Edoardo Santinelle
Sicília, Itália.
Olhando para tudo que aconteceu nos últimos dois anos eu me pergunto o que eu, meu filho e meu genro fizemos de tão ruim para que isso acontecesse com a gente? Essa pergunta está rodando na minha cabeça vinte e quatro horas por dia nos últimos dias.
Claro que o fato de sermos da máfia pode ter contribuído um pouco para isso, mas mesmo assim, as vezes eu só peço a Dio para que ele esteja bem, porém, algo no fundo do meu coração diz que mesmo que ele esteja vivo ele não está bem.
Uma das piores coisas que um avô pode pensar e que o seu neto não está bem, é um dos meus deveres como avô cuidar pelos meus netos, e saber que um deles pode não estar realmente bem me deixa com uma dor enorme no coração.
Soren agora já deve estar com quase três anos, assim como Samuel.
É uma completa pena que eu não veja Samuel tanto quanto gostaria, já que a Eliza está cada vez mais se tornando o pior tipo de mulher que eu já conheci, e olha e como Capo da máfia italiano eu já conheci muitas mulheres vis e completamente idiotas em toda a minha vida.
Eu me casei com essa mulher, eu a amei mais do que tudo nessa vida, mas o que ela está fazendo nos últimos dois anos com o Pietro, o Bernardo e com o pequeno Samuel não é certo.
Mesmo não estando bem, mas eu ainda posso entender não querer estar perto do Bernardo e do Pietro, mesmo o Bernardo sendo nosso filho e o Pietro o amor da vida dele, mas e o Samuel? Além de ser uma criança inocente também é neto dela, e nosso neto, um menino feliz - mesmo que introvertido - divertido e fofo, deveria ser um crime não amar um menino desses quando ele é da família, porém, por algum motivo Eliza não gosto dele para falar a verdade as vezes ela até mesmo o maltrata.
Depois da última vez que eu peguei Samuel para passar um dia na minha casa Eliza estava aqui, e ela fez aquele menino doce e gentil chorar. Eu acho que nunca em toda a minha vida eu fiquei tão furioso como naquele momento.
Eu nunca fiquei tão furioso quanto quando eu entrei naquela sala e vi Samuel chorando com Eliza olhando com estrema satisfação para ela naquela situação.
Cinco Meses Antes
Deixei Samuel na sala por alguns segundos para pegar algo para comermos.
Eu não vi o menor problema, ele é um menino completamente calmo e bonzinho e além disso ele estava brincando no chão enquanto falava algumas palavras em russo, ou pelo menos tentava.
Quando eu estava acabando de colocar gelo na jará de suco eu escuto um choro vindo da sala, no mesmo momento eu já sei que o choro é do Samuel, mas eu me pergunto o que é que está causando esse choro.
Eu praticamente corri para a sala, mas quando eu cheguei la nem mesmo em mil anos eu poderia imaginar o que eu vi.
Eliza parada bem na frente do Samuel, enquanto o menino olhava para ela com o rosto um pouco vermelho pelo choro, mas ela olhava para ele com uma grande e completa satisfação.
- Ei - digo chamando a atenção dela para mim.
No mesmo momento eu vou até Samuel e o pego no colo, balançando-o até que o mesmo estar calmo. Ele rapidamente enterrou no meu pescoço e eu senti as lagrimas ainda continuavam rolando pelo seu rosto já que minha camisa estava começando a ficar molhada.
Depois de alguns minutos Samuel estava mais calmo eu coloco o abafador nos ouvidos dele e me garanto que ele estava dormindo e o coloco deitado no sofá.
- Você sabe o que fez? - perguntei me controlando o máximo que eu posso
- Esse menino é só um choram imbecil - disse ela com muito desdém, o que me faz ficar com muita raiva mesmo - eu nem mesmo encostei nessa aberração, eu só estava aqui - ela completou dando no ombro.
- Como pode ser um ser tão insensível e vil? - perguntei começando a me aborrecer no mesmo momento com as palavras dela, na verdade me aborrecer ainda mais - ele e nosso neto - digo apontando brevemente para ele - NON È SOLO NOSTRO NIPOTE, È SOPRATTUTTO UN BAMBINO INNOCENTE, NON IMPORTA QUELLO CHE PROVA PER I SUOI GENITORI (ELE NÃO É SÓ NOSSO NETO, ELE É ACIMA DE TUDO UMA CRIANÇA INOCENTE, NÃO IMPORTA O QUE SINTA EM RELAÇÃO AO SEUS PAIS) - gritei sabendo que Samuel não ouvir pelos abafadores.
- QUESTA ABBRACCIO NON È MIO (ESSA ABERRAÇÃO NÃO É NADA MINHA) - ela gritou de volta.
Eu apenas paro e fico olhando para a mesma por alguns segundos.
- Vattene Eliza (Vá embora Eliza) - digo baixinho me controlando.
Nesse momento eu só queria que ela fosse um homem, para que assim que pudesse socar a cara dela, mas eu sigo as regras que eu mesmo impus, nenhum homem dentro da famiglia italiana pode bater em uma mulher, ainda mais em uma que não sabia se defender sozinha.
- Eu sou sua esposa e moro aqui - disse ela me olhando completamente incrédula.
- Soha ne felejtsd el, hogy még mindig a feleségem vagy, mert megígérted apádnak, hogy gondoskodni fog rólad, és mert valamikor szerettelek (Nunca se esqueça que ainda é minha esposa porque prometeu ao seu pai que cuidaria de você, e porque em algum momento te amei) - resmungo nada feliz - a questão principal é que eu quero o meu neto aqui e não acho que posso deixá-lo seguro com uma mulher como você aqui também - completo olhando para a mesma.
- Uma mulher como eu? - ela perguntou completamente debochada e não acreditada nas minhas palavras - eu sou a mulher com quem você se casou - ela constatou por fim.
- Infelizmente a única coisa que saiu de bom no nosso casamento e que eu posso ver nesse momento é o Bernardo e decorrente disso o Samuel e o Soren - completei olhando para a mesma tentando colocar algum juízo na cabeça dela.
- Esse outro já se foi a muito tempo - disse ela com puro nojo - e esse aí é um choram idiota e burro - ela disse apontando para Samuel
- Eu já disse para nunca chamar nosso neto assim - digo ficando ainda mais nervoso - Eliza eu cansei, só vá embora eu vou comprar uma casa para você e te darei uma boa pensão mensal, mas acabou eu não aguento mais conviver no mesmo teto que você.
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Te Encontramos Novamente Garoto (Trilogia Meu Criminoso - Livro 02)
Adventure"Te Encontramos Novamente Garoto" transporta os leitores para o mundo tumultuado de Pietro e Bernardo Santinelle, cuja vida foi abalada pelo desaparecimento de seu filho, Soren, há dois anos, durante o que deveria ter sido o ápice de sua felicidade:...