Ventunesimo Capitolo

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Pietro Santinelle

Assim que o nome sai da sua boca eu fervo de raiva. Só de lembrar daquela vadia um gosto amargo vem na minha boca.

Nunca imaginava que aquela vadia faria isso, ela não poderia voltar do maldito tumulo agora, ainda mais sendo a responsável de algo como isso.

Olho para Bernardo e vejo que ele está tão surpreso quanto eu. Pego meu telefone no bolso e já vou saindo vendo que há apenas alguns seguranças do lado de fora do galpão.

Assim que pego o telefone logo disco o número da Isabela, depois de alguns segundos ela finalmente atendo o telefone.

"Si Pietro – disse ela assim que atende".

"Emma Salvo – é a única coisa que eu digo, quase espumando de raiva – procure por ela até de baixo de uma pedra na França, ela foi quem pegou Soren – completei com mais raiva ainda à medida que aquelas palavras deixavam meus lábios".

Dito isso eu desligo o telefone, ligando para outra pessoa, Maju.

"Si Pietro – ela diz assim que me atende, e percebo pela sua voz a ansiedade".

"As filhas de Marcel Bethencourt – digo nem dando bom dia ou falando algo a mais, estou ocupado dais para gentilezas nesse momento – pegue a esposa e as filhas dele, coloque em um avião e mande para a Rússia, e avise que estamos mandando-as para lá para serem protegidas".

"Si".

Foi a única resposta dela antes de ambos desligarmos o telefone.

Bernardo Santinelle

Essa desgraçada.

Ela pegou meu lindo bebezinho, meu doce filho.

Pietro pelo menos conseguiu a informação que nós queríamos, e isso me dá o que eu queria, que era torturar ele.

Claro que não é uma grande surpresa que Emma Salvo esteja por trás disso, depois quer demitir ela no dia que Dominic Salvo morreu, ela simplesmente desapareceu, nunca mais foi vista e eu realmente pensei que ela tinha superado e ido embora, mas parece que não.

Pego a moto serra e ligo ela, vejo Pietro parado na porta nos observando, o olhar dele é vago e distante, eu bem que queria ir e conversar com ele, mas eu estou mais interessado em torturar esse figlio di una puttina.

O homem a minha frente me olha com medo, coloco um de seus braços pendurados para frente e tenho uma ideia melhor do que utilizar a moto serra. Pego uma pinça e começa a arrancar a unha do dedo mindinho dele.

- Venha amor – chamo Pietro que estava ao meu lado.

Eu sei que Pietro já foi um homem inocente, mas combinamos ele sempre teve o talento Santinelle, ele nasceu para ser um Santinelle. Nunca sentiu medo ou nojo de tortura, ou de ver alguém sendo torturado, e foi naquele momento, na sala de reuniões quando minha tia Eleonora torturava Dominic Salvo que eu tive certeza de que Pietro era um homem para a minha vida.

Pietro pegou a peça e faz o que estava fazendo, vejo o ar de satisfação de Pietro ao fazê-lo, e não nego que também estou muito satisfeito com o fato de estarmos torturando o homem a minha frente.

Assim que acabamos de arrancar unha por unha, arranco dedo por dedo, tanto dos pês quanto das mãos, o homem já estava desfalecendo e acordando pela dor.

Corto uma de suas mãos fora, não quero estender muito essa tortura, tenho ainda pessoas a caçar.

Vejo Pietro arrancar uma das orelhas dele. Meu amor tem passado muito tempo com minhas tias e com minhas primas, isso com a maior certeza o está corrompendo.

Finalmente pego minha arma e dou uma olhada em seus olhos.

- Isso é por ter nos tirado nosso filho.

Com isso dou o tiro fatal no meio da sua testa, matando-o.

Vejo que as roupas de Pietro e as minhas estão cobertas de sangue, o que teremos que resolver antes que cheguemos em casa, já que não quero que Benjamin e Samuel nos vejam assim.

- Devem ter roupas no banheiro amor – digo dando um beijo castro em seus lábios.

Pietro apenas assente perdido em seus próprios pensamentos, e segue em direção ao banheiro.

__________*__________

Assim que já estamos completamente trocados e limpos seguimos para o corro, percebendo que só chegaremos em casa já de noite, mas não antes do jantar, o que é muito bom.

- Eu não esperava – disse Pietro pela primeira vez olhando pela janela – como ela surgiu assim das cinzas para nos atormentar, Bernardo? – ele pergunta finalmente me olhando.

- Eu não sei – dou sincero também o olhando – eu acho que ela sempre esteve ali, mas nós nunca percebemos.

- Acha que ela está cumprindo a promessa que seu pai nos fez antes de morrer? – ele pergunta receoso.

- Eu acho que sim. Acho que ele já estava planejando isso a algum tempo, talvez ele já soubesse que estava gravido por alguém, Emma Salvo não ágil sozinha, ela teve mais algum cúmplice – digo pensando alto.

- Acha que foi algum Santinelle? – ele pergunta e vejo que está com os olhos arregalados.

- Eu não sei – digo sendo novamente sincero – mas por enquanto as informações sobre o que descobrimos fica entre nós dois, Maju, Isabela e Pither.

- Eu acho melhor – disse ele – mas não acho que nenhum dos outros tenha falado, afinal estavam todos tão felizes e ansiosos pela chegada dos nossos bebês – disse ele também pensando alto – só havia uma pessoa que não estava...

- Acha que ela seria capaz de tanto – pergunto surpreso pela sua linha de raciocínio, embora faça sentido.

- Eu espero que não – resmungou ele.

- Eu também espero que não.

Pietro Santinelle

Assim que chegamos em casa vejo que Samuel e Benjamin estão começando a jantar, é com isso eu agradeço por ter conseguido tomar banho no galpão.

- Buonasera – digo entrando sorrindo meio forçado para eles.

Realmente nem eu nem Bernardo estamos bem. Benjamin assim que nos vê dá um sorriso, e Samuel vem correndo até nos dois.

- Papa – é a única palavra que sai da sua boca antes de chegar até Bernardo, que está um pouco a minha frente.

Samuel é muito apegado em Bernardo, dês de sempre.

Deixo Samuel contando como foi seu dia, animado conversando com o pai, e vou em direção a Benjamin.

- Buonasera sr. Pietro – disse ele assim que me sento.

- Já disse para não me chamar de senhor – digo sorrindo para ele – como foi o dia com Samuel? Ele deu trabalho?

- Quase nenhum – disse Benjamin me olhando – ele só queria muito entrar no quarto que os... – ele se interrompeu, mas depois voltou a falar – que vocês disseram que não era para entrar.

- Ele sempre faz isso – digo sorrindo para Benjamin – amanhã eu e uma das primas de Bernardo, a Isabela vamos sair e você vai com a gente – aviso a ele, que me olha curioso.

- Para onde vamos? – ele pergunta esbanjando curiosidade, o que me faz sorrir, já que assim que nota o que falou abaixa a cabeça com as bochechas coradas.

- Você precisa de roupas novas – digo dando no ombro – e além do mais, Samuel perdeu o sapato que eu comprei para o aniversário de casamento dos meus amigos, os homens que conheceu quando chegamos – digo vendo se ele relembra de Hericco e Luccas – Luccas e primo de Bernardo, o marido que Hericco que nos trouce.

- Eu realmente acho que não preciso de roupas novas – disse ele ainda de cabeça baixa.

- Claro que precisa – afirmo olhando para ele – é isso não está em debate. 

Te Encontramos Novamente Garoto (Trilogia Meu Criminoso - Livro 02)Onde histórias criam vida. Descubra agora