Trentaseiesimo Capitolo

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AVISO: Esse capitulo contem gatinho de abuso

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Benjamin Ferrera

Alguns Dias Depois

Eu ainda estou em uma luta completa sobre gostar ou não de estar aqui,

Às vezes eu acho que eu não preciso disso, acho que vou me sentir sujo para sempre depois daquelas mãos nojentas encostarem em mim, passando pelo meu corpo.

As vezes durante o sono eu ainda sinto as mãos nojentas daquele homem tocando no meu corpo, nem mesmo passar algum tempo no banho me esfregando parece estar adiantando dês de que eu soube que ele estava vindo para a Itália, como se minha mente me lembrasse constantemente do que ele fez comigo.

Quando eu morava nas ruas e estava com nojo de mim mesmo, eu começava a passar a mão pelo meu corpo esfregando as partes eu lembrava que ele passou a mão, e isso ia até que minha pele ficava completamente vermelha ou começa a sangrar. Hoje em dia eu pelo menos tenho um banheiro para passar a esponja quando me sinto assim e pessoas que me garantiram que estão ali por mim a qualquer momento.

Olho para o Sr. Pietro, ele estava me olhando completamente preocupado, eu via isso naquele olhar dele para mim com aquela expressão suave.

- Eu realmente estou bem - falo olhando para ele.

- Sei que não está - disse o sr. Pietro olhando para mim e logo depois ele deu um suspiro pesado antes de continuar - mas está se fazendo de forte, porém, eu ainda não sei por que está se fazendo de tão forte, mesmo eu dizendo que não sinto nojo de você e tenho certeza de que não é culpado por nada que aconteceu - completou ele.

Isso é verdade, ele vem sempre me dizendo todas as vezes que me pega distraído ele diz que a culpa não era minha, era dele, sempre foi ele o culpado e eu sou apenas a vítima, mas eu acho que isso realmente não é real.

Quando ele me sugeriu que eu fizesse terapia fiquei completamente indeciso, mas depois de pensar bem eu decidir dar uma chance para a terapia, então pedi para o sr. Pietro marcar a consulta e ele conseguiu uma com um dos melhores terapeuta da Sicília em menos de trinta minutos, realmente me impressionou.

- Benjamin Ferrera - a recepcionista chama me tirando dos meus próprios pensamentos.

Me levanto um pouco nervoso olhando para ela, eu levo um pequeno susto quando sinto uma mão se entrelaçar com a minha brevemente.

- Fique calmo - disse o sr. Pietro me olhando - eu estarei aqui quando você sair - ele completou me lançando um olhar preocupado, mas calmo.

Eu calmamente sigo a recepcionista até uma das salas, assim que eu entro vejo um homem de mais ou menos trinta anos sentando em um pequeno sofá único, me sento silenciosamente no sofá e fico olhando para ele por alguns segundos em completo silencio antes que ele comece uma conversa amigável comigo.

- Parece nervoso Sr. Ferrera - ele observou me olhando.

- Benjamin - digo logo em seguida, o que faz ele me olhar - me chame de Benjamin - digo uns segundos depois mais calmo.

- Muito bem Benjamin, se for assim me chame de Salvatore - disse ele anotando algumas coisas no caderno em sua mão - me fale um pouco sobre você Benjamin - ele pediu me olhando.

- Bom eu sou Benjamin Antonio Bone Ferrera, tenho dezoito anos... Ah nasci no Brasil - digo sorrindo só de lembrar da minha terra natal - no Rio de Janeiro para ser mais exato - ele completo com um grande sorriso no rosto.

- Você parece gostar muito do Brasil - ele constatou.

- Eu gostava muito mesmo - digo olhando para ele - gostava do sol e das praias do Rio de Janeiro - eu digo e ele apenas fica me olhando - é sério depois de viver a vida toda em um lugar com clima tropical e difícil vir para a Itália, aqui ou estar frio de mais ou calor demais - digo dando uma pequena risada.

- E o que gosta de fazer? - perguntou ele uns segundos depois.

- Eu gosto de ler - digo depois de pensar uns segundos - mas atualmente eu estou trabalhando como baba do um menino de quase três anos, então atualmente o que eu realmente mais gosto de fazer é ensinar ele a jogar futebol e a desenhar - completo depois de uns segundos.

- E você gosta do que faz atualmente? - perguntou ele.

- Eu adoro cuidar do Samuel - afirmo no mesmo momento - na verdade conhecer o Samuel, o sr. Bernardo e o sr. Pietro foi realmente algo que mudou a minha vida - divago depois de uns segundos.

- É por que você acha isso?

Olho alguns segundos para ele decidindo se eu vou ou não falar sobre isso agora.

- Eu morava nas ruas no Brasil - admito depois de uns segundos - morava nas ruas dês de que eu tinha quatorze anos – completo.

- E você que falar sobre isso? - perguntou ele me olhando com uma completa paciência.

Eu fico apenas em silencio e desvio o olhar dele, penso uns segundos olhando para o nada e pensando em como eu ainda guardo isso dentro de mim, talvez o s. Pietro esteja certo, eu realmente preciso de ajuda.

- Eu fui estuprado - admito pela primeira vez na minha vida, e isso faz com que lagrimas comecem a jogar pelo meu rosto - ele é o motivo por eu estar aqui na verdade - completei dando no ombro e enxugando as minha lagrimas.

- E como você se sente em ralação a isso? - ele perguntou me dando um lencinho de papel.

- Às vezes acho que foi minha culpa – admito.

- E por que você acha isso?

- Eu não deveria ter voltado mais sedo para casa naquele dia - eu digo olhando para o mesmo - se eu tivesse voltado no horário de sempre nada aquilo teria acontecido - completo olhando para ele.

- Então você conhecia quem fez aquilo com você? - perguntou ele.

- Ele era... É o meu tio - afirmo depois de pensar um pouco para falar sobre isso - ele também era... É casado com a minha mãe.

- Isso deve ter te causado muita dor emocional, não é mesmo? - ele perguntou e eu assenti - como se sentiu sendo o seu tio e padrasto a lhe causar tanta dor?

- Eu me sinto como o piro ser humano do mundo - admito desviando o olhar do dele - me sinto completamente sujo quando ele saiu do meu quarto naquela noite - continuou voltando a olhar para o mesmo - o sr. Pietro diz que não é minha culpa e sim culpa dele, mas eu realmente não sei - digo dando no ombro - o que você acha?

- Eu acho que esse sr. Pietro tem razão - disse ele me olhando - nosso horário acabou Benjamin, te vejo na próxima sessão. 

Te Encontramos Novamente Garoto (Trilogia Meu Criminoso - Livro 02)Onde histórias criam vida. Descubra agora