Love and photography

Capítulo 33

Katarina Langford on

- Você vai ficar bem sozinha? -Henry diz-

- Sabe, eu não sou um bebê perdido.

Ele dá risada e coloca as mãos na minha cintura.

- Eu sei que não. Você está bem? Eu sei que teve muita pressão hoje por minha causa.

- Eu tô bem.

- Nora comentou algo sobre advogados. -ele diz olhando para o tapete da minha sala-

Eu suspiro.

- Eu tô com alguns problemas mas, irei resolvê-los.

- Eu posso te ajudar, seja o que for. É com dinheiro? Algo do tipo? Tá com medo de cuidar da casa sozinha? Posso contratar seguranças pra te proteger, já que você é frágil. -ele diz com a mão em meu rosto-

- Henry, eu não tenho mais 17 anos. Eu fui embora, comecei minha faculdade, trabalhei! Eu tive uma vida, eu sei que não foi o certo mas acontece que se passaram praticamente 4 anos já. Vocês precisam parar de me tratar como se eu fosse quebrar com alguma palavra errada que alguém disser.

Ele fica quieto. Será que exagerei?

- Tudo bem. Você está certa.

- Tem mais uma coisa...

- O que? -nossos olhares se encontram-

- Eu estou sendo acusada. -eu continuo falando antes que ele me interrompa- Eu matei o Izuku e agora não acham mais que foi por legítima defesa. E talvez não tenha sido...

- Kat...

- Eu vou entender se não quiser ter nada com uma criminosa... eu vou mesmo enten....

- Katarina! Você não é uma criminosa e eu quero ter tudo contigo. Não subestime o poder do meu amor. -ele diz com a testa franzida e a boca em um sorriso de lado-

Eu o abraço forte e acaricio sua nuca, o perfume me embala, meus olhos estão fechando sozinhos.

- Não subestime o poder de uma mulher... -sussurro-

Ele ri.

- Vai fazer o que amanhã? -indaga-

- Amanhã é domingo? Acho que nada, por quê?

- Nada. -ele me dá um beijo rápido e se levanta-

Ouço a porta se fechar. Subo para meu quarto e tiro o vestido, coloco In your eyes - The Weeknd. Doja Cat para tocar. Visto uma camiseta confortável e me sento no tapete, mando um e-mail para minha faculdade perguntando se posso terminar o ano online, não quero ter feito tudo em vão. Olho os documentos da casa e organizo tudo em uma pasta, após analisar tudo que terei que pagar daqui em diante, concluo que preciso urgente de um emprego que pague bem ou não conseguirei manter a casa.

Eu sei que eu deveria ter uma noção, mas não faço a mínima idéia de que emprego ter. Meus pais me deixaram dinheiro, bastante, mas não queria gastar com essas coisas, talvez eu invista em algo que faça dobrar o valor. Bom, esse é um assunto para quando eu não estiver com sono e enxaqueca.

Tem algo tocando... abro os olhos e a luz do dia me cega, olho para o relógio: 6:07. Quem é a essa hora da manhã? Pelo amor de Deus! Saio da cama tropeçando em meus próprios pés e quase caio da escada, abro a porta.

- Ainda bem que você está acordada! -Nora diz-

- Eu não estava. -digo sonolenta-

- Desculpa, mas estou fugindo do James! Que mal humor. -ela diz abanando as mãos-