Benjamin Ferrera
- ... As coisas começaram a ficar difíceis mesmo quando comecei a ficar mais velho, mesmo só tendo morado com a gente por alguns meses comecei a crescer, e aí ele começou a me tratar estranho, mas eu ia levando. Até... Até aquela noite - digo começando a tremer só de lembrar - minha mãe tinha ido para a casa de uma amiga dela e levado meu irmão, que deveria ter uns dois meses na época, ele não deveria estar em casa, eu cheguei cedo já que passava toda a tarde na biblioteca, e ele também chegou cedo, mas não me viu, eu só estava no lugar errado e na hora errada, não ouvi muito o que ele estava falando pelo celular, mas era algo como se estivessem tramando algo - digo começando a chorar baixo ainda no peito do sr. Pietro que me abraçava.
- Nós precisamos saber o resto - disse ele baixinho o sr. Pietro baixinho fazendo carinho no meu rosto, mas nem aquele gesto gostoso apagou o meu sofrimento por contar aquilo para qualquer pessoa.
Eu tenho medo de que depois que eles saibam o que ele faz comigo que me mandem embora por eu ser nojento, eu sei que sou nojento, mas não queria que eles soubessem disso, eu estou sendo tão feliz nos últimos dias que acabar com essa felicidade chega a me revirar o estomago.
- Eles falavam algo sobre a França e a família Santinelle, o nome que me chamou atenção - dou uma pausa, mas logo continuo - foi Bernardo Santinelle, foi por isso que não fiquei surpresa com você sendo o Capo italiano - digo para eles - ele tramava algo conversando no celular, algo sobre a França e a Itália, eu não ouvi bem, mas quando eu me percebeu na sala foi a pior experiencia da minha vida - digo e assim começo a tremer ainda mais só de lembrar - ele é muito mais alto que eu, eu não teria força contra ele, mas bem na hora minha mãe chegou, e não se importou com a nossa presença ameaçadora, simplesmente sai correndo para o meu quarto e me tranque la - contei - quando já estava no meio da noite eu pensei que ele tinha esquecido até... Até que a porta do meu quarto se abriu....
Flashback On
Assim que a porta do meu quanto começou a abrir meu corpo inteiro tremeu e medo, já que sabia quem era a única pessoa que poderia estar entrando a essa hora no quarto.
Continuo deitado de olhos fechados, quando a porta se abre e depois de um tempo se fecha novamente. Consigo sentir a presença dele vindo em minha direção, e isso me faz quase tremendo de medo.
Sinto a mão fria dele passando pelas minhas pernas descobertas, suas mãos são meio calejadas, e ele começou a apertar minhas pernas começa fazendo leves movimentos e depois movimentos mais paridos e brutos, até que ele chega perto das minhas partes intimas, isso me assustou tanto que eu finalmente me virei e olhei para ele.
- Acordou - disse ele sorrindo amarelado para mim, e aquele sorriso me deu um cala frio - você ouviu o que não deveria ouvir Benjamin.
Eu tentei me levantar, mas ele se colocou em cima de mim prendendo meus braços, sinto o membro dele duro sobre a minha barriga, e isso me dá ainda mais nojo.
- Nem pense nisso - disse ele chegando perto do meu rosto e quando eu viro o rosto e ele cheira meu pescoço - você tem se tornado um menino muito bonito sem dúvidas, os cabelos meio vermelhos com a maior certeza do seu pai, mas esse corpo - ele disse passando a mão no meu corpo, me deixando com nojo - esse lindo corpo, parece até uma linga boneca de tão branco e escultural.
Com uma grande brutalidade ele me levanta da cama e começa a me despir. Eu estava sem reação, não conseguia me mexer, só ficava olhando para ele, até que eu estava totalmente nu.
Meu corpo era pequeno demais, e já fui jogado na cama, ele está bem já estava quase todo despido, quando se coloca em cima de mim.
- Não faça isso - digo com o fio de voz que eu ainda tinha.
- Você é muito gostoso - disse ele nem dando atenção para o que eu falei.
- Por favor não faça isso - digo novamente com a voz um pouco mais alta.
- Você vem me provocando com ele corpo faz tempo - disse ele começando a passar a mão no meu corpo nu.
- MÃE POR FAVOR - gritei em um ato de coragem e desespero ao mesmo tempo.
- Não adianta gritar gracinha - disse ele rindo – sua mãe está completamente dopada nesse momento, ela não vai te ajudar.
Depois dessas palavras a dor era absurda, eu gritei, chamei, implorei para que ele parece, mas ele não parou, ele só continuou rindo e se mexendo, e a dor não parava.
Até que eu finalmente entendi que não adiantava falar, gritar ou implorar, ele não pararia, e foi assim que eu aceitei isso e deixei ele fazer o que quisesse comigo.
Flashback Off
Bernardo Santinelle
- Depois que ele fez o que queria e saiu do quarto, ele me disse que se fala-se para alguém, além de não acreditarem em mim ele voltaria e faria pior do que já tinha feito. Depois de um tempo eu me levantei devagar pela dor e tomei um banho - disse ele chorando muito - eu não sei quantas vezes eu esfreguei meu corpo, mas foi até me sentir mais ou menos limpo. Eu só troquei de roupa e sai devagar e sem fazer barulho pela porta - disse ele.
O choro de Benjamin era um de partir o coração de tão doloroso.
A história dele era dolorosa, mais dolorosa do que a nossa em certas partes.
Vejo que Pietro está chorando silenciosamente com ela também, eu também estaria chorando se não estivesse me segurando tanto.
Me levanto sem falar nada e saio do quarto pegando meu celular e ligando para Isabela.
"Fale - disse ela assim que me atende".
"Quando Marcos Ferrera pisar em solo italiano, eu quero que o leve direto para o galpão e o prenda lá - digo tentando conter minha raiva, mas ela fica bem evidente na voz".
"Descobriu o porquê Benjamin fugiu? - ele pergunta não compreendendo nada".
"Descobri - digo para ela - e o desgraçado vai pagar caro pelo que fez".
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Te Encontramos Novamente Garoto (Trilogia Meu Criminoso - Livro 02)
Adventure"Te Encontramos Novamente Garoto" transporta os leitores para o mundo tumultuado de Pietro e Bernardo Santinelle, cuja vida foi abalada pelo desaparecimento de seu filho, Soren, há dois anos, durante o que deveria ter sido o ápice de sua felicidade:...