darkness and shadows (Concluída)

Mas não sei se ela me namora

                     MAX MAYFIELD
                           Bad girl

Desde a morte do meu irmão é como se algo faltasse em mim, como se vê-lo morrer tivesse arrancado um pedaço meu, e de certa forma arrancou. Agora eu sempre estava em uma busca excessiva de algo que preenchesse essa parte minha que foi arrancada. Eu tinha um espaço na minha alma faltando, então eu o enchia com drogas, bebidas, jogos, apostas e BDSM. Quem me falou sobre a técnica sexual foi o Will, viramos muito próximos quando ele se assumiu gay, e em um momento acabou me contando sobre o seu passa-tempo erótico. Eu adquiri a sua dica, conheci sobre a proposta, era uma boa opção para mim descontar a raiva que eu tinha, descontar o meu rancor em alguém que gostava de sentir dor. E Liz, a garota que estava nesse momento de quatro para mim gemendo e implorando entre os sussuros para que eu batesse mais forte era um bom saco de pancada.

Não queria usar ninguém de saco de pancada, mas ela gostava. E eu gostava de vê-la gritar.

— S-sim senhora. - Liz sussurou ofegante
— Creio eu que você também esteja.

Me virei para a parte do quarto onde eu via uma pequena alteração, como se tivesse alguém ali. Sim. Eu sabia que ela estava lá, quando se vive entre monstros e criaturas malignas você consegue adquirir uma boa percepção de mundo, além desse, além dessa nossa realidade. Eu sentia a vibração.

— Com quem você está falando? - a garota me perguntou com o cenho franzido, achando estranho o meu olhar paisagem para a parede próxima a minha cômoda.

— Cala a boca.

Empurrei a cabeça dela de volta para ficar entre os seus braços algemados, à puxei pela cintura com força e abri um espaço entre suas pernas. Me posicionei embaixo dela e puxei sua parte íntima para ficar mais próxima do meu rosto, passei a minha lingua em volta do seu clitóris para instigá-la e de surpresa enfiei dois dedos em sua vagina. Rodei meus dedos com agilidade dentro dela, enquanto a mesma se retorcia de dor e tentava manter os gemidos mordendo o travesseiro e segurando com as mãos entrelaçadas a corda das algemas.

Me virei de volta para a parede perto da cômoda, e não senti mais nada. Ela não estava mais lá. Perdi totalmente a vontade de foder aquela garota que estava de quatro em cima do meu rosto, ela não era mais interessante. Seu corpo e aparência eram relevantes, mas à única coisa que fez isso durar mais tempo foi o fato de eu saber que Eleven estava ali. A garota boazinha me espionando com os seus poderes, talvez eu tenha corrompido sua pureza com a cena que ela vivenciou. Mas eu gostava disso, gostava de alguém que fosse puritano, assim eu teria à grande honra de lhe mostrar o pecado.

— Saia daqui.

Me retirei dentre suas pernas, peguei minha blusa verde e a vesti em meu corpo por cima da lingerie vermelha.

— Como assim? Mas a gente estava prestes a... - ela tenta justificar com um tom mais agudo. Eu respiro fundo e começo a pegar as roupas dela espalhadas pelo chão, caminho ate a mesma e entrego suas peças.

— Não me leve a mal, mas eu não estou mais com vontade - olhei para o rosto incrédulo, percebendo que a mesma não sairia enquanto eu não fosse rude - Será que da para você sair do meu quarto e me deixar em paz?

— Mas a gente estava quase... - começa a vestir suas roupas enquanto me olha chorosa. Por que às pessoas são tão sensiveís?

— Isso. "Estava", passado. Agora sai do meu quarto antes que eu me estresse.

Ela me olhou com raiva e saiu do meu quarto batendo a porta com toda sua força causando um estrondo entre as paredes.

— Se tiver quebrado eu vou mandar a conta para sua casa.