Te Encontramos Novamente Garoto (Trilogia Meu Criminoso - Livro 02)

Quarantaquattresimo Capitolo

Edoardo Santinelle

Olhando para a mulher na minha frente eu me pergunto o porquê eu me casei com ela?

Claro que Eliza sempre foi uma linda mulher, mas quando nos casamos ela era alguém doce, alguém que se importava mais com a felicidade dos outros do que com a própria, mesmo com os pais dela nunca achei que algum dia ela se comportaria como eles.

Eu ainda me lembro de quando Bernardo nasceu, e ela me prometeu que faria de tudo para que ele foce feliz, não importava com quem fosse, mas com o passado do tempo ela mudou muito, ela começou a ficar distante da nossa família na Alemanha, já que Matteo tinha declarado que se um dos seus filhos se assume-se algo diferente do que fosse hétero ele apoiaria tudo para a felicidade dos filhos, e logo depois Bella fez o mesmo.

Eliza ficou distante deles com isso, mas na época eu nem me importei com isso, mas hoje vejo que se eu tivesse conversado com ela e entendido que ela e uma preconceituosa eu poderia ter evitado muito sofrimento para o meu filho.

- Eu não te entendo - digo finalmente ainda olhando para ela - você me prometeu uma vez logo depois que Bernardo nasceu que você faria de tudo para que ele fosse feliz, porém, você fez justamente o contraria, você tirou a felicidade dele quando sequestrou um de seus filhos - digo olhando para a mulher a minha frente.

- Era uma aberração - disse ela me olhando - como um homem poderia engravidar, ainda mais esse daqui - ela diz olhando com ódio para Pietro.

- Você realmente não ouviu nada do que o médico de Pietro falou quando descobrimos sobre a gravidez não é mesmo? - rio amargamente olhando para ela - existe como homens engravidarem, claro que e raro, mas Pietro pode, não poderia lidar com isso? São seus netos, e você fez isso com um deles, um bebê - não era possível esconder a amargura na minha voz.

- Olhe quem ele era - disse ela me olhando suplicante para que eu concordasse com ela, coisa que jamais faria.

- Pietro e um ser humano maravilhosos - digo vendo-a me olhar incrédula - ele pode ter feito tudo, mas adivinha do Eliza, nem todos tiveram as mesmas chances que eu e você, nem todos tem dinheiro o suficiente para se manter, ou ao menos um emprego bom o suficiente para se sustentar, alguns precisa fazer isso.

- Mas ele deu um golpe da barriga em Bernardo.

- Como ele pode ter dado o golpe da barriga sendo que o próprio não sabia que poderia engravidar? - perguntei olhando para ela - o menino ficou mais do que só assustado quando soube que estava gravido. Acabou para você Eliza.

- Achei que você me amava.

- Eu amava - afirmei vendo-a me olhar com esperança - mas o que você fez passou completamente dos limites, mas isso vai ficar com Eleonora e Maju, elas vão cuidar de vocês - completei respirando fundo enquanto aquelas palavras saíram de minha boca.

Com isso dou as costas, com o coração completamente partido eu vou embora, ouvindo só gritos e pedidos de clemencia de Eliza, mas nem mesmo o meu amor por ela vai fazer com que Bernardo e Pietro tivessem sua vingança pelo sofrimento que ele está fazendo todos da família Santinelle passaram.

Pietro Santinelle

Viro as costas assim que Edoardo Santinelle sai do galpão, claro que Eleonora e Maju vão cuidar delas, e mesmo no meio da minha raiva eu queria ver isso, mas eu queria ainda mais chegar em casa e chorar abraçado com Samuel, sentindo seu cheiro, e agradecer a Dio que ele está aqui comigo, mesmo Soren não estando.

Saber que Soren pode estar morto me deixa com o coração sangrando, a dor é imensa, uma dor que eu nunca senti, nem mesmo quando eu acordei no hospital e Bernardo me disse que ele não sabia onde Soren estava, mas isso se deve ao fato de um tinha 100% de chance e esperança de que ele estava vivo, mas agora sabendo que a chances dele estar vivo abaixaram meu coração começou a sangrar.

Me sento no banco passageiro do carro e espero Bernardo chegar, o que demora um tempo.

- Ele está vivo amor - me garantiu Bernardo assim que entrou no quarto.

- Você não pode ter certeza - resmungo nem olhando para ela.

As lagrimas novamente já se derrubam novamente de meus olhos, só de imaginar que meu bebê estava morto, só de imaginar que eu só o peguei uma vez na vida, que foi só uma vez que vi seu rostinho, e que ele poderia nunca crescer ou ele nunca encontraria o amor ou teria uma festa de dezoito anos ou eu o veria na faculdade, se formando na escola ou tendo seus próprios filhos, eu posso nunca ver ele sendo uma pessoa feliz se tudo que ela falou for verdade.

- Eu vou fazer tudo para encontrá-lo amor - me garantiu ele.

Claro que aqui me confortava, saber que ele faria de tudo para encontrar nosso bebê, mesmo tendo uma chance de ele estar morto.

Depois de um tempo nos finalmente chegamos em casa, eu logo saio do carro e vou andando meio rápido para dentro de casa, encontrando Benjamin sentado no sofá com Samuel acordando em seu colo.

- Oi - disse chegando perto.

Dou um selinho em Benjamin e já pego Samuel no colo. Abraço meu bebê, sentido o cheirinho dele e agradecendo a Dio por ele está ali comigo, eu acho que se eles tivessem levado Samuel também eu não teria conseguido seguir em frente, Samuel foi o que me fez seguir em frente, somente ele.

Vejo Benjamin nós olhar preocupado, ainda mais quando Bernardo abraçou Samuel que ainda estava no meu colo.

Samuel parece perceber nossa inquietação, e assim se afastou de mim e olhou meu rosto.

- Tutu bem papa - disse ele baixinho me olhando.

Samuel colocou a mão no meu rosto, logo depois beijando minha bochecha, o que alegrou um pouco meu coração.

- Tudo bem meu amor - respondi devolvendo o beijo, o que deixou meu bebê com um sorriso nos lábios, dando destaque as suas bochechas fofinhas.

Samuel passa a mão nos olhinhos, demonstrando seu sono, ainda era de tarde, mas ele não dormiu direito a noite.

Balanço Samuel no meu colo que logo já estava conchegado e dormindo confortável no meu peito.

Levo Samuel para o quarto e coloco ele para dormir na cama dele confortável. Ponho um travesseiro ao lado dele que ele logo agarra e se aconchega dormindo confortável.

As vezes olhando essa cena penso que Samuel está procurando Soren, já que dês de que era um bebê ele só consegue dormir direitinho com um travesseiro para se agarrar, o que deixa meu coração morrendo de fofura e de dor ao mesmo tempo.

Assim que saio do quarto de Samuel e desço para a sala, Benjamin logo vem me abraçar, ao que parece Bernardo já contou a ele o que aconteceu, e isso me poupou o trabalho de lembrar de tudo e contar para ele.

Eu o simplesmente aceito o abraça dele, tentado com que ele me conforte tanto quando ele quer me confortar.