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A gente saiu da água e fomos sentar num banquinho que tinha num bar ali.

Lobo: namoral pô, tô todo molhado.- ela revirou os olhos.

Safira: para de drama Ryan, num foi tu que disse que a vida era curta e a gente tinha que aproveitar.- neguei rindo.

De repente ela ficou séria e pegou o celular na bolsa dela vendo as horas e o semblante preocupado.

Lobo: Colfoi?

Safira: tomando coragem de encarar meus pais.- assenti.

Lobo: ae vamo pro morro? Cê dorme lá hoje.- ela riu.

Safira: eu sei que você não quer só dormir, não vai rolar.

Lobo: sem segundas intenções, namoralzinha. - ela ficou me encarando e topou.

Safira: o que é um peido pra quem já tá cagado?- gargalhei e saímos em direção a minha moto.

Subimos e eu guiei pro morro, parei num barraco vazio que tinha lá em cima e a gente entrou.

Lobo: não é um hotel cinco estrelas em Copacabana, mas serve.- ela negou.

Safira: para de me taxar como burguesinha mimada, eu não ligo pra isso, acho que você já deveria saber.- suspirei e fui até ela.

Lobo: burguesinha gostosa do caralho pô.- agarrei a cintura dela colando nossos corpos e ela encarou minha boca.

Sorri de lado e iniciei um beijo. Fui andando com ela até a cama e joguei ela puxando a roupa da mesma. Ela sorriu de lado me olhando enquanto eu entrava com a mão dentro do short dela.

Ela soltou um gemido abafado quando eu introduzi dois dedos nela. Comecei a puxar o short e deitei ela na cama indo com a boca direto pra intimidade dela e comecei a chupar a mesma.

Ela rodou as pernas em volta da minha cabeça gemendo baixo e eu fui subindo os beijos até chegar no pescoço.

Ouvi meu radinho tocar e bufei.

Lobo: puta que pariu.- peguei ele fazendo contato e me sentando na cama.

Não deu nem tempo do menor falar e eu já escutei os fogos serem lançados no céu.

Dei um pulo da cama vestindo minha camisa e peguei uma arma que tinha escondida ali dentro.

Safira: o que é isso?- ela me olhou assustada.

Lobo: puta que pariu. É invasão pô.- ela arregalou os olhos.

Safira: aí Deus, é agora que eu vou morrer.- ela falou vestindo o short.

Lobo: escuta- segurei o rosto dela - fica aqui, não abre essa porra pra ninguém, não sai daqui pelo amor de Deus.- ela assentiu com a respiração descontrolada e eu beijei a cabeça dela saindo do barraco e fechando em seguida.

Puta que pariu tava mó paz e essa porra de invasão veio pra acabar, sem meu pai aqui, caralho.

Fui me escondendo nos becos e vi uns caras armados mas sem farda mirando, mas conseguia atirar primeiro.

Já saquei que não é os cana, só pode ser morro rival, mas qual?

Consegui chegar na boca principal e vi o K1 armado mirando e ele me viu.

K1: caralho mano.

Lobo: que porra é essa? Invasão de morro rival?- ele ia me responder mas pegou a arma mirando.

K1: se abaixa porra!- me abaixei e ele atirou num cara em cima de um telhado.

Ficamos trocando tiro por mais ou menos uma hora e eles começaram a recuar. Sai andando e atirei num cara que ainda tava por lá tentando pegar um de nós, o radinho dele caiu no chão e eu peguei fazendo contato.

Lobo: tá achando que é bagunça aqui caralho? Chega na minha favela do nada e acha que vai ganhar.

- isso foi só o começo fedelho, minha guerra é com teu pai, mas já que ele tá preso você é o alvo!

Lobo: quê? Que porra é essa? Quem é que tá falando?- perdi o contato e joguei o radinho no chão puto quebrando o mesmo.

Voltei pra boca e reuni geral, quero saber que porra é essa, que morro é esse.

Lobo: alguém aqui sabe que caralho foi esse?

Rd: eu sei, é o filho do Diogo, ele quer guerra pelo que aconteceu há 20 anos atrás. - passei a mão na cabeça.

Lobo: puta que pariu, era só o que me faltava. Diogo é aquele dono do Vidigal que era rival do meu pai? Que o Carlos matou ele?

Rd: é ele mesmo, caralho nem com aquele filho da puta morto a gente consegue ter paz.- bufei.

Lobo: depois de tantos anos esse desgraçado quer vingança agora?

Rd: ele tentou há alguns anos, quando o pai morreu, mas ele era novo nesse mundo, não fazia ideia do que tava fazendo, ele tinha tua idade pô. E agora que tá com experiência de sobra veio, mas veio sabendo que o Ret tá preso e te acha uma presa fácil pra conseguir vingança e o poder do morro.

Lobo: meu pau, agora é guerra! Ele tá me achando um alvo fácil, mas agora eu quero guerra, quero sangue e eu vou tomar o morro do Vidigal pra mim, ele não sabe com quem se meteu, eu sou filho do Ret pô, tá no sangue!- falei alto e geral gritou.

Dedé: aí eu boto fé pô, mas toma cuidado, ele tem o dobro da tua idade.

Lobo: e eu de inteligência, a guerra tá só começando.

Tava quieto na minha só com o plano de tirar meu pai da cadeia e esse filho da puta veio mexer comigo, agora o sangue ferveu pô.

É guerra que ele quer, é guerra que ele vai ter.

Lobo: K1 avisa a minha coroa que eu to bem, tenho que resolver uma parada antes de ir em casa.- ele assentiu desconfiado e eu sai indo pro barraco onde a Safira tava.

Quando entrei ela me olhou assustada e veio me abraçar.

Safira: porra que medo, pensei que ia morrer, pensei que cê tava ferido.- soltei ela e olhei pra mesmo rindo.

Lobo: relaxa pô, eu já sou treinado.- ela negou rindo - desculpa por isso, não devia nem ter te trazido pra cá.- ela negou.

Safira: sabe que eu gosto da adrenalina?- neguei rindo.

Lobo: isso é sério, não é brincadeira Safira. Tu corre perigo andando comigo.- ela suspirou.

Safira: tá bom, cê tá me dispensando né. Eu entendo, cê já teve o que queria.- ela foi até a bolsa dela e pegou a mesma.

Lobo: tá falando de que porra?

Safira: você já transou com a burguesinha, o que quer mais com ela?- neguei rindo.

Lobo: muito mais que isso.- ela arqueou a sobrancelha e eu ri puxando um beijo lento.

Se pá tô gostando de me envolver com ela, mas comigo ela corre perigo, ela e qualquer outra. E eu não quero que ninguém se machuque por minha culpa.



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Vou avisar mais uma vez, não se apeguem a nada nem ninguém na estória 🙂

COVARDIA [M]Onde histórias criam vida. Descubra agora