropas no Afeganistão, não sei por quanto tempo vão me manter vivo e preciso ser rápido, estava de férias fazendo voluntariado na África e fui capturado por rebeldes, que tinham parcerias com os árabes donos do petróleo, me descobriram e agora sou refém, se alguém pode me ouvir preciso de ajuda, tem um refém nas mãos dele, pelo que entendi se chama Sevilla, mas o homem sofreu um acidente e perdeu a memória, o homem tinha negócios com os árabes mas as transações foram cortadas, não sei por mais quanto tempo ele irá resistir, ou se estaremos vivo, só precisamos de ajuda.- Que porra é essa? Mike já está de pé.
- Quando foi isso?
- Recebemos esse áudio a duas semanas, conseguimos a localização exata, e com ajuda de um drone temos essas imagens.
Eles jogam várias imagens na tela é o coronel Luis, o nosso comandante o cara quem nós treinou e nos ajudou quando mais precisávamos.
Fico em pé, chegando perto do telão.
- Pode dar um zoom nessa imagem? Peço e eles aumentam.
- Puta que pariu. Escuto Mike resmungar.
- Vocês conhecem esse cara? Respiro fundo, tiro o celular do bolso e faço uma foto da imagem um pouco destorcida e envio para Agustin, em menos de um minuto meu celular toca.
- Que porra é essa?
- Me diz você, enterramos o cara, como é possível que ele estaja vivo?
- Ruggero isso só pode ser uma brincadeira, onde foi isso? Eu vi o corpo.
- Você identificou ele?
- Estava carbonizado, mais o laudo deu compatível com ele.
- Caralho. Grito.
- O cara está preso em algum lugar da África, e tem dedo dos árabes, nosso mentor foi capturado por eles enquanto fazia voluntariado.
- Porraaaa, e agora?
- Não sei, parece um pesadelo.
- Fique calmo, veja o que eles querem e resolvemos quando estivermos juntos.
- Tudo bem. Desligo.
- Vejo que conhece o refém.
- Você é melhor que isso comandante, não me trouxe aqui só pelo coronel. Ele sorrir assentindo.
- Tem razão, você casou com a filha do Sevilla, ele deve muito a justiça, mas pelo estado de saúde do homem parece que a justiça não vai poder cobrar dele.
- O que querem? Gaston pergunta.
- So vocês podem.
- Não. Já respondo.
- É uma operação especial, vocês são os melhores para isso.
- Da última vez que mandaram a gente para uma guerra, foi para nos matar, acha mesmo que vamos cair de novo? Sebas questiona.
- Não acho, só peço que pensem, era o comandante de vocês naquele lugar e precisa ser resgatado.
- Vamos embora. Falo e já vou saindo da sala.
- Ruggero espere. Celso me chama.
- Pense, estou chamando os melhores para essa missão, não tinha ideia que tinham contatado vocês, mas se fizeram é porque acreditam que vocês podem.
- Você vai nessa missão?
- Ele era o meu comandante, tudo que sei devo a ele, não posso deixa-los lá sem tentar.
- Temos outras prioridades agora... Droga eu tenho uma vida agora, mulher uma filha de quatro anos acha mesmo que vou arriscar tudo?
- Desde quando o Major Pasquarelli tem medo de alguma coisa?
- Desde que eu ganhei um pacote cor de rosa, acredite elas tiram fora sentimentos que não existiam. Ele sorrir.
- Bom, foi muito bom ver todos vocês, se mudarem de ideia embarcamos no fim de semana.
Fomos em silêncio até o prédio de segurança.
- Então? Agustin pergunta.
- Querem que a gente se junte a eles para resgata-los. Gaston fala já pegando seu computador.
- Eu pedi para que verifiquem os destroços do avião, como ele escapou, como isso foi acontecer? Ele suspira frustrado.
- Não posso, cara como vou falar para Giulia que vou em missão como?
- Nós ainda não decidimos Michel fique calmo. Peço.
- Não sei como contar para as garotas que ele está vivo?
- Não sei como contar nada disso. Confesso.
- Contar o que? Valentina, Karol e Lina aparecem na porta. Hoje foi o primeiro dia de aula da Helô e do Lucas.
Engulo em seco e troco um olhar com Mike.
- Vocês estão nos assustando o que está acontecendo? Lina pergunta enquanto Karol e Valentina nos observa e sei que elas já entenderam ou ao menos uma parte sim.
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Entrelinhas - Segundo Livro
FanfictionE eles voltaram com tudo, mas como toda história de amor, vão ter que lutar muito para proteger esse lindo sentimento. Ruggero um ex militar, que no passado viu seu melhor amigo morrer bem diante dos seus olhos, superou seus demônios e encontrou o...