Capítulo 38

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Katarina Langford on

- Alguém viu me notebook? -eu digo enquanto reviro a casa toda-

- Pra quê? -James diz-

- Tenho que entregar um trabalho da faculdade.

- Entregar ou fazer?

- Entregar, eu fiz desde quando o professor passou, mas só podia entregar nessa data.

- Ata.

Depois de 1 hora procurando, eu percebo que não trouxe ele e meu professor vai ficar decepcionado comigo, meu primeiro trabalho online e eu não entreguei.

- Não adianta chorar o leite derramado. Eu tenho uma idéia para o que vamos fazer hoje. -Nora diz-

- Oi amor. -Henry beija minha tempora e alguns pingos d'água caem do cabelo dele até meu rosto-

- Oi, carinho.

- Então, qual seu grande plano? -ele diz à Nora-

- Tem uma floresta que quando eu era mais nova ia com meu pai, ela é enorme e linda. E vai ser bom lembrar os velhos tempos? Não acham? -ela diz olhando para nós dois-

- Que velhos tempos? -James diz-

- Com você vai ser novos mesmo. Enfim, a gente parte daqui uma hora, se arrumem e levem uma muda de roupa.

Eu suspiro e me levanto, subo com Henry para nosso quarto, pego minha mochila e enfio algumas roupas sem olhar pra ela, eita, ficou pesada. Mas tudo bem.
Eu coloco um shorts de sarja bege e uma regata branca, coloco um casaco amarrado na cintura para o caso de ventar. Passo repelente em mim e no Henry. Faço um coque bem preso e descemos.

- Todos prontos? -Nora diz- Ah, esqueci de dizer, nada de eletrônicos.

- O que? -James diz-

- É uma experiência sensorial, James. Nada de celulares. -ela diz-

Eu deixo o meu na mesa de centro com o dos outros. Experiência sensorial mas estamos indo de carro, dou risada sozinha e deito no ombro de Henry até chegarmos.

- Tem certeza que é essa floresta? -eu digo-

- Humm... sim. -Nora diz-

- Ela é tão grande e não parece ter trilha. -eu digo analisando o local-

- Relaxa, Kat.

Nós adentramos a mata e de primeira noto que James não é muito chegado nesse tipo de coisa. Depois de três horas andando sem parar, até eu começo a ficar meio irritada, a Nora apenas tá nos levando de um lado para o outro, os caminhos que ela fez não fazem o menor sentido. A mesma encontra uma cachoeira e parece surpresa, mas aí age como se já soubesse para onde estava nos levando. Nós bebemos água e ficamos conversando.
Depois de mais longas duas horas, ela senta no chão e nós aproveitamos a deixa para nos sentar também.

- Estamos perdidos. -ela diz-

- Eu sabia! -James grita-

- Mas você disse que sabia para onde estávamos indo e até nos levou pra a cachoeira. -Henry diz-

Eu fico quieta enquanto eles começam a discutir.

- A gente só andou em linha reta, certo? É só fazermos o mesmo caminho. -James diz-

- Errado, nós já fizemos vários desvios. -Henry argumenta-

- Desculpa gente, não faço a mínima idéia de como voltar. E agora já está começando escurecer, melhor nós dormirmos e tentar achar amanhã de manhã.

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