Agosto de 2012
( Guenevere Blake Lavender )Nos primeiros segundos, eu confesso ter ficado nervosa. Eu não sabia exatamente o que dizer pra ele. Haviam muitas coisas, de fato, mas não o ver pessoalmente fazia com que eu não conseguisse explicar cada uma delas do modo que eu gostaria. De certo modo, eu também tenho medo de falar algo que eu não devo. Às vezes, eu e Bryan discutimos sobre algumas coisas. Certamente, eu posso ser irritante de vez em quando, mas é algo que eu procuro melhorar por ele. Do mesmo jeito que ele só quer o melhor pra mim, quero mostrar que acolho isso vindo dele.
— Blake? — Sua voz soou como um bálsamo.
— Bryan. — Saiu quase como um suspiro de alívio. — Céus, como é bom ouvir sua voz depois de tanto tempo.
— Também estou feliz de ouvir a sua, querida. — Ele respondeu. — E aí, alguma novidade por aí? Desculpe por estar tão afastado. Estou resolvendo muitas coisas ainda. A fraternidade que eu estou esteve em festa por uns dois dias ou algo assim. Malucos. As coisas estão meio caóticas.
— Entendo. Não se preocupe. Deve ser bem estressante então, já que você não suporta festas. — Sua voz parecia cansada.
Quando nos conhecemos, eu estava no sétimo ano e ele no nono. Nessa época, eu ainda morava em Los Angeles e estudava no colégio público por lá. Nós não falávamos muito um com o outro, mas algo chegou a aproximar a gente quando faltava um ano e poucos meses que eu iria me mudar. Óbvio que eu não sabia disso até chegar tão próximo. Conversamos sobre muitas coisas e fomos nos conhecendo melhor.
— Você já fez algum amigo? As pessoas da universidade são ao menos legais? — Perguntei.
— Bem, são festeiros e comunicativos demais. Em geral, não é muito diferente do pessoal do colégio. Tipo o grupo dos Pipers. Cara, por aqui as coisas são malucas. — Pipers eram um grupo de irmãos que estudava na sala dele, na época que nos conhecemos.
Vez ou outra, Sanders Piper, o irmão mais velho dos outros três, colava chicletes no meu cabelo. Era insuportável, mas Bryan era o seu melhor amigo. Quando começamos a namorar, eles me deixaram mais em paz. Eles não eram, de fato, bullys. Mas incomodavam a maioria do pessoal que conviviam com eles, incluindo a mim. Sem muitas escolhas, no caso.
De qualquer modo, Bryan tinha um bom humor no tom de voz.
— Visitei algumas galerias também com um pessoal. Eu tô compartilhando o quarto com uns dois caras. São uma figura, acho que você gostaria de conhecê-los. Nós saímos por aí umas duas vezes já.
Desde que Bryan terminou o colégio, ele conseguiu entrar na universidade de Los Angeles bem em seguida. Notas boas e bom comportamento. Ele conseguiu se enturmar bem mais rápido do que pensei que seria e, de certa forma, fico feliz por isso. É algo bom pra ele. E, pelo visto, seu tempo estava sendo preenchido com novas atividades durante o tempo. Ele tinha novos ciclos e novas pessoas a quem recorrer se precisasse de algo.
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S.O.S Adolescentes No Ensino Médio (ORIGINAL)
RomanceÉ possível que o ódio desencadeie um amor? Ao conseguir uma bolsa de estudos para um colégio de elite em sua cidade natal, Bakersfield, Güenevere Blake acaba descobrindo as dificuldades que é estudar num ambiente rodeado de pessoas da classe alta. I...