Graziella Santinelle
Ah dois anos atras eu falei com minha família, as vezes Isabela pode até achar que foi ela, mas eu quem estava lá, eu a vi naquele corredor, deveria ter visto o quanto ela estava tremendo, que o bebê em seus braços era conhecido, mas não, estava tão perdida em meus próprios problemas que não evitei que uma coisa como aquela acontecesse.
Às vezes me pergunto como não reconheci Emma Salvo, como até me mostrarem aquela foto eu não a reconheci, não até depois que meu irmão mostrou a foto dela. Já fui a empresa da família varia e várias vezes, porém, nunca passou pela minha cabeça gravar o rosto daquela mulher, mesmo sendo filha daquele traidor do Dominic Salvo. Como fui tão idiota?
Respiro fundo, nesse momento eu só tenho uma prioridade que é encontrar Emma Salvo onde quer que ela esteja.
Meu programa de reconhecimento facial está rodando em todas as câmeras do mundo, com os registros dos últimos dois anos, dês do dia em que os meninos nasceram até a hora que estamos agora. Não é fácil rodar esse programa em todas as partes do mundo, mas nada que invadir um site de governo ali e outro aqui que não resolva tudo.
Estou torcendo para que isso de certo, se ela estiver com alguém profissional em se esconder duvido que somente isso há ache, porém, estou torcendo muito para que ache.
A culpa me corrói por dentro a anos, eu me mantenho calada quando se trata do assunto, nunca nem mesmo olhei para o pequeno Samuel, nem mesmo para Pietro depois daquele dia.
Dois Anos Antes
Tudo está em perfeito estado, o que está me parecendo um pouco estranho na verdade, porém, aproveitar quando tudo está calmo não faz mal a ninguém.
Os filhos de Bernardo nasceram, meus primos, pais e tios estão felizes, o hospital onde eles estão está seguro, tudo está conforme o esperada.
Assim que conferi que tudo estava conforme o planejado, pedi para um dos meus homens de confiança conferir quem entrou no país, qualquer nome estranho deveria ser investigado, ainda mais se estivesse chegando da França. Como minha mãe diz, todo o cuidado é pouco nessa situação.
Isabela já deve ter saído do quarto e estar conversando com Amelie, Bernardo está falando com meus tios, então passo conhecer os lindos bebezinhos que Pietro teve.
Andando pelo corredor estou mexendo no celular, discutindo com Boris, meu atual ficaste russo, nós meio que estamos brigados nos últimos dias, já que ele quer se casar, e eu? Nem ferrando quero me casar agora, ainda mais no auge dos meus vinte e dois anos, não quero nem mesmo pensar em me casar nesse momento.
Pensando nisso só consigo suspirar em pensar que brigamos por algo tão pequeno e idiota, pensar que se não fosse por isso eu poderia estar agora na Russia com o meu irmão e dando algumas escadas para ficar com Boris.
Estou perdida em minha própria frustação enquanto passo pelo corredor, vejo uma mulher um pouco familiar para mim saindo com um bebê nos braços, ela me parece um pouco tensa enquanto passa por mim, anda um pouco rápido demais, porém, não presto muita atenção em que é.
Estou andando despreocupadamente até o quarto de Pietro e dos pequenos bebês, quando finalmente sai de minha própria cabeça e começo a olhar em volta percebo algumas coisas estranhas, em primeiro lugar a falta de segurança, deveriam ter pelo menos cinco pessoas nesse lugar para protegê-los, Bernardo poderia ter dispensados os homens, mas duvido que brinque com a segurança do marido e dos filhos.
Quando chego no quarto, antes mesmo de entrar pela porta eu sinto quer algo estava mais errado ainda. Quando finalmente abro a porta minhas suspeitas se confirmam. Observando vejo apenas Pietro, dormindo calmamente, e um bebê, apenas um.
Olho mais alguns segundos antes de finalmente tomar coragem e sair correndo pelos corredores procurando aquela mulher, me deparo com Bernardo no meio do caminho.
- Para que esse desespero todo ragazza? - perguntou sorrindo para mim.
No momento em que os olhos dele se encontram com os meus ele ficou tenso, viu meu completo desespero.
Bernardo saiu correndo segundos depois para o quarto, respiro fundo e continuo olhando em volta; quando minha consciência volta a funcionar eu lembro das câmeras de segurança.
Felizmente a sala onde elas ficam estava apenas a alguns passos de onde eu estou, então não demorou para que eu chegue, vejo o segurança desmaiado, quando olho as gravações vejo o disco de hoje que sumiu, e todas as câmeras desligadas.
- CAZZO (PORRA).
Dois Anos Depois
Foi minha culpa, não importa o que os outros dizem eu sei que foi minha culpa o que aconteceu.
Estou perdida em meus pensamentos quando uma mão pousa em meus ombros, olho um pouco assustada para trás e vejo minha mãe.
- No que está pensando? - perguntou calmamente me olhando e se sentando ao meu lado.
Não é nenhuma surpresa para mim ela não perguntar o que estou fazendo, ela é Eleonora Santinelle, não precisa perguntar o que estou fazendo ela já sabe.
- Nada demais – digo dando no ombro e desviando o olhar dela.
- Está mexendo as unhas, poderia dizer que se não tivesse interrompido seus pensamentos machucaria as cutículas – disse, só nesse momento que eu para ver minhas mãos, e finalmente percebo que ela está certa - é algo grande e terrível que está afligido seus pensamentos. Só pode ser uma única coisa – disse me olhando com um pequeno e amoroso sorriso para mim.
- Não quero falar sobre isso agora – digo me virando e vendo que finalmente o sistema achou uma combinação.
Não sei se essa mulher é muito esperta ou muito burra. Ela sequestrou Soren de uma maneira brilhante, não que eu vá admitir isso, mas não teve a ideia de contratar alguém ara escondê-la? E ainda vai para um país, que mesmo não sendo nosso aliado ainda é aliado dos no nosso primo? Mas é muita burrice mesmo.
- Acho que encontrou quem procurava – minha mãe constatou segundos depois – onde? - perguntou calmamente.
- China – respondi olhando o mapa que mostrava onde ela desembarcou por último, e finalmente algumas câmeras atuais que mostram isso – a infeliz está na China a dois anos.
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Te Encontramos Novamente Garoto (Trilogia Meu Criminoso - Livro 02)
Adventure"Te Encontramos Novamente Garoto" transporta os leitores para o mundo tumultuado de Pietro e Bernardo Santinelle, cuja vida foi abalada pelo desaparecimento de seu filho, Soren, há dois anos, durante o que deveria ter sido o ápice de sua felicidade:...