Quarantatreesimo Capitolo

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Bernardo Santinelle

- Pare de se fazer de idiota Eliza - disse meu pai sem muita paciência - nós já sabemos a verdade.

- Emma Salvo te entregou - disse Pietro.

- SUA VADIA - gritou ela olhando com raiva para Emma que nem se importou.

Emma Salvo já sabia que estava sentenciada a morte, e ela levaria minha mãe com ela como já tinha feito.

- COMO PODE ME ENTREGAR ASSIM? - ela continuou gritando.

- ACHOU QUE EU IRIA PARA A MORTE SOZINHA? - gritou Emma Salvo de voltas olhando para ela com raiva.

- Você é uma idiota completa - disse ela olhando para Emma Salvo - se tivesse se escondido melhor nos não estaríamos nessa situação.

- Eu me escondi muito bem - falou ela olhando com mais raiva ainda - eu me mudei para a China, que é inimiga mortal da Itália, eu nunca poderia imaginar que eles fariam um acordo - resmungou ela nada contente.

- Esqueceu de Russia sua burra? - perguntou minha mãe nada contente - a Russia e a China são aliadas, eles provavelmente fariam um acordo pela Itália, sua idiota.

- Como eu poderia imaginar isso? - pergunto Emma Salvo completamente descontente

- Acho que agora que acabaram de conversa você pode nos contar o que exatamente aconteceu Eliza - disse meu pai a olhando de um jeito assassino, o mesmo jeito que Pietro a olhava. eu, por outro lado não conseguia acreditar ainda que ela tinha feito isso, não conseguia pôr na minha cabeça que foi ela que nos causa ou tanta dor e sofrimento.

- Acho que não tenho escolha - disse ela sorrindo amarga - Pietro da primeira vez que eu te encontrei eu realmente quis te matar, te ver na cama daquele lugar com meu único filho me deixou com muita raiva, mas a raiva maior foi quando ele me enfrentou para te defender - disse ela olhando com raiva para Pietro, que nem se mexeu - ele te defendeu acima de tudo, ele nunca tinha falado comigo daquele jeito e quando você apareceu ele começou a me desrespeitar, o pior foi quando eu descobri que você estava gravido, eu não poderia ter netos daquele jeito, serão aberrações da natureza.

"Eu tentei de tudo para argumentar que aquelas coisas poderiam ser de qualquer um, mas meu filho já tinha colocado na cabeça que seria pai e não me deu ouvidos - outra risada amarga vindo dela - os dias e meses começaram a passar, e quando eu soube que tinham a autorização da famiglia para se casar eu precisava fazer alguma coisa, a única coisa que me confortava era o foto de vocês não serem casados, ou seja quando as aberrações nascessem seria bastardos perante a máfia, e isso me confortava muito.

"Mas esse meu conforme se foi quando vocês se casaram perante a lei italiana - ela lançou um olhar mortal para a aliança de casamento dourada de Pietro, que nem se abalou - eu fiquei possessa de raiva, porém, não dava mais para você ter um aborto já que sua barriga crescia a cada dia, aquelas coisas que você carregava já estavam muito desenvolvidas para isso, então eu tive que pensar em outra coisa, passei meses tentando achar uma solução, até que Manon Rossi veio até mim com uma proposta do irmão dela.

"Ela me propôs se livras dos bebês, os filhos de Bernardo Santinelle - disse ela - eu claro aceitei, já que seria a solução dos meus problemas. Foi quando ela me deu a foto das filhas do segurança, e me mandou pegar algum que não tinha nada a perder, foi quando me lembrei de Emma Salvo, e o quando ele tinha perdido depois da morte do pai e da chegada de Pietro Rossi, na atualidade Pietro Santinelle - disse ela com um desdém na voz - eu deixei claro que ela deveria pegar os dois filhos deles, mas quando a incompetente veio até mim no dia que eles nasceram ela só me trouxe um dos bebes, e isso realmente me deixou pura, eu sabia que não teríamos outra chance, já que com o sequestro de um dos meninos vocês protegeriam o outro com tudo, e eu estava certa, já que ninguém quase nunca consegue se aproximar do outro meninos, Samuel - disse ela como se não fosse nada. O que me deixou com muita raiva".

- Onde está meu filho? - pergunto olhando com o mesmo olhar dos outros para ela.

Ela pode ser minha progenitora, mas não minha mãe. As mães estão sempre com os filhos, prezando acima de tudo pela felicidade e proteção deles, como essa mulher que se diz minha mãe não conseguiu ver que eu estava mais do que só feliz? Pietro e meus filhos me fazem mais do que só feliz, e mesmo assim, ela vendo a minha felicidade ela só pensou no que ela queria, ela só viu o que lhe convinha.

A mulher a minha frente não era a mãe que eu me lembrava quando criança, na minha infância era feliz, uma mãe que se importava com a minha felicidade, mas a mulher na minha frente só se importava com o que ela achava e nunca com a minha felicidade.

- Ele está morto - respondeu ela simples dando no ombro.

Vou até Pietro assim que ela as palavras saem da boca dela, eu o vejo desabar com aquela informação, não que eu estivesse melhor.

Pietro tremia, e já chorava baixinho, as lagrimas também já saiam do meu rosto, mas Pietro estavas pior do que eu.

Nós procuramos Soren como loucos, desejamos como loucos pegar nosso bebê no colo novamente e o trazer para casa e agora achando que estávamos cada vez mais próximo de achá-lo ela nos fala isso? Ela sendo avó dele o entregou para a morte? Um bebê recém-nascido, sangue do sangue dela, que ser humano desprezível é esse?

- Como pode ter tanta certeza disso? - perguntou meu pai olhando para ela tão atordoado quando eu e Pietro.

- Simples - disse ela dando no ombro - Manon disse que o irmão mataria os meninos, e assim causaria uma grande maior dor no Capo italiano.

- Mas você não o viu morrer? - perguntou Pietro.

- Eu não - ela falou olhando para ele - só dei o menino para ela e fui embora, apenas isso.

- Mas os franceses não disseram nada - disse Pietro baixinho parecendo pensar em algo - os franceses e os italianos são inimigos mortais, se eles tivessem conseguido matar o futuro Capo italiano eles não ficariam quietos, mesmo significando uma guerra.

- Acha que alguém pegou Soren e o escondeu antes de matarem ele? - perguntou meu pai olhando com a maior esperança do mundo para mim e Pietro.

- Eu acho que sim - respondeu Pietro baixinho - mas para saber disso precisamos achar Manon Rossi, só ela pode me dizer.

- O menino está morto - disse Eliza Santinelle novamente - ela me disse que eles o matariam.

- Mas mesmo assim nada chegou até nos - digo depois de pensar um pouquinho - Soren não chegou na França, já que nenhum dos nossos espiões falaram nada sobre Manon Rossi desembarcar de um avisam, ou navio, seja como for com um menino recém-nascido ruivo e muito menos, nenhum deles nos falou de um assassinato de um recém-nascido - digo olhando para ela - Soren tem 90% de chance de estar vivo ainda.

Pietro me olhava, nunca vi os olhos dele com tanta esperança quando agora, eu aposto que os meus olhos também estão com muita esperança de que minhas próprias palavres estejam certas.

- Mas você não estará aqui para saber se ele está mesmo vivo ou morto, mas vai morrer com a indecisão. 

Te Encontramos Novamente Garoto (Trilogia Meu Criminoso - Livro 02)Onde histórias criam vida. Descubra agora