Minha mina, minha amiga, minha namorada

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                MAX MAYFIELD
                        bad girl
                            

Eu não acreditava que após anos, eu havia voltado aquela casa. Era como se fosse voltar para a minha infância, para minha vida na Califórnia, para todos os meus amigos e para as lembranças que um dia foram esquecidas na minha memória, mas que agora, estavam vividas em minha mente.

Olhei para o barco se afastando na imensidão do mar, conforme a maré batia, e me vi sozinha ao seu lado. Eu nunca me senti tão completa, de verdade.

Não é querendo ser clichê, ou uma idiota apaixonada; mas é que, sua presença conseguia despertar o melhor de mim, está ao seu lado me fazia esquecer das drogas, do sexo, da raiva, dos traumas, de absolutamente tudo que me fazia mal, porque eu estava ao lado dela. Tudo que fazia mais bem. Senti-lá, e me sentir amada, fazia a mesma Max que eu havia deixado na Califórnia anos atrás voltar para mim. A mesma Max feliz.

Eu queria manter aquela Max, desde que ela se mantivesse comigo.

—  Você gostou?

A percebi boquiaberta para a casa na sua frente. Nós observávamos ainda da praia a grande mansão, a maioria das suas colunas eram de madeiras e suas janelas de vidro cobria todo o local, deixando aparente o lado de dentro. A sala era o único cômodo que podia ser visto inteiramente; a maioria dos móveis eram brancos, e os estofados carregavam uma confortabilidade que nem sequer precisava sentar-se para sentir, as folhas das árvores em volta da casa caiam sobre o vidro poupando uma pequena parte do sol refletindo na vidraçaria. Era como uma caixa de vidro, muito bem ornamentada, minha família sempre teve bom gosto nesse sentido.

— Se eu gostei? Meu Deus! Essa casa ela é incrível.

A mesma retirou dos seus pés os sapatos que usava, para facilitar na sua corrida da areia ate o recinto. Isso não mudava o fato da terra se espatifar a cada passo seu, o que me fez rir, pois ela não havia se dado muito bem com a areia. Seu pé havia afundado em um buraco.

—  Aí que merda de areia - puxou o pé uma vez, mas ele permaneceu no buraco, puxou uma segunda com mais força, o que lhe fez ganhar impulso para trás e cair de bunda no chão. Eu gargalhava, enquanto ia até ela, que tinha um semblante chateado.

— Pode deixar comigo - me abaixei até ela, passei minhas mãos para de baixo das suas coxas, e a outra, em volta das suas costas, lhe acolhendo na posição em que o noivo carregava a noiva.

Ela jogou a cabeça para trás, enquanto sorria do meu esforço para carregá-la.

— O quê? Eu ainda sou a moda antiga, tá legal?

— Você é minha anti-romântica, completamente romântica.

— Você não zoa da minha cara, em senhorita Hopper.

— Senhorita Mayfield! Cansei de "Hopper" - me corrigiu, com um sorrisinho travesso nos lábios. Eu só conseguia focar em sua boca, e em seus peitos fazendo movimentos enquanto eu a carregava. Ela percebendo a situação, esticou ainda mais o corpo fazendo com que seus peitos se estufassem.

— Para com isso, Senhora Mayfield - destaquei na última palavra, ela piscou o olho para mim e me deu um beijo.

Eu retribui, deixando-me envolver completamente em seus lábios, me fazendo esquecer que carregava o dobro do meu peso, na areia, o que resultou em belo tombo já que minhas pernas se envolveram e afundaram na terra. Cai por cima dela, que grunhiu de dor, eu comecei a gargalhar com aquilo e ela me olhou brava por alguns segundos, mas sem conseguir resistir por muito tempo logo deixou que sua risada escapasse.

darkness and shadows (Concluída) Onde histórias criam vida. Descubra agora