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Guga 💸

Guga: Que parada é essa Kiara? Tá ficando com o menor aí no meio do baile.- ela me olhou com deboche.

Kiara: meu amor eu sou livre e desimpedida. - bufei.

Guga: mó ideia torta essa aí Kiara.- ela riu.

Kiara: não foi você mesmo que disse que não era nada sério entre nós? Era só um pente e rala? E outra você tava ficando com uma piranha no pagode e eu não falei nada.

Guga: pra me dar o troco no baile né.

Kiara: ué, eu só tô fazendo o que você faz, tá tão incomodado por que?- ela falou dando um gole na catuaba me provocando e eu saí de lá bufando.

Me encostei na grade do camarote e fiquei olhando de longe ela rebolar num menor que ela tava beijando e eu bufei. Ela me viu olhando e mandou beijinho me provocando e começou a se pegar com ele.

Guga: vai se fuder.- falei pra ela entender e a mesma riu mandando dedo.

Fui pro bar do camarote e me sentei pedindo uma vodka.

Joca: e ae cria.- ele sentou do meu lado fazendo toque comigo.

Guga: cadê a Ellen? Não veio não?- ele negou.

Joca: não pô, ela disse que tava com cólica, vou até passar lá depois pra cuidar dela.

Guga: certeza que tu é o tipo de namorado que todo mundo queria.- ele riu convencido.

Joca: eu sei pô.- neguei rindo e virei a vodka.

Guga: bebendo vodka porque o chá que eu quero brigou comigo.

Joca: alá menor tá sofrendo.- ele falou rindo - é nisso que dar não querer assumir a mina.

Guga: Iih vem me encher também não.- ele me olhou com deboche.

Joca: por que tu tá tão incomodado? Ela só tá fazendo o que você também faz.- mandei dedo.

Guga: tem mais nada pra fazer não Joca?- ele negou.

Joca: assume logo que tu gosta dela e assume ela antes que tu perca, até porque a Kiara não é como as outras minas que você pegou não, ela é diferente parceiro, então valoriza cuzão. - fiquei calado porque sabia que ele tava certo e bebi minha vodka.

* * *  

Baile tinha acabado já e eu tava saindo da quadra chapadão e vi a Kiara lá na frente encostada na minha moto.

Fui até lá e ela me abraçou me beijando em seguida.

Kiara: não gosto de ficar brigada contigo.- ela fez bico e me beijou de novo.

Guga: também não pô. Foi mal aí, nós dois tamo no erro, tá ligada?- ela negou.

Kiara: ideia mó torta essa aí.- ela me imitou falando e eu neguei rindo - vai vamo pro barraco de sempre.

Subimos na moto e eu guiei pro barraco, ela já foi entrando na frente enquanto eu fechava a porta.

Me virei e ela me puxou me beijando indo até a cama. Joguei ela na mesma e comecei a descer os beijos pelo corpo dela.

Entrei com a mão dentro do short dela e penetrei dois dedos nela por cima da calcinha ainda e ela mordeu o lábio inferior segurando o gemido. Fiquei fazendo os movimentos estimulando ela.

Ela puxou minha roupa subindo em cima de mim e se apoiou começando a sentar enquanto eu segurava na cintura dela ajudando nos movimentos.

* * * 

Cheguei em casa logo cedo e quando entrei vi que meu pai tava discutindo com alguém, eles pararam quando me viram e era uma mulher. Ela virou de frente pra mim e eu vi que era a tia do Lobo.

Naquele dia que a gente foi visitar a Anna meu pai discutiu com essa mulher, ficou estressado por uns dias, mas não quis me dizer o motivo, e agora eu chego aqui e encontro ela discutindo com meu pai.

Guga: o que tá rolando aqui?- meu pai suspirou.

Carlito: nada Gustavo, tô resolvendo umas coisas, esquece isso e não se mete.- ela riu com deboche olhando pro meu pai.

Geovana: já chega de mentira Carlito! Ele precisa saber a verdade.- olhei curioso.

Guga: quê? Que verdade? Do que ela tá falando pai?

Carlito: nada Gustavo, essa mulher é uma cobra, o próprio demônio, não acredita nela, vai pro seu quarto.- ela se aproximou de mim - não se atreva sua demônia.

Geovana: eu sou a sua mãe.- ela tocou no meu rosto e deixou algumas lágrimas caírem.

Guga: não, não pode ser, do que você tá falando? Para.- afastei ela que suspirou.

Geovana: eu sei que na sua cabeça eu sou um monstro, que abandonou o próprio filho, mas se põe no meu lugar, eu era nova, tinha só 16 anos, tava arrependida de ter me envolvido com um bandido e queria largar ele, aí descobri da gravidez e ele me obrigou a ficar e ter esse filho. Minha mãe morreu e eu nem sequer pude ir no enterro dela, eu tinha ódio dele e sabia que se eu te visse ia lembrar dele sempre... Mas aí quando você nasceu ele morreu e eu vi a oportunidade de fugir, eu sei que eu errei pra caralho e nem mereço seu perdão, mas eu mudei e tô arrependida pra caralho, querendo conhecer meu filho.

Guga: ainda bem que você sabe que não merece o meu perdão.- empurrei ela e subi pro meu quarto fechando a porta.

Passei a mão no rosto respirando fundo e deixei algumas lágrimas caírem.

É muita informação, ela chega assim de repente, é muita coisa pra eu processar.



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