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Guga 💸

Entrei na boca e fiz toque com os cria e fui até a sala do meu coroa, quando entrei ele tava lá contando a grana.

Guga: e ae coroa.- ele me olhou e jogou um bolo de grana pra eu contar.

Carlito: o pagode ontem rendeu pra caralho.- sorri de lado e comecei a contar o dinheiro.

O Carlito sempre jogou limpo comigo, desde quando eu era menor. Eu sei toda a história de como ele virou meu pai. Meu pai verdadeiro, o Turco morreu numa invasão, minha mãe me abandonou assim que eu nasci e o Turco pediu pra meu pai cuidar de mim e eu amo ele pra caralho.

Sei tudo que ele enfrentou pra cuidar de mim, e sou grato pra caralho por isso, ele sempre me defendeu com unhas e dentes e eu amo demais meu coroa, o único importante na minha vida.

Minha mãe, se é que se pode ser chamada assim, não quero nem ver na minha frente, nunca conheci e não me faz falta, acho que foi um livramento.

Guga: Iih baile hoje vai render mais ainda pô.- ele assentiu.

Carlito: vou colar em casa, fica aí no comando, onde tu sempre deveria tá.- suspirei e ele saiu da sala.

Ele vive insistindo pra eu comandar o morro já que foi um dos últimos pedidos do Turco, mas já disse que só assumo quando ele não puder mais, ele é o único rei que colocou ordem nessa porra e eu admiro isso pra caralho nele, soube que a favela tava meio que um caos quando o Turco morreu e ele assumiu, e por isso todo mundo aqui gosta e respeita ele.

Depois da filha da puta da Bárbara ele nunca mais asumiu ninguém como fiel, teve alguns casos só, e que acabou resultando no meu irmão mais novo, o Juan, até hoje a Bárbara me odeia e tem recalque da mãe do Juan porque ela teve um filho do meu pai o que era o sonho dela.

Acho é bom pra aquela piranha, rs.

Joca: e ae cria.- meu primo entrou na sala sentando e acendendo um cigarro.

Guga: fala ae pô, tava sumido, não brotou mais por que?

Joca: surtação da minha mãe pô, tu conhece tua tia né.- assenti rindo.

* * *  

Terminei de me arrumar, todo trajado pô, peguei meu celular e joguei no bolso, peguei minha Glock e desci vendo meu pai no celular.

Guga: tô indo pro baile, cê vai?

Carlito: vou ter que resolver uma parada aqui pô, mais tarde to colando.- assenti e sai de casa.

Entrei na quadra que tava lotada e fiz toque com os cria, joguei meu charme pra umas mina que tavam tudo jogando pra mim e subi pro camarote.

Peguei uma bebida no bar e me sentei olhando o movimento, até agora tá tudo mec, show jaja começa.

Olhei lá pra baixo e vi minha irmã com a surtada daquele dia, neguei rindo e o olhar dela cruzou com o meu, ela sorriu cínica e voltou a dançar.

Lívia: oi amor.- ela chegou me abraçando por trás e eu revirei os olhos.

Guga: ô Lívia já te falei que não gosto dessas exibição em público, sem contar que a gente não tem nada.- ela bufou.

Lívia: vim aqui na humildade te dar carinho e é assim que tu me recebe? Se fuder ein.- ela saiu bufando e eu neguei dando um gole na minha bebida.

Acendi um cigarro e traguei o mesmo vendo o Joca se aproximando. Ele fez toque e se encostou na grade olhando pra multidão.

Joca: ae quem é aquela gostosinha que tá com a tua irmã?

Guga: sei não pô, tem duas ali com ela.

Joca: aquela ali pô.- ele apontou pra mina que tava com a minha irmã e a surtadinha.

Guga: não faço ideia de quem seja, mas ela já teve aqui com a outra mina antes.- ele assentiu sorrindo de lado.

Joca: vou chegar lá.- neguei.

Guga: acho que a mina namora pô, deixa quieto. Vi ela com um carinha no outro baile.- ele fez careta.

Joca: acho que não parceiro, ela tá sozinha hoje.- neguei rindo e vi elas três entrando no camarote.

Guga: nem vai precisar mais descer.- ele sorriu de lado e vimos elas irem pro bar.

Me encostei na grade de novo e fiquei vendendo as verdinhas e vi a surtada vindo até mim.

- me dá uma aí.

Guga: então quer dizer que a princesa fuma?- ela revirou os olhos.

- Vai parar de pegar no meu pé? Cara chato!- ela falou a última parte baixo, mas eu escutei.

Guga: chato é minha pica.- ela sorriu de lado olhando pra minha bermuda.

- idiota. Vai me vender ou não?

Guga: toma.- entreguei a ela.

- fica quanto ai?

Guga: 5 conto.- ela me entregou e saiu andando sumindo na multidão.

* * *  

Já era umas 3 horas da manhã e eu tinha cheirado pó pra caralho, desci pra olhar como tão as coisas lá em embaixo e trombei com a surtada no caminho, puxei ela pelo braço e a mesma me olhou assustada.

- porra que susto, achei que ia visitar Jesus agora.- gargalhei.

Guga: tá perdida aqui sozinha é?- passei a mão no cabelo dela e olhei pra boca da mesma.

Ela nem falou nada e eu já puxei ela beijando a mesma, mó gosto de maconha pô, papo reto.

Dois drogados né pô.

Sai arrastando ela pra um barraco e a gente entrou, quando me virei ela tava deitada na cama e me chamou com o dedo mordendo o lábio inferior.

Sorri de lado e fui até ela beijando a mesma e depois fui descendo pelo corpo dela enquanto ela puxava minha camisa.

COVARDIA [M]Onde histórias criam vida. Descubra agora