| 10. Na Cara Do Perigo |

14.2K 1.2K 5K
                                    

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Agosto de 2012

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Agosto de 2012

Alex cruzou os braços e respirou fundo antes de me encarar. Não era necessário ser um gênio para saber que ele estava prestes a soltar os cachorros para cima de mim.

Seu olhar poderia me dizer tudo, e novamente, me passaram o sentimento de familiaridade. Se eu me esforçasse um pouco, eu poderia entender o que isso significa, mas por ora, eu estou trêmula e muda. Eu não deveria estar com medo. Não foi culpa minha. Mas era inevitável não tremer com seu olhar.

- Então, bolsista, - Ele deu um sorrisinho hostil. - Como pretende pagar pelos estragos? Podemos negociar. Não tenho problemas com isso. - Suas sobrancelhas arquearam de forma sardônica. Ele estava, claramente, fazendo pouco da minha cara.

As pessoas que estavam em volta observavam aquela cena com curiosidade e um sorriso nos lábios. Era divertido pra eles. Seria divertido ver o que aconteceria comigo depois de todo esse furdunço. Eles queriam ser entretidos, queriam ver Alex surtar, quem sabe. Não sei o que passa nas cabeças dessas pessoas, mas com certeza não eram os melhores desejos.

- Não posso pagar. - Murmurei, fechando a mão em um punho, tentando conter lágrimas de raiva.

- Erga-se e fale alto, garota. Odeio resmungos. - Ele disse impaciente.

- Não posso pagar! - Aumentei meu tom para que ele pudesse ouvir.

Seus olhos se apertaram um pouco, parecia estar confuso e surpreso, mas logo, ele revirou os olhos e me olhou de cima a baixo. Pude sentir uma total repulsa exalar de seu olhar.

- Eu... isso não foi causado por mim! Não posso pagar pelos erros das pessoas. Isso é injusto! - Rebati, forçando-me a encarar Alex.

Ele olhou em volta sem muitas emoções.

- E tem alguém que possa provar isso? - Ele perguntou, me encarando de volta e dando um passo à frente. - Você pode provar isso?

Eu olhei para várias pessoas ao redor de nós. Todos os olhos zombeteiros procuravam outras direções para mirar. Alguns simplesmente me encaravam com uma onda de cinismo. Eles sabiam, mas se recusaram a me ajudar.

S.O.S Adolescentes No Ensino Médio (ORIGINAL)Onde histórias criam vida. Descubra agora