Capítulo 73

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Katarina Langford on

Me espreguiço e acordo com alguns barulhos fora da barraca. Me troco antes de sair e penteio meu cabelo, abro o zíper e de cara vejo Henry encostado no tronco de uma árvore olhando o fogo crescer.

- Bom dia, carinho.

- Já acordou, querida? Estava esquentando alguns sanduíches para você comer.

- Não precisava.

Me sento entre suas pernas e encosto em seu tronco. Dou uma mordida e direciono para seus lábios, ele morde também e apoia a cabeça novamente na árvore.

- Dormiu bem?

- Sim querida, e você?

- Bem. Quando temos que voltar mesmo?

- Dois dias.

- Dois? -indago surpresa-

- Vamos voltar um pouco antes, quero mostrar um lugar para você.

Encaro seus olhos azuis, desconfiada. Mas logo aceito sua surpresa, seja lá o que for.

- Será que tem alguma cachoeira por aqui? Ou lago...

- Vamos procurar. -Henry responde enquanto se levanta-

Fechamos a barraca e seguimos em frente, creio que 1km e mais alguns metros, encontramos uma lagoa de água tão cristalina e brilhante quanto o diamante em meu dedo.

Sorrio ebasbacada. É como um sonho.

Deixamos as mochilas na grama e tiramos nossas roupas, mas Henry tira um pouco mais que eu.

- Biquíni?

- Pelado?

Dizemos ao mesmo tempo e dou risada. Ele vem até minhas costas, beija minha nuca enquanto desamarra o laço em meu pescoço, quando o biquíni está no chão, ele faz o mesmo com a parte de baixo. Desata os nós de ambos os lados da minha cintura e sua mão acaricia minha bunda e logo vem uma ardência com pequeno tapa que ele depositou na lateral da minha coxa.

Dou risada e pego em sua mão, descemos algumas pedras e pulamos de mãos dadas na lagoa.

- Uau, a água está quente mesmo lá fora estando frio. Fantástico, como isso pode acontecer? -Henry exclama rindo-

- É que a água precisa de muito mais calor para começar a aquecer, para subir em 1 grau Célsius a temperatura de 1 grama de água precisa de 4,186 joules de energia, enquanto para a mesma quantidade de ar é necessário 1,005 joule e para o solo ape... Você não está entendendo nada, não é?

Ele ri.

- Você é muito inteligente, mas realmente, não entendi muito bem.

- Uma capacidade específica de calor da água, ou só calor específico, faz com que ela absorva calor de forma mais lenta do que, por exemplo, o ar ou o solo. É por isso que em certas ocasiões você pode entrar numa piscina ou caminhar próximo do mar no início da noite e sentir a água estar morna: a dissipação do calor também é mais devagar.

- Agora eu entendi. Meu pedacinho de Eisten.

Diz beijando a ponta do meu nariz, dou risada e abraço seu pescoço. Coloco seu cabelo para trás com meus dedos e acaricio seu bochecha, traço seu maxilar enquanto sinto a água acariciar nossos corpos, está um silêncio absoluto, se isso fosse um filme, provavelmente iria estar tocando alguma música zen/romântico triste.

Encosto nossas testas e nossa respiração se mistura.

- Eu sei que você tem explicação para tudo, mas esse momento é simplesmente mágico e não tem uma explicação que o faça ser mais perfeito. -Henry fala e junta seus lábios nos meus-

- Não discordo de você.

Olhamos para o céu ao mesmo tempo, apenas alguns raios de sol atravessam as altas árvores fazendo a água brilhar como um refletor.

Suas mãos apertam minhas nádegas me fazendo entrelaçar as pernas ao seu redor, ele me deita sob a pedra e penetra seu membro dentro de mim, nossos lábios se juntam lentamente e nossas línguas parecem conversar, mas sem pressa, ele faz tudo lentamente, o que faz tudo ficar ainda mais prazeroso, meus gemidos saem baixos, como suspiros e, sua respiração sopra em minha nuca, como um leve beijo.

Voltamos para a casa no final da tarde, tomamos um banho de banheira e fazemos amor novamente. A verdade é que tem momentos que eu poderia ficar por dias apenas sentindo o prazer que ele me proporciona, parece que ele nunca se cansa e meu corpo apenas pede mais.

Os dois dias se passam voando e se não fosse pela saudade que eu sinto do Izuku, eu ficaria aqui por meses. Me despeço da casa melancóliosamente e com algumas lágrimas nos olhos.

- Vou sentir falta desse lugar. -Meu marido diz-

- Eu não queria deixar esse lugar para sempre.

- Você não precisa, ele é seu.

- O quê? -digo alto-

- Tudo isso, é seu. A ilha inteira, a casa, a lagoa, tudo que tem aqui é seu, Kat.

- Você ficou doido?

- É meu presente para você.

- Henry.

- Esse é o nosso lugar agora, nós deixamos parte do nosso amor aqui, toda magia desse lugar vai ficar mantida até retornarmos.

Eu sei que eu não deveria aceitar, mas eu realmente criei um apreço por esse lugar, é aqui onde começou minha nova fase.

- Não tenho palavras, obrigada.

- Não tem que me agradecer.

Um dos caseiros chega para nos levar para onde o Henry quer me levar, embarcamos na lancha e observo meu lugar ficando para trás, já estou com saudades. Braços pousam em meus ombros e seu cheiro me inebria. Chegamos em uma cidadezinha que não me lembro o nome, mas ela é como se fosse de desenho animado, ou filme dos anos 70.

- Eu quero fazer tudo que não pude fazer com você quando estávamos namorando. -Henry diz entrelaçando nosso dedos-

- Ah, carinho. Não precisava.

- Vem!

Nós fomos a lojas, lanchonetes, panificadoras, cinema e sorveteria. Fizemos tudo que fazem em filmes e foi realmente fofo, tiramos uma foto em cabine, são quatro fotos em uma tira, a corto no meio e coloco uma metade no meu celular e a outra no dele.

- Pronto, assim sempre lembraremos um do outro e desse lugar mesmo estando longe.

- Você é realmente adorável, princesa.

Dormimos em um pequeno hostel, totalmente romântico.

- Está na hora, não é? De voltar...

- Sim, amor.

- Promete que vamos voltar? -digo esticando meu mindinho-

- Amor, eu te dei uma ilha, tenho a intenção de voltar com certeza. -ele diz rindo e colocando seu mindinho no meu-

- Ótimo.

O motorista do Henry para em frente a minha casa, a mesma está toda iluminada, a porta do meu lado é aberta e eu desço.

- Prontinho amor.

- Você vai embora? -digo rapidamente-

- Nós somos casados agora, Kat. Eu não vou mais embora.

Meu coração se aquieta ao lembrar que não iremos mais nos separar todas as noites. Aperto sua mão e caminhamos até a porta da entrada, a mesma está destrancada, assim que entramos, algumas bexigas são soltas junto de confetes, meus olhos apenas tentam localizar o meu pequeno. Ali está ele, correndo em minha direção, me ajoelho com tudo no chão para ficar do tamanho do Izuku e poder senti-lo em mim.

- Meu amor, que saudade que a mamãe estava de você.

- Eu também, mamãe.

Henry nos abraça com força e ficamos por um bom tempo assim, nós três.

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