| 40. Plebeia e Herdeiro |

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(Guenevere Blake Lavender)

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(Guenevere Blake Lavender)

Acho que a mesa do café da manhã nunca ficou tão silenciosa antes.

O sol apareceu nesse dia com alguns pássaros cantando pela janela. Entretanto, não demorou muito pra ficar nublado, algo que eu achava interessante e bonito durante esse inicio de outono ou algo assim. E mesmo depois de pensar diversas vezes sobre o que aconteceu nesse meio tempo, torci para que no fundo fosse um sonho maluco na qual estive presa esse tempo todo, sinceramente. Mas não era, e eu precisava lidar com o que ocorreu.

Não digo num mal sentido, claro. Honestamente, acho que nunca senti meu sangue borbulhar tanto em excitação e euforia em toda a minha vida. Ficar perto do Alex me deixava assim, confusa, caótica, irritada e com sede por mais. Insegurança e ansiedade eram as únicas coisas que passavam por minha cabeça a cada segundo, e eu me esforçava pra manter isso longe.

Prometi para mim mesma que iria tentar. Que daria uma chance pra isso.

- Estamos de luto ou...? - Minha mãe quebrou o silencio. - Seria interessante, pra variar, ter esse mesmo silêncio nos fins de semana quando quero maratonar minhas novelas.

Nate mastigava seu queijo quente devagar. Sua expressão não estava muito amigável desde a noite passada, onde tentei explicar toda essa loucura, mas sua mente simplesmente travou no fato de eu e Alex estarmos namorando agora. Seus olhos me olhavam como se ele quisesse me dar um tapa na orelha.

Pedi para que ele não contasse nada pra minha mãe ainda. Ainda está muito cedo. Tudo isso está muito cedo.

- Estão me deixando de fora. O que estão aprontando? - Felícia bebericou de seu cafe, estreitando seus olhos em ambas as direções minha e de Nate.

- Não é nada. - Nate deu de ombros e utilizou de seu sarcasmo. Continuei comendo meu cereal tranquilamente. - Eu só acho engraçado que...

Chutei seu calcanhar na mesma hora, sabendo que ele abriria aquela boca. O fuzilei com o olhar e recebi do mesmo tratamento.

- Não é nada. As provas do semestre são próxima semana, deve ser o estresse. - Terminei de comer e peguei minha bolsa. - E hoje meu amigo vai dar carona pro Nate e pra mim, então as bicicletas vão ficar na garagem.

Nate franziu o cenho na minha direção. Eu não tinha contado essa parte pra ele ontem. Minha mãe suspirou, tirando o olhar suspeito do rosto e começando a limpar a mesa do cafe da manha. Nate se levantou e pegou a sua mochila.

- Certo. Hoje vou entrevistar pessoas pra tomarem de conta do outro café. - Ela avisou. - Tem sobras na geladeira pro jantar. Acho que vou chegar tarde hoje.

Acenei com a cabeça até Nate me puxar para a porta.

- Você tá brincando, ne? - Ele murmurou. - Não vou entrar no carro daquele imbecil. Prefiro ir sozinho.

S.O.S Adolescentes No Ensino Médio (ORIGINAL)Onde histórias criam vida. Descubra agora