Setembro de 2012Senti o sol acariciar meu rosto pela manhã. Não era um calor que incomodava, mas revigorava uma parte espiritual minha. Não me lembro qual foi meu sonho, mas julgo não ser tão importante quanto as memórias da noite passada.
Nunca dormi numa cama tão confortável quanto essa, e sinceramente, me pergunto como vim para aqui no instante que abro os olhos e analiso onde estou. Minha cabeça dói tanto que minha vontade é de vomitar meu cérebro fora.
Me espreguicei e notei bastante coisa estranha. A cortina não estava aberta ontem de noite quando caí no sono, e eu... eu não estava usando esse pijama. Como que eu troquei de roupa e não me lembro!?
Me sentei abruptamente na cama, pensando se eu e Alex... aí, droga! Eu não me lembro! Aconteceu mais do que deveria?! Como parei com essa roupa?
Tentei escutar alguma coisa, qualquer coisa, mas tudo estava quieto demais. Era um silêncio que nunca pensei que seria numa casa como essa. Imagino que há tanta gente trabalhando por aqui que seria deveras movimentado e barulhento. Mas tudo que eu conseguia ouvir eram alguns pássaros.
Esfreguei o rosto e senti algo ainda mais estranho: minha maquiagem evaporou. Não só a base que Alex tirou ontem mas tudo! Batom e máscara de cílios. O que raios aconteceu enquanto eu dormia, ein?
PARA TUDO! QUE HORAS SÃO?!
Eu deveria ter voltado pra casa ontem antes da meia noite com Nate! Minha mãe vai me esganar, vai me matar, vai me trancar no sótão e me servir de petisco pros ratos todo o outono, aí caramba!
Tirada de meu pensamento, ouvi a porta se destrancar por fora e assim que ela abriu, Alex apareceu segurando uma bandeja pequena. Tinha um sanduíche, um copo de suco e uma pílula pequena ao lado. Seus olhos me analisaram por um momento, igual a mim.
Ele usava uma regata branca e calça moletom preta. Ele usava um fone de ouvido até perceber que eu estava sentada meio sem graça em sua frente. Alex colocou a bandeja ao lado da cama, numa mesa pequena que tinha próximo da cabeceira, e tirou os fones do ouvido.
- Acordei você? - Me perguntou de forma casual.
Notei que seus cabelos estavam secando, algumas partes ainda úmidas eram perceptíveis. Estou completamente confusa e perdida no tempo. Sinto que dormi mais do que deveria. Esfreguei os olhos por um instante.
- Acordei faz uns minutos. - Respondi. - Que horas são? Onde está meu celular? Eu preciso ligar pra minha mãe.
Eu tentei me levantar, mas uma dor estridente veio justo em minha têmpora, me fazendo ficar sentada e fechar os olhos com força.
- Oito horas. - Ele respondeu se aproximando da bandeja novamente. - E alguns poucos minutos. Pegue.
Ele estendeu o copo de suco pra mim e o comprimido com a outra mão. Olhei um pouco confusa sobre o que seria aquilo.
VOCÊ ESTÁ LENDO
S.O.S Adolescentes No Ensino Médio (ORIGINAL)
RomanceÉ possível que o ódio desencadeie um amor? Ao conseguir uma bolsa de estudos para um colégio de elite em sua cidade natal, Bakersfield, Güenevere Blake acaba descobrindo as dificuldades que é estudar num ambiente rodeado de pessoas da classe alta. I...