Capítulo 16

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Katarina Langford on

Chego em casa depois do almoço, Nora me trouxe mas logo teve que ir embora, depois de trancar a porta eu subo em direção ao meu quarto e a porta está aberta, mas eu jurava que tinha deixado ela fechada.
Franzo o cenho e entro, tudo normal, devo ter achado que fechei. Guardo minhas coisas e coloco algumas para lavar, olho da sacada que o dia está lindo, perfeito para tirar algumas fotos.

Coloco um shorts jeans, camiseta e um vans. Pego minha bolsa com minha câmera e saio, confiro tudo e tranco a casa, guardo a chave e vou em direção ao bosque que tem algumas quadras daqui, ando aproveitando a brisa e o sol quentinho em minha pele. Aproveito para pensar na noite passada, eu não só sinto uma atração física absurda pelo Henry como também tenho sentimentos reais por ele, contudo, meus pais nunca nos deixariam namorar e duvido que ele queira namorar com uma adolescente, ele é um homem formado, com carreira e mundialmente conhecido. Namorar uma menor de idade seria motivo de destilação de ódio por muitas pessoas.

Chego ao bosque e vou me enfiando entre as árvores até achar algo que atraia minha atenção. Vejo dois pássaros juntinhos em um galho, a luz no sol está indo direto neles como se fosse para exaltar a beleza dos mesmos. Pego minha câmera e tiro algumas fotos. Vejo uma árvore sakura totalmente desabrochada, encantadora. Eu chacoalho um galho e umas pétalas começam à cair, consigo captar com a câmera antes delas chegarem ao chão, ficaram incríveis.

Quando começa escurecer, decido ir pra casa, guardo minhas coisas e começo sair do meio das árvores, ouço alguns galhos se quebrando atrás de mim, olho atenta porém não tem nada. Saio do bosque e caminho até em casa, dou um pulo assim que ouço passos atrás de mim novamente, como no outro dia, isso está ficando estranho. Começo andar mais rápido e parece que o caminho fica mais longo e os minutos ficam demorados, ouço mais passos e paro.

- Tem alguém aí? -digo irritada-

Mas nada, o silêncio fica perturbador. Chego em casa e tranco a porta. Fico um pouco perturbada, tranco tudo e janelas também, tomo um banho rápido e me deito, penso nos meus pais, sempre fomos bem unidos, mas era porque eu fazia tudo que eles queriam, claro que, eu amo mais pais, eles são tudo pra mim e eu realmente não quero decepciona-los. Mas, assim que penso no Henry...

Ele faz meu coração disparar. Quando olho para ele, parece que não consigo mais parar, mas ao mesmo tempo... não consigo olhar. É tão difícil explicar. Mas quando nos olhamos, é como se fôssemos as duas únicas pessoas neste mundo.

Penso na minha mãe, sempre considerei ela minha melhor amiga, não conversávamos muito, mas sempre que eu estava estressada com alguma coisa, o abraço dela me acalmava, e ultimamente, não estou recebendo esses abraços. Meus olhos lacrimejam, eles estão viajando e não mandaram uma mensagem sequer, como "Oi filha, tá tudo bem por aí?" ou "Oi, chegamos e estamos bem".

Olho para cima e seco algumas das lágrimas que caíram. Fica tranquila, Kat. Pego minhas coisas e começo estudar, chega de ficar no mundo da lua.

Nora Becksen on

- O QUE?

- Querida, é só um jantar! -meu pai diz calmamente-

- Mas... mas.

- Nora, eu estou sozinho há muito tempo, não acha?

- É. Tá, tanto faz.

- O jantar é amanhã, às 21:00, eu vou na casa dela e te encontro no restaurante do Philip. Ela vai levar o filho dela, tem sua idade, tenho certeza que vocês vão se dar bem.

- Claro... vou dormir, boa noite.

- Boa noite, te amo!

Subo as escadas e me jogo no sofá do meu quarto. Eu vou realmente gostar de ter uma madrasta? Sempre foi só eu e meu pai, nós dois contra o mundo, como eu dizia. Agora eu vou ter que dividi-lo e não que eu não queira que ele seja feliz, é o que eu mais quero...

Acordo no outro dia com o humor estragado e ansiosa. Ligo para Kat e digo que vou passar na casa dela para irmos juntas pra agência. Coloco um vestido e uma sandália de salto na mochila para me trocar lá mesmo para o jantar e saio de casa, assim que chego na casa dela, vejo uma pessoa do outro lado da rua olhando fixamente para sua porta, ok, isso é muito estranho, vou falar pra ela. Buzino e meu celular toca.

Oi pai!

Kat entra e sorri.

O jantar vai ser às 20:30, ok?

Ok, pai.

Vista algo não muito extravagante.

Ela mal chegou e já quer controlar o que vou vestir? Fala sério, pai.

Nora, porfavor. Seja educada e boazinha como sempre foi comigo, porfavor querida.

sei, pai! Que saco!

Nora, estou falando muito sério. O nome dela é Angelina e o filho é James. Não esqueça o nome deles na hora.

Tá bom, meu Deus! O senhor nem casou com ela ainda!!

Tchau, filha!

Tchau!

Eu desligo estressada.

- O que foi, amiga?

- Meu pai vai se casar.

- Uau, e você não está gostando disso?

- Realmente não.

- Olha, vá ao jantar e seja legal, seja você mesma, porque você é incrível, conheça eles e veja o que acha, se no final você não gostar deles, fale para o seu pai, mas se esforce um pouquinho para deixá-lo feliz.

- Ok, vou tentar. Obrigada, bebê.

Ela pisca pra mim e vamos ao trabalho, distraio minha mente fazendo uma sessão fotográfica de um grupo ao ar livre. Quando volto para agência, já está de noite, então começo à me arrumar, passo uma maquiagem tranquila e batom vermelho, é minha marca registrada. Coloco um vestido tubinho preto de mangas bufantes, decote leve e minha sandália prata. Tá ótimo, pra uma dona de casa. Af.

Saio e dou de cara com minha amiga.

- Você tá linda, eu super usaria essa roupa.

- Claro, você tem mentalidade de 35 anos, Kat.

- Ei!

Damos risada. Pelo menos a roupa é bem colada. Entro no meu carro e vou em direção ao restaurante, o manobrista pega meu carro e eu entro. Ok, vamos lá, Angelina e James.

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Jason Mckay


James Rodríguez

Love and photographyOnde histórias criam vida. Descubra agora