Jogo charme, ela ignora

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                     JANE HOPPER
                          Good girl
                                ❥

Eu fui imatura e sem noção tentando resolver as coisas na ignorância, quando ela veio, ate mim eu deveria ter levado em consideração que essas garotas se atiram para ela, não é de hoje, nem de ontem e sim há muito tempo. Deveria ter conversado, mas preferi ignorá-la, e isso estava resultando na minha consciência pesada martelando a cada pensamento meu.

— A Max é assim - Will pronunciou, enquanto esfregava o chão para limpar as manchas de bebida da noite passada. Esse era seu castigo, tia Joyce disse que ele não sairia de casa enquanto ela não estivesse brilhando de tão limpa. Então, eu, Pansy e Dustin viemos ajudar.
— Ela fica com raiva, aí some, prefere resolver os problemas, sozinha e depois volta como se nada tivesse acontecido. Ela nunca deixa ninguém ajudá-la, e isso é um saco!

— Nós sempre tentamos, oferecemos ajuda, acredite! Insistimos bastante, mas ela nunca aceita - pansy ponderou — E o pior é que se não formos atrás, ela não vem.

— Então como eu faço? Se ela não quer conversar, nem sabemos o que tá acontecendo com ela.

— Isso é óbvio, né? - dustin indagou e parou de limpar os móveis — Temos que ir atrás dela, vai vê aconteceu algo.

— Você tem razão! Vamos terminar aqui, e vamos até ela. Eu posso convencê-la a conversar comigo, tenho certeza que vai me ouvir.

— Ótimo! Terminamos aqui e vamos até lá.

Pansy falou, determinada. Eu concordei e voltei a andar pelo mar de garrafas de vidro espalhadas pela sala, panhando cada uma e jogando dentro do saco de lixo.

                              ❥

A casa do Byers nunca esteve tão limpa, claro que eu dei uma ajudinha com os meus poderes longe dos olhos de Pansy para agilizar. Nós andávamos pelo sol quente, cada um em sua bicicleta pedalando até a casa de Max, Will falou que seria mais rápido para chegarmos lá e embora eu não soubesse andar de bicicleta, por mais patético que pareça, consegui ir ao bagageiro da bike de Pansy.

Quando paramos em frente a casa da Max, a porta estava aberta e a mãe dela, assim como os vizinhos da ruiva estavam sentados no sofá ouvindo a Sra. Hargrove
narrar uma história. Podíamos ouvir as lamentações e os suspiros de desânimo de cada um presente no local da calçada. Eu olhei para Will, que arregalou os olhos e engoliu um seco com uma expressão clara de preocupação, assim como Dustin e Pansy. Senti meu coração errar as batidas, e minha respiração ficar desregular, o medo me acolheu como nunca fez antes e minha única preocupação era ela.

Movida pela coragem e pela loucura de vê-la, eu fui a primeira a pisar na casa. Assim que eu passei pelo pequeno corredor e segui ate onde todos estavam sentados, todas os olhos curiosos se viraram para mim, esperando que eu me apresentasse.

— Ah eu é, eu sou a - parei por um instante, eu realmente não sabia o que eu era da Max — Onde está a Max?

A mãe da garota pousou a xícara que tinha em mãos na mesinha de centro, passou as mãos no vestido para assentar o tecido e me olhou, eu podia vê de longe as lágrimas se formarem em seus olhos. Ela abanou o rosto, como se isso fosse impedi-la de chorar, eu franzi minha sobrancelha e senti um bolo de espinhos descer pôr a minha garganta.

— Oh eu tô sendo exagerada - ela fungou decepcionada — Mas é que isso não acontecia há tampo tempo, d-desde, desde a morte do Billy.

As lágrimas desciam pelo seu rosto, eram lágrimas pesadas e ressentidas. O Sr. Hargrove abraçou a mesma, uma das mulheres lhe estendeu um lenço, ela aceitou sem reclamar e limpou o seu rosto.

darkness and shadows (Concluída) Onde histórias criam vida. Descubra agora