Pois eu vou

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MARATONA 7/9
desculpa não ter postado ontem, estava sem internet. E para quem não entendeu, o nome dos capítulos é a letra da música de Seu Jorge, "Minha mina, minha amiga, minha namorada. Minha gata, minha sina do meu condomínio"

                    MAX MAYFIELD
                           bad girl
                                ❥

Antes eu bebia por estar triste, agora, eu bebo por estar feliz, o importante é ficar  chapada. Juntei Pansy, Dustin e Will para irmos até à casa da EL, eu faria uma serenata, por mais que não desse certo já que nós estávamos muito bêbados para, pelo menos, estabelecer o ritmo da música. Fomos mesmo assim, é como a minha mãe dizia "o que vale é a intenção".

Depois de eu cair no chão, Dustin quebrar os dentes, Pansy quase ter um enfarto de tanto rir e Will ficar maluco, fomos para o parque de diversão. Nos dias de domingos essa era a única atração da cidade, além da lady jane, claro. Enquanto passávamos pela ponte, para atravessar até o parque, vi uma coisa estranha. Muito estranha, na verdade.

Na metade da travessia, um vento nos invadiu, era normal já que era um dia nublado. Mas, quando entre a poeira que se aglutinava avistei uma pessoa, eu quase pulei de susto. Forcei meu olho para vê melhor, mas só enxerguei cabelos ruivos como o meu, olhos azuis intensos e sorriso um tanto demoníaco. Era como se fosse eu, mas bem diferente, mesmo sendo igual. Como se fosse, outra versão de mim.

— Vocês viram isso?

Me virei para os meus amigos que pararam de cantar a música "eu não nasci gay, a culpa é do meu pai", ou melhor, Will cantava sua própria adaptação para a melodia "eu não nasci gay, a culpa é do meu melhor amigo, chamado mike wheller que mostrou o seu pinto". O Will bêbado trazia sérios problemas, e deixava escapar vários segredos.

— O quê? - dustin perguntou, com um pedaço de pano enfiado na boca, para estancar o sangue, pois, havia machucado a gengiva durante a queda.

— Isso! Vocês não viram a pessoa? Ou melhor, eu!

— Tô te vendo agora, né! Num sou cego - retirou o pano da boca, só para beber um pouco de vodca.

— É lógico que você tá me vendo agora, né seu bocó desdentado - ele mostrou a língua para mim, de uma maneira infantil
— Tô falando do vento, a garota que apareceu.

Eleven se aproximou de mim e colocou a mão sobre a minha testa, como se verificasse a minha temperatura.

— Você deve ter bebido demais - afirmou.

— Pode ter sido, mas eu tenho certeza que eu vi outra de mim bem ali - apontei marrenta para o canto onde minha alucinação estava, ela gargalhou, passou seu braço em volta do meu ombro e eu a segurei pela cintura, começamos a nos movimentar. As luzes do parque já irradiavam de longe, e a roda gigante já podia ser avistada.

— Duas Max? Como você pode achar isso ruim? Seriam duas Max só para mim - eu revirei os olhos com sua observação.

Ao passarmos pela entrada, lotada de crianças comprando doces e comidas, fomos comprar nossas fichas.

— Nossa, era para trazer dinheiro? Eu não sabia - pansy disse.

— Você acha que a gente veio a um parque de diversão para que? Gastar calorias, ou dinheiro? - Dustin perguntou.

— Depende - Will se pronunciou com a voz lenta e embargada de tão bêbado — Dali para cá, a gente andou 1000km, então nós gastamos calorias e...

Dustin pegou outro lenço limpo do bolso e enfiou na boca de Will, fazendo ele se calar, o mesmo não persistiu.

— Hmm tem gosto de bebê - falava com a voz abafada, praticamente sugava o pano pelo gosto bom que tinha.

— Ele vai se engasgar - Pansy falou, ao ver Will tossir.

— É bom que morre logo.

— Quanto amor - EL ponderou ironicamente, enquanto vinha em nossa direção com os ingressos dos brinquedos em mãos — Toma aqui!

Distribuiu cinco para cada um de nós, e saímos em direção a uma grande fila de um brinquedo chamada samba. Era esférico, com ferros em volta de toda a extensão do mesmo, tocava músicas altas e o brinquedo balançava de forma engraçada, como se fosse realmente um samba. Podia ver lá de cima uma pessoa no meio do brinquedo, parecia que tudo em sua volta balançava, menos no meio já que ele apenas se equilibrava, as pessoas sentadas nos bancos pulavam a cada batida forte do brinquedo, algumas delas não se seguravam e acabavam caindo por cima dos outros pagando uma grande vergonha dependendo da posição.

— Próxima fila! - anunciou o homem, dono do brinquedo, abriu a pequena porta de ferro que bloqueava a passagem para o outro lado e as pessoas foram correndo para dentro, tomarem os seus lugares. Arrastei Will, com Pansy para dentro, ele praticamente dormia e parecia, literalmente, desacordado ao não ser pôr as coisas que resmungava hora ou outra.

— Coloca ele aqui - sugeriu pansy, apontando para o meio do brinquedo, a olhei intrigada e confirmei sorrindo, tirei seus braços do meu pescoço e o deitei no meio do brinquedo. Ele estirou os braços e começou a cantar algo sem sentido.

Fui para o lado de EL, que sorria abertamente de Will deitado no chão em volta de um monte de pessoas, totalmente bêbado e desacordado. Sorri com o seu sorriso, e sentei ao seu lado, passei minhas mãos em volta da sua cintura e a puxei para mais perto colando nossos corpos, segurei com a outra mão na barra de ferro e o brinquedo começou a se movimentar. Devagar, de início, todos continuavam em seus lugares.

Ate ele dá uma girada repentina, fazendo algumas pessoas girarem para o sentido oposto e começarem a escorregar entre os bancos. Uma dessas pessoas foi a Pansy, que logo conseguiu se agarrar na camisa de um cara o puxando em sua direção para poder de levantar, o mesmo rapaz acabou caindo no chão e a Parkinson tomou o seu lugar.

— VALE TUDO NA GUERRA!!! - começou a gritar. O mesmo homem rastejou em sua direção e a puxou pelas mangas da calça que usava fazendo eles dois bobearem, pois, o brinquedo começou a pular e se balançar ao mesmo tempo. Eu pulava no banco, assim como EL que gargalhava da posição que Pansy se encontrava. Ela estava em pé, com ambas às mãos no ferro e o garoto que ela havia desafiado estava logo atrás dela, ambos estavam colados e pulando, dando a impressão de estarem transando.

— UHUUU! - eu gritei — PORNOZAÇÃO AO VIVO.

Dustin e Eleven cairam em uma gargalhada altamente contagiosa que fizeram todos rirem. Olhei para baixo, para vê como Will ia, e ele não poderia estar melhor. Tava deitado, virado para o lado, com a bunda empinada, a cabeça em cima das mãos, roncando. Ele parecia estar em sua cama, a única diferença é que em sua cama ele não pulava para cima e para baixo como uma bolinha de pingue-pongue.

Ao brinquedo parar de pular, Pansy e o menino se sentaram com suas caras emburradas pelo ocorrido. Me virei para Dustin, ele estava sorrindo e mostrando o grande espaço onde ficava seu dente da frente. EL deu uma escorregada no banco, mas eu a puxei de volta por um fio, antes que ela caísse entre o colo das pessoas.

Quando o tempo de diversão acabou, todos gritaram satisfeitos pela experiência. Peguei Will, com Dustin e saímos dali.

— Em qual nós vamos agora? - perguntou EL.

— Que tal irmos ao carrinho bate-bate? - sugeriu Pansy.

— BORA BORA BORA BORA - Will começou a gritar.

Gargalhamos dele e seguimos para o carrinho bate-bate, Pansy se posicionou em um com o desenho do super choque e eu coloquei Will ao seu lado, colocamos o cinto de segurança nele e quando eu já ia me sentar lady jane, me chamou.

— Oi My Lady.

— Que tal deixarmos eles irem nesse e nós iremos em outro - ela se virou para o mar de brinquedos em volta — Seria uma boa irmos à roda gigante, não acha?

Me virei para o brinquedo apontado, a roda era gigante com luzes coloridas em volta da mesma e tocava uma música lenta, a maioria que embarcou no brinquedo eram casais.

— Claro.

darkness and shadows (Concluída) Onde histórias criam vida. Descubra agora