Terzo Capitolo

2.5K 268 16
                                    

Aviso: Oi gente, nossa feliz dia das mulheres atrasado, desculpa não ter dado ontem dia 8, mas eu estou com virose e ontem passei o dia ontem no hospital então até esqueci que dia era. Hoje teremos dois capítulos que era a programação de ontem.

Espero que me perdoem por esquecer esse dia, e feliz dia das mulheres para todas nós, que possamos sempre crescer e nunca regredir em tudo que conquistamos.

Bjs.

______________________________________________________________________________



Pietro Santinelle

- Vamos amor - diz Bernardo me chamando para entrar no avião.

- Vamos papai, vamos - diz Samuel já dentro do avião.

Samuel cresceu tão rápido, que nem parece que faz só dois anos.

Me pego pensando em Soren durante o voo para o Brasil, já faz mais de dois anos sem nenhuma notícia do meu bebê.

Dois anos sem saber se ele está comendo direitinho, se ele está dormindo embaixo de um teto, em uma cama confortável, se está aproveitando sua infância.

Bernardo moveu os céus e a terra para tentar encontrar nosso bebê, mas não havia nada, nenhuma informação, nada saiu de ninguém. Não sabemos quem foi, ou o motivo, Bernardo e os outros até tem teorias, mas nada confirmado, e isso me mata.

Eu as vezes ainda acordo chorando com medo do que possa ter acontecido com meu pequeno bebê, isso rende a mim e a Bernardo noites em claro comigo chorando.

Eu simplesmente não consigo.

Soren era meu pequeno bebezinho, que eu só peguei uma vez no colo, eu só tive uma chance de olhar em seus olhinhos e de ver seu rosto.

Alguém tirou meu bebê de mim, e até agora essa pessoa não foi punida por isso, e isso me enlouquece.

- Papai vamos - chama meu pequeno amorzinho.

Samuel como imaginávamos e ruivo de olhos azuis, ele e bem fofinho, com bochechas grandes que dá vontade de apertar de tão fofas.

- Vamos amor - digo pegando-o no colo descendo do avião.

- Papai por que estamos indo primeiro no Rio de Janeiro? - pergunta enterrando o rostinho no meu pescoço - papai disse que que a Bahia e linda.

- Porque quando nos casamos não conseguimos conhecer o Rio de Janeiro, e seu pai me prometeu que voltaríamos aqui - explicou para ele.

Ponho Samuel no chão e me distraio por uns segundo com ele no chão conversando com Bernardo.

Quando olho para baixo não vejo ele, eu me desespero quando não o vejo.

Outro fato sobre a perda de Soren e que eu não consigo não saber onde Samuel está o tempo todo.

- Bernardo - chamo desesperado - cadê ele? - perguntei ainda mais desesperado.

Bernardo olha pelos lados tão desesperado quanto eu, assim que procura Samuel pelas redondezas e não o vê.

Eu saio correndo para um lado procurando Samuel. Eu olho para todos os lados junto com Bernardo.

Vejo um cabelinho ruivo encaracolado perto de um homem sentado do lado de fora do aeroporto.

Corro até ele, e vejo um rosto que pensei que nunca mais iria ver novamente.

- Samuel – chamo.

Meu bebê se vira para mim e sorri vindo andando desengonçadamente para mim e Bernardo.

Depois de pegar meu bebê no colo, olho novamente para o homem e confirmo quem é.

- Olá novamente Benjamin - digo assim que reconheço o garoto a minha frente.

Ele olha para cima com os olhos arregalados, aposto que ele nem esperava que o encontraremos novamente, e se espera-se tenho certeza de que não esperava que eu ou até mesmo Bernardo nos lembraremos dele.

- Senhor - disse ele ainda com Samuel em seu colo - senhor Pietro e senhor Bernardo eu...

Ele começou a falar, mas é interrompido por Samuel nos olhando.

- Papai - ele pula no colo de Bernardo.

Sorrio por ele lembrar nossos nomes, e sinto que Bernardo também não se incomodou com isso bem ao meu lado.

- Eu sinto muito, não sabia que era filho de vocês - o menino diz desesperado nos olhando.

O que esse menino deve ter passado para pensar que pensaríamos uma coisa dessas dele? Per Dio espero que não o que eu estou pensando.

Bernardo parece não prestar atenção nisso e sim nas roupas que o menino está usando, e essa e a primeira vez que reparo nas roupas dele, são as mesmas roupas que demos a ele a quase três anos, a mesma coisa é a mesma blusa de frio, elas estão exatamente do jeito que nos demos a ele, como se nunca tivesse saído da loja, mas ainda sim grande no seu corpo.

- Acho que lhe devemos um almoço pelo menos por ficar de olho no nosso filho - disse Bernardo olhando o menino.

Benjamim assim que escuta a voz grossa de Bernardo ele abaixa a cabeça e percebo que está vermelhinho, o que me faz pensar o quanto ele é fofo.

Olho Bernardo com Samuel quase dormindo em seu colo.

- Ele está certo - concordo com Bernardo me voltando para o menino a nossa frente - além disso saiu sem se despedir da última vez.

O menino parece corar ainda mais com as minhas palavras, o que arranca um sorriso de mim e de Bernardo.

- Eu realmente não estou com... - Antes que ele pudesse terminar de falar o estomago dele ronca alto.

- Não está com fome - digo terminando a frase mentirosa que ele estava prestes a falar - seu estomago diz outra coisa, Benjamin.

O menino a nossa frente pareceu analisar nosso convite, quando seu estomago ronca outra vez, indicando a fome que deve estar sentindo.

- Eu acho que vou aceitar a sua oferta - disse ele baixinho.

Isso me arranca um grande sorriso do rosto, e de Bernardo também.

- Isso é bom - digo sorrindo para o menino que fica ainda mais vermelho - então acho melhor irmos, já que ninguém aqui ainda comeu.

Assim que Samuel percebe Benjamin com a gente ele quase se joga nos braços do menino, que o recebe que bom grado.

- Isso foi rude príncipe - disse Bernardo repreendendo o Samuel - você não pode pular no colo de uma pessoa sem pedir a permissão dela, no dos papais é diferente, porque somos seus pais, mas Benjamin não é seu pai e um amigo seu, então sempre peça permissão.

- Sim papai - disse Samuel olhando Bernardo, depois Benjamim - desculpa Benjamin.

- Tudo bem – fala o menino sorrindo para meu filho, que logo retribui o sorriso.

Samuel começa a falar animado com o menino e nenhum deles se lembra de mim e de Bernardo bem atras deles.

- Quer interrogar esse menino tanto quanto eu amor? - Bernardo me pergunta baixinho.

- Quero - respondo baixinho igual a ele olhando os dois a nossa frente - e vou fazer isso hoje.

Vai ser um longo almoço. 

Te Encontramos Novamente Garoto (Trilogia Meu Criminoso - Livro 02)Onde histórias criam vida. Descubra agora