Parte 18

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Dois anos.

Estou a todo vapor, meu disco novo acabou de sair aí já viu, é entrevistas, shows aquela correria que amo, e o melhor de tudo é ter Ruggero comigo sabe como é, meu velhinho rabugento sempre cuidando da minha segurança e chutando a bunda dos pobrezinhos, Tomy coitado já até acostumou.

Ruggero pode não admitir mas sei que obrigou Tomy a fazer o seu treinamento para aperfeiçoar suas habilidades e os dois vivem de conversinhas e quando pergunto o que eles tanto cochicham ele me responde que está dando aulas a Tomy de como suportar a patroa, sorte a dele que minha mira é péssima porque meu telefone foi parar do outro lado do camarim.

Hoje não acordei muito disposta, o que é estranho nem consegui tomar café e isso me preocupa.
Estava fazendo a maquiagem para o show com Ale, quando sinto um incômodos no estômago engulo em seco, não é a primeira vez.
- Você está bem? Ale pergunta e forço um sorriso.
- Estou.

Depois do show já no hotel, tinha acabado de tomar banho escuto o barulho da porta e sei que Ruggero acabou de chegar.

Sinto um calafrio, e fico zonza tenho que segurar forte na pia para não cair, respiro fundo várias vezes, preciso falar com a doutora Carmen, todo ano faço um controle, e o que estou sentindo está me deixando assustada será que essa praga de câncer voltou?
Consigo sair do quarto e Ruggero se aproxima me abraçando.

- Estou tão cansada. Sussurro e ele beija minha testa.
- Venha vamos deitar um pouco você precisa descansar, vou pedir a Valentina que desmarque suas entrevistas na parte da manhã assim pode ficar na cama mais um pouco.

Em outro momento estaríamos brigando, mas não hoje, hoje sei que ele só quer o meu bem, então aceito seu gesto e me aconchego ao seu corpo quente e delicioso que ao contato com o meu corpo nu, me excita e já não estou mais cansada estou louca de desejo.
Acaricio seu peito nu e chupo a pele do seu pescoço, enganchando minha perna na sua, encaixando meu sexo com sua coxa.
- Amor o que está fazendo?
Me esfrego nele e um grunido sai dos meus lábios, Ruggero me vira na cama se encaixando no meio das minhas pernas e segura meus braços.
- Você não estava cansada?
- Estava falou bem, agora estou com tesão, muito tesão. Ele sorrir e beija meu pescoço.
- Ah sim, e o que eu posso fazer por você?
- Me fode amor..
- Assim? Ele entra em mim e sabe quando você está comendo um sorvete do seu sabor favorito é tão gostoso que chega te faz suspirar é assim que estou agora.
- Sim, rápido amor muito rápido eu preciso.... E ele me dar tudo o que eu preciso nesse momento, rápido forte e implacável é meu velhinho, que de velho não tem nada, ele chupa meus peitos e disparo em um orgasmo delicioso, as vistas chega ficaram nubladas.
- Que delícia... Sussurro ofegante.
- Da próxima vez vou partir você no meio, quando me provocar assim.
- Não vejo a hora... Falo mais já estou fechando os olhos ainda escuto sua risada e sinto seus braços me envolver.

Turnê terminando e vou poder tirar umas férias.
Tem uma semana que voltamos pra casa, e hoje esperei Ruggero ir até a empresa chamei Tomy e pedi que me levasse até o  hospital, liguei para doutora Carmen e pedi uma consulta.

- Ruggero não me disse que tinha que ir ao hospital. Ele comenta.
- Porque ele não sabe que estou indo.
Ele arquea a sobrancelha.
- Vou só fazer um controle de rotina nada demais.
- Se não é nada demais porque ele não sabe?
- Tomy não quero preocupa-lo vou fazer isso e depois eu falo com ele, não fale nada por favor?
- Tudo bem, mas sabe que ele pode acompanhar o GPS.
- Sei por isso meu celular está desligado.
- Mas o meu não.
- Tudo bem, não vou pedir que desligue.
Ele pega o celular e desliga.
- Obrigado.

Entro no hospital e vou direto para o primeiro andar duas batidas na porta e abro, Carmen me recebe com um belo sorriso, levanta e me abraça.
- Como vai minha paciente favorita.
Reviro os olhos ela fala isso pra todo mundo.
- Preocupada. Ela Franzi o cenho.
- Ok, venha sente-se aqui. Sentamos as duas em um sofá.
- Me conte o que está te preocupando?
- Comecei a sentir dores no estômago, e fico tonta, já aconteceu algumas vezes.
- Certo, mas fizemos o controle esse ano e não acusou nada, está se alimentando direito Karol?
- É, outra coisa que não tenho, não sinto fome na parte da manhã.
- Ok vamos comigo, quero fazer alguns exames.
Assinto e acompanho Carmen, entramos em uma sala típica de laboratório.
Ela fala com o enfermeiro os exames que quer e pede o resultado com urgência, estico o braço e o cara começa a tirar o sangue, depois ela me leva até o refeitório para comer alguma coisa.

Quando voltamos os resultados já estão lá, ela dar uma olhada.
- Estão todos normais Kah, mas tem um aqui que está com a taxa muito baixa de ferro, vou pedir que repitam e vamos até a ginecologia quero uma transvaginal.
- Porque? Não seria melhor uma ressonância se ele tiver aqui seria melhor para vê-lo.
- Sim, seria mas o que quero ver não tem nada haver com tumor.
- E o que seria?
Ela aponta a sala e abre a porta mas não responde a minha pergunta.
- Oi Ana pode fazer uma transvaginal na minha amiga aqui.
- Claro, como é seu nome. A doutora pergunta.
- Karol.
- Certo Karol, pode se trocar ali temos tudo que vai precisar e volte.

Entro no banheiro que tem um armário enorme e organizado com aquelas batas todas no saquinho, pego uma, tiro a roupa e visto aquilo, volto e me deito na maca uma perna pra cada lado no apoio e a doutora Ana se aproxima com o tubo colocando na minha vagina.
Carmen está concentrada na tela.

- Você não respondeu a minha pergunta.
- Desculpe, sobre o que perguntou?
- O que queria ver aqui.
Ela olha pra mim e depois para a tela e aponta.
- Sua menstruação está atrasada a quanto tempo? Fecho a boca e penso.
- Ela não está regular depois da cirugia vem uma vez ou outra, pode parar de dar voltas e falar logo o que eu tenho, não vou suportar outro diagnóstico bombástico. Falo já secando as lágrimas.
- Ah mais esse com certeza você vai.
Ela sorrir e a doutora Ana também.
- Mostre para ela Ana.
- Agora mesmo.
Então um som estranho de água e um tum tum tum tum ecoa por toda a sala com os olhos arregalados pergunto.
- O que?
- Sua dor no estômago e tonturas é só o seu organismo se ajustando para ele.
A doutora coloca a imagem grande na tela e meu coração acelera, não consigo conter as lágrimas.
- Parabéns mamãe, bate aqui.
Carmen fala e sei que está tão emocionada como eu, bato em sua mão e ela aperta meus dedos.

Agora o choro foi pura emoção não foi?

Entrelinhas - Segundo LivroOnde histórias criam vida. Descubra agora