Diciassettesimo Capitolo

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Benjamin Ferrera

Assim que aterrissamos na Itália vejo que já era de noite, mais especificamente pelo que Samuel me falou já eram um da manhã no momento em que o avião pousou.

Assim que descemos vejo um homem muito parecido com o sr. Bernardo, e outro homem bem ao seu lado, mais jovem, ambos muito bonitos e pareciam nos esperar.

Assim que entramos no carro, o outro homem, o mais jovem que estava dirigindo, que agora sei que o nome é Hericco.

- Quero saber de onde veio esse menino Pietro – disse ele assim que estrou no carro.

A vergonha bateu na hora, e eu abaixei a cabeça completamente corado para que ele não visse, mesmo que estivesse tudo escuro.

- Benjamin é aquele menino que eu te falei Hericco – disse o sr. Pietro olhando o outro homem – ele era um menino de rua, e como Samuel gostou muito dele decidimos trazer ele para morar conosco – disse calmamente como se fosse a coisa mais normal do mundo.

Pessoalmente eu não acharia nem um pouco normal convidar uma pessoa que eu nem ao menos conhecia para morar comigo.

- Samuel gostou dele? – Hericco perguntou muito surpreso mirando seu olhar em mim, me analisando de cima a baixo enquanto dirigia.

- Estranhamente ele gostou – disse o sr. Bernardo – simpatizou com ele no primeiro momento que o viu, pareceu até um ima – fez a piada arrancando um sorriso do outro homem que estava com eles.

- Interessante – disse ele voltando o olhar para a direção com mais atenção ainda, mesmo parando se perder em seus próprios pensamentos.

- Não implique com ele Hericco – disse o sr. Pietro do meu lado, me fazendo sorrir minimamente com suas palavras.

- Não estou implicando – disse Hericco ironicamente, não me passando nenhuma certeza e verdade com suas palavras.

- E eu sou virgem – resmungou o sr. Pietro, fazendo o sr. Bernardo rir.

Pietro Santinelle

Finalmente já é de manhã, eu estou muito ansioso, mas antes de mim e Bernardo sairmos temos que acordar Samuel, Benjamin e dar algumas instruções para eles.

Bernardo está acabando de se vestir, e eu como já estou pronto, vou até o quarto de Samuel, vendo meu bebê dormir igual um pequeno anjinho.

- Príncipe do papai – digo baixinho beijando sua grande bochecha.

Samuel resmungou um pouquinho, mas abriu os olhos azuis para me olhar, porém, logo em seguida os fechou novamente escondendo o rosto no meu do travesseiro e resmunga baixinho, fazendo ele parecer ainda mais fofo.

Rindo do meu bebê, o pego no colo e vou com ele para o banheiro. Samuel está com o rosto em meu pescoço ainda ressonando já que ele não quer acordar, mesmo sabe que tem que acordar.

- Vamos príncipe – digo tirando ele do meu pescoço e o arrumando no meu colo, ouvindo-o resmungar por ser acordado.

- Papa, nem quero – resmungou ele querendo esconder o rosto no meu pescoço novamente, mas eu não deixo.

- Você tem que acordar príncipe – digo beijando novamente sua bochecha carinhosamente.

Mesmo resmungando e não querendo Samuel escova os dentes e eu o ajudo a se vestir, quando descemos vejo Benjamin com uma roupa nova minha na mesa já comendo junto com Bernardo.

- Buongiorno (Bom dia) – digo chegando na mesa.

Coloco Samuel na cadeirinha dele e coloco um pouco de comida para ele também. Meu filho me olha um pouco com os olhinhos pidões e eu sei bem o que ele quer, mas eu prometi para Bernardo que pararia de dar mamar para ele.

- Você sabe que não – digo sendo firme com ele, mesmo querendo muito sucumbir aos olhinhos lindos dele.

Samuel se vira para a comida, mas não come nada, e eu sei que ele estava fazendo birra e que iria comer logo quando percebesse que nada mudaria minha decisão.

- Bom dia sr. Pietro – disse Benjamin de cabeça baixa assim que eu me sentei na ponta da mesa, em frente a Bernardo.

- Não me chame de senhor – digo olhando para ele – eu só tenho vinte anos, ainda não sou tão velho como Bernardo – digo vendo Bernardo me olhar com uma cara nada boa – que está com quase trinta anos, você pode chamá-lo de senhor – digo sorrindo debochado para ele.

- Eu só tenho trinta anos – disse ele me olhando – ainda não sou um senhor, senhor Pietro Érico Santinelle.

Ele disse e eu sei que e só para me irritar. Isso faz Samuel rir ao meu lado, e isso faz tanto eu quando Bernardo também rirmos.

- Nós vamos precisar fazer uma coisa hoje Benjamin – digo finalmente ficando sério olhando para Benjamin – você ficará provavelmente a tarde inteira com Samuel.

Mesmo confiando nele ainda deixarei alguns, vários, soldados observando todos os passos deles hoje enquanto não estamos.

- Nós provavelmente vamos voltar na parte da tarde, ou de noite – disse Bernardo também sério – o almoço de vocês será servido ao meio-dia em ponto, nós não gostamos que Samuel coma em horários diferentes, então sempre ao meio-dia é o almoço – continuou ele.

- Na parte da tarde as três em ponto vão servir alguma coisa, um café da tarde, geralmente um bolo ou pões com presunto e queijo bri, ou outras coisas, mas se quiser algo específico e só pedir para a Edna – digo mostrando a moça na cozinha.

- O quarto de Samuel é o segundo quarto a esquerda – disse Bernardo – você pode andar pela casa e podem se divertir, mas a primeira porta do corredor ao lado direito ela é proibida a entrada – falou, mesmo que ela esteja trancada é sempre bom visar.

- O quarto está trancado, mas como sabemos que Samuel quer muito saber o que tem dentro nós estamos avisando que nem ele e nem você pode entrar no quarto – digo o olhando.

- Mas uma coisa – disse Bernardo o olhando – tem seguranças pela propriedade toda, você não vai os ver, mas se alguma coisa acontecer em toda as salas há uma entrada para o quarto do pânico. No quarto de Samuel fica atrás da cômoda, e só apertar o botão atrás dela e a porta se abrira – instruiu Bernardo seriamente, sabendo o quanto isso salva vidas.

- Dentro do quartinho do pânico tem um botão perto de grandes peines que dão aceso a camará de segurança, aperte ele e na hora o quarto vai ficar totalmente lacrado – digo olhando para ele.

Nem eu, nem Bernardo queríamos assustá-lo, mas já aconteceu uma vez, e eu não quero que nada aconteça com nenhum dos dois.

- Acha que algo ruim pode acontecer? – ele pergunta receoso nos olhando, primeiro Bernardo depois eu, e repete isso algumas vezes.

- Não acontece a muito anos – digo vendo o desespero dele – eu estava gravido de Samuel quando aconteceu, mas nós tomamos as devidas providencias, é quase impossível acontecer novamente – digo e ele me olha por um tempo.

Bernardo se levanta e pega o celular me olhando como se dissesse que precisamos ir logo.

- Temos que ir meninos – digo me levantando também.

Dou um beijo em Samuel, que já estava todo lambuçando com as panquecas que ele estava comendo.

- Até mais Benjamin – digo olhando brevemente para ele e já indo com Bernardo para a porta.

Assim que já estamos no lado de fora olho para Bernardo preocupado por ele sair de lá sem falar nada depois que pegou o telefone.

- O que aconteceu? – pergunto preocupado.

- Um pequeno problema que Luccas me alertou ontem, mas não se preocupe – disse ele se aproximando de mim – vamos, temos uma pessoa para interrogar.

- Eu estou louco para isso a dois anos. 

Te Encontramos Novamente Garoto (Trilogia Meu Criminoso - Livro 02)Onde histórias criam vida. Descubra agora